#10 - Meggie

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Logo eles zarpam, dando tchau para o velhinho que os ajudou, ele estava dando tchau com uma mão e na outra estava segurando uma moeda chinesa.

Algum tempo depois, já estavam a caminho da tal Ilha Polo.

  - Então Gancho, você não disse que ia para a terra das fadas? Você conseguiu? – Malia pergunta curiosa.

  - Não consegui chegar lá, me perdi pelo caminho e decidi voltar. – Ele responde como se estivesse completamente confiante no que estava dizendo.

  - Mas você pretende voltar lá não é? – Kiara pergunta.

Gancho estava olhando pro mar, parecia não ter escutado.

Malia da uma beliscadinha em Kiara.

  - Aiii !! – Kiara sussurra esfregando o braço.

As duas vão saindo para a cabine do capitão, lá tinha uma sala separada para gancho e uma para Kiara e Malia, elas ficam do lado delas, conversando. Enquanto Gancho ainda lá fora, fica guiando o pessoal.

  - Então, o que você espera encontrar com esse enigma? – Kiara pergunta.

  - Não sei, mas espero que seja algo bom. – Malia responde.

  - Você quer algo bom? – Kiara tira o laço que segura a parte de cima de sua roupa.

Malia fica encostada na parede, de braços cruzados olhando a cena de Kiara tirando sua roupa.

  - Não vai tirar a sua? – Kiara já sem roupa se aproxima de Malia lentamente, deixando um clima sensual no ar.

  - Acho que esqueci como se tira uma roupa. Pode me ajudar? – Malia com um sorriso no canto da boca, diz para Kiara, olhando ela nos olhos.

Gancho e os outros do lado de fora, nem imaginam a situação de dentro da cabine, ele está observando bem no final do horizonte e parece que a Ilha já está a vista, porém ainda muito longe.

Bastante tempo se passa, as duas saem da cabine, Malia estava ainda passando o outro braço por dentro do blusão, e coloca seu chapéu, Kiara refazendo o laço de sua blusa, Gancho olha para elas.

  - Vamos chegar em alguns minutos meninas, fiquem preparadas pra qualquer coisa que aconteça. – Gancho da pra elas duas algumas moedas. - É pra caso vocês precisem subornar alguém.

Elas guardam as moedas e vão descendo do Navio, que já havia chegado na ilha. Logo ao descer eles olham para o mar, que parecia haver uma ilha pequena separada, na verdade, parecia uma pedra grande no meio do mar, mas nada de importante.

Eles vão andando pela costa da ilha, procurando por um caminho melhor, para não adentrarem pelo mato às cegas. Eles andaram bastante, na areia, e encontraram restos de um Galeão gigante, um navio de guerra, que estava completamente coberto de musgos, e algas, a madeira completamente apodrecida, seu mastro até mesmo estava pelo chão, e em volta dele, uma grande mandíbula, com dentes afiados, parecia ser a mandíbula de um tubarão, só que 30 vezes maior que o normal.

  - Deve ter sido atacado por um monstro gigante, eu nunca vi algo assim. – Malia diz, passando a mão pela mandíbula, sentindo que realmente era de algum animal.

Gancho passa devagar por uma abertura, e entra nos destroços do navio, e logo em sua frente, havia uma caixa intacta e trancada, bem pequena, coberta de musgo, e algas também, porém fechada. Ele começa a bater com a caixa no chão, e consegue quebra-la, já que provavelmente não ia achar a chave para abrir. Ao quebrar ele vê um pedaço de papel enrolado, com uma fita vermelha no meio, segurando ele em forma de pergaminho, ele abre e da um sorriso. E então ele passa de volta pela abertura.

  - Achei uma coisa interessante, da uma olhada aí. – Ele joga o pergaminho para Malia, que segura, porém ela está com uma cara desconfiada olhando para o mar. - O que foi? – Gancho pergunta.

