Teach: A História Continua

#7 - O Dragão Vermelho

Os marujos estavam vigiando a porta após matarem os guardas, Kiara queria terminar o que começou e matar Katta de uma vez, mas Malia a segurou, e ainda no chão, a mulher fala algo.

  - Você não vai sair dessa viva, Meu marido está lá fora, e ele vai te pegar, com todo o exército chinês. – Katta diz com a mão pressionando sua barriga.

  - Você destruiu parte da minha vida, e agora vai pagar por isso, você é um monstro. – Kiara pisa no ferimento na barriga de Katta.

A mulher começa a gritar de dor no chão, Malia estava olhando friamente porém por dentro ela conseguia sentir a raiva de Kiara, ela queria segurar Kiara de novo e ir embora, mas ela sabia que isso era assunto pessoal da sua companheira, então... Seja o que ela quiser.

Katta da seu último suspiro e então morre, Kiara retira o pé de cima dela e olha para Malia, que está um pouco chocada porém de braços cruzados e sem demonstrar muito.

  - Vamos sair daqui, já demoramos demais. – Malia guarda sua cimitarra de novo e começa a se retirar junto a Kiara e seus marujos.

Ao chegar na parte de cima da taverna, elas escutam um sino tocando, e começam a correr em direção ao seu navio, elas sobem rápido e começam a organizar tudo para zarpar, todos da tripulação estavam presente, eles tiram o navio do cais e vêem outro navio fazendo o mesmo, e em cima do navio estava o provável marido de Katta. Harold Chi, o capitão do navio "Dragão vermelho" que era o navio mais conhecido pela china, Jolly Roger zarpou primeiro.

  - Quero o vento a nosso favor, vamos sair daqui o mais rápido possível. – Malia ordena andando rápido pelo convés e verificando se tudo está em ordem. - Carreguem os canhões. – Ela ordena mais uma vez.

O vento estava a favor e o Dragão Vermelho estava os perseguindo porém um pouco afastado, mas de acordo com a rota e com o vento, bastaria um tempo até que ele alcançasse Jolly Roger, todos se preparando para uma possível guerra no meio do mar, o navio inimigo parecia ser mais bem preparado para esse tipo de combate, e tinham mais soldados.

Um tempo se passa até que bem no fundo do horizonte Malia avista uma ilha, e o navio inimigo já estava quase chegando em posição para começar a atirar.

  - Logo mais eles vão disparar os canhões, nós vamos ter que atirar também, mas não sei se vamos conseguir ganhar isso, melhor tentarmos chegar o mais perto possível daquela ilha. Na pior das hipóteses, nós podemos nos esconder por lá e tentar fugir deles. – Malia diz para a tripulação, que fica um pouco receosa quando ao inimigo.

Já estavam mais perto da ilha quando o navio os alcançou e começou a mostrar os canhões.

  - VAI SER AGORA, FOGO – Malia grita para sua tripulação.

Os tiros começam, todos atirando e se abaixando para não serem acertados, alguns já tinham levado uma bala em cheio e caíram no chão, outros feridos pelos estilhaços mas continuam atacando.

  - Eu quero que virem o navio na direção deles. – Malia ordena

  - Se fizermos isso vamos perder a mira dos canhões. – O marujo responsável pelo Timão diz.

  - Se continuarmos assim, eles vão nos afundar, se colidirmos com eles, os dois afundam.

O navio então começa sua manobra ofensiva, foi questão de tempo até que os dois colidissem, neste momento os navios começaram a cair lentamente para os lados, e ambas tripulações foram jogadas para a água.

Malia ao cair na água começa a nadar para cima e procura seus marujos e Kiara.

  - NADEM PARA A ILHA – Ela começa a gritar e todos da tripulação também.

Os navios caindo lentamente, todos precisavam sair de lá rápido para que não morressem esmagados pelo casco.

Malia desesperadamente olha em volta procurando por Kiara, sem sucesso, ela afunda na água para tentar localizar sua parceira mas não acha, e começa a nadar para sair do caminho do navio, um pouco mais para frente ela vê Kiara também procurando por ela, Malia estende a mão para que Kiara a veja mas algum marujo da tropa chinesa atrás de Malia afunda a cabeça dela na água, ela começa a socar o marujo mas como estava embaixo da água ela não consegue nada com isso, ela tenta tirar a mão dele mas ele coloca muita força para afundar ela. Até que ela puxa sua cimitarra e segura o homem a enfiando contra a barriga dele, ela sobe a superfície e respira desesperadamente, pois estava quase se afogando.

Ela vê o capitão e o restante da tropa chinesa nadando um pouco mais longe, porém em direção a ela, e Kiara a vê, elas começam a nadar para a ilha, ao chegarem elas ainda molhadas vêem seus homens que estavam aguardando por elas e lutando com alguns da tropa chinesa que já tinham chegado, Malia vê o restante deles quase chegando na areia, e todos começam a correr pro meio da ilha, era uma ilha grande, teria bastante espaço para eles se esconderem.

Eles começam a correr entre os matos, e as árvores, após correr bastante eles se desviam um pouco da reta que estavam seguindo e vêem uma grande entrada de caverna, todos correm para lá, era uma caverna grande, com muitos caminhos, com certeza daria para despistar os chineses, eles correm mais até estarem completamente exaustos, eles se sentam no chão, e ao encostar as costas em uma pedra, Malia sente seu corpo indo para trás, ela se vira e vê que a pedra escondia um lugar atrás, eles empurram a pedra que como se fosse mágica, faz um buraco na parede de pedras, e abre uma entrada, todos passam por lá, e colocam a pedra de novo no lugar para não deixar aberto, estava escuro demais, eles acenderam algumas tochas, o lugar parecia ser um esconderijo, mas bem antigo, pois tudo estava com musgo, e poeira, um pouco úmido, antes de investigar mais sobre o lugar, todos se sentam para descansarem, e Malia coloca a mão em sua cabeça.

  - Não acredito, cadê meu chapéu? – Ela fica nervosa ao botar a mão na cabeça e não sentir o chapéu.

  - Está aqui. – Kiara o entrega para Malia.

  - Nossa, ainda bem, como você pegou? – Malia pega seu chapéu que foi um presente de gancho e o abraça.

  - Quando você caiu, ele ficou boiando no mar, eu consegui pegar, mas fiquei preocupada quando não te vi por perto.

Após um tempinho de descanso Malia se levanta e vai passando a tocha pelo lugar para ver se descobre algo sobre aquilo, ela nota uma mesa com muitas cartas, desenhos, e mensagens em papel, parecia uma pesquisa, e uma gaveta meio aberta, ela abre a gaveta e nota um livro completamente empoeirado, ela o abre vendo a poeira subir, e logo na primeira página do livro dizia "A Fortuna de Avery".