  - Aquela pedra não estava lá atrás? Próxima do navio? Agora ela veio parar aqui? – Malia olha para a pedra, que tinha o mesmo formato que a outra, e estava no mar, próximo a costa.

  - Verdade, será que é uma ilha que flutua? Ou a gente está girando? – Gancho diz em tom de piada, ele da uma risada e fica sério ao olhar para as meninas e a tripulação, que estavam olhando para ele sem entender o motivo da graça, ele logo fica sério dando uma tossidinha pra disfarçar.

Eles ficam encarando aquilo, e se assustam a ouvir uma voz de traz deles.

  - Ei seus fedorentos, não fiquem aí parados olhando pra ela, a Meggie é tímida.

Ao se virarem eles vêem um velho, bem calvo, e com uma barba até o peito, ele estava carregando um monte de frutas.

  - Quem é o senhor? E porque deu um nome pra aquela ilhazinha de pedra? – Kiara pergunta.

  - Ilha? – O velho solta várias gargalhadas, parecia um louco. - Não, não, essa é a Meggie.

Ele coloca as mãos em volta da boca para que a voz saia mais alta, e grita.

"MEGGIEEEE"

E então a pedra começa a se mover em direção a ilha, a tripulação assustada vai para trás, Malia, Kiara e Gancho estavam chocados com aquilo e também foram para trás.

  - Não fiquem com medo, ela é uma boa garota, é só não mexerem com ela. – O velho pega algumas frutas, enquanto aquela pedra se aproxima.

E todos se chocam ao ver que não era uma pedra e sim um tubarão gigante, ele chega bem perto da areia, porém não tanto para que continue na água, e o velho vai andando até onde o tubarão está.

  - Um tubarão gigante? Aquele velho quer morrer, ou ele é muito maluco mesmo. – Malia diz e olha para gancho, que estava se abanando quase desmaiando de tanto medo.

  - Uh... Foi mal... Mas eu não tô acostumado com um bicho desse tamanho. – Gancho responde pálido, e se tremendo.

  - Ah Gancho para de ser medroso. – Kiara diz dando uma risada da situação dele.

Eles se viram de volta para o velho que estava ao lado do tubarão.

  - ABRE A BOCA MEGGIE. – O velho grita dando alguns tapinhas no tubarão gigante.

Ela então abre a boca, uma boca gigante, parecia que dava pra engolir um navio... Mas ela não tinha dentes, era banguela. Todos olham para a mandíbula gigante em volta do navio e para o tubarão banguela, a mandíbula encaixaria perfeitamente. Que azar desse tubarão.

O velho coloca as frutas na boca do tubarão, e volta correndo para pegar mais, vai até lá e coloca mais frutas, e assim até acabar, e então ela come tudo, e o velho fica abraçado com ela, que era gigante, ele parecia um carrapato.

  - Eles são bem amigos pelo visto. – Gancho diz, já recuperando sua cor, e aparentemente com menos medo.

O tubarão encara diretamente Malia, que se sente intimidada.

  - Ela não gostou do seu chapéu, o menina de olho azul, tira isso. – O velho grita para Malia.

Ela tira o chapéu e o esconde atrás dela, e o tubarão desfoca o olhar de Malia, e se volta para o mar.

O velho se dirige até eles.

  - O que fazem aqui? – Ele pergunta.

  - Viemos atrás do tesouro de Henry Avery. – Malia responde, colocando seu chapéu de novo.

  - Oh sim!!!, venham, venham, talvez vocês sejam quem eu estava aguardando esse tempo todo, vou levá-los ao meu acampamento. – O velho maluco vai os guiando pela floresta completamente entusiasmado.

A tripulação o segue até o tal acampamento, que era dentro de uma caverna pequena, com umas cortinas de alga na entrada, era bem bonito, não parecia de um velho maluco que é amigo de um tubarão gigante.

O Velho acende uma fogueira no meio, e pede para que todos se sentem para que ele possa contar sua história...


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