Minha Alison

6- Com o coração na mão

Alison

  Se os planos dele era me deixar confusa,ele estava conseguindo. Os seus beijos não saíam da minha cabeça,por mais que eu me esforçasse.
O Derek era o meu melhor amigo,foi a ele que eu contei sobre o meu primeiro beijo aos 13 anos de idade,era a mim que ele vinha pedir conselhos quando tinha problemas com o seu pai problemático e egocêntrico. O que tinha mudado,afinal?   Entrei em casa distraída e dei de cara com a Donna,sentada na ilha da cozinha e me olhando de forma perversa.

– Caramba,que susto!–levei as mãos ao coração.– Avisa quando for aparecer.–desviei dela,e fui procurar os meus comprimidos,no meu esconderijo secreto na última gaveta da cozinha. Tomei o último de uma das cartelas rapidamente,mas não achei o saco com as outras cartelas.

– Tá procurando por isso aqui?– balançou o saco de comprimidos a altura dos meus olhos,me paralisando imediatamente.

– Onde achou isso?

– Ora, não se faça de tonta garota...– levantou da ilha com o saquinho ainda bem firme em suas mãos.– Agora eu sei o seu segredo.

– Olha aqui sua...– comecei com a voz trêmula.

– Olha aqui você,sua garota mal educada.– chegou incrivelmente perto,a um palmo do meu nariz.– Eu sempre te achei uma burra,mas não tão burra ao ponto de tomar remédios para emagrecer. Olha só pra você? Se acabando aos poucos.– me lançou um olhar gélido,antes de segurar minhas bochechas com violência e unhas postiças pintadas de vermelho.– Fica longe do meu caminho ou vai se arrepender.

Após me ameaçar,saiu com passos decididos.  Merda! Agora eu estava perdida. Fui pro meu quarto completamente abalada,e me joguei na cama sem saber o que fazer. Eram muitas emoções pra um dia só.

  "Quer ir a uma festa hoje a noite?"

Era o que a mensagem do meu celular dizia,e sem pensar duas vezes, respondi:

                         "Quero"

                         -----***-----

– Você não é muito fã de festas, né?– Alex perguntou ao meu lado.

– Não, não sou.

Observei o local da tal festa da janela do carro,era uma casa a alguns quarteirões da minha,onde continha som alto e muita,muita gente. As pessoas bebiam do lado de fora,e eu me perguntava o furdunço que devia estar lá dentro.

– Regra número um: não aceite bebida de estranhos.– pensou um pouco– Na verdade não aceite bebida de ninguém,desde que você mesma as pegue na geladeira.

– Mais alguma coisa?– sorri divertida com a sua expressão.

– Acho que não.– riu.– Vem. – puxou minha mão para sair do carro,mas eu reluntei.

– De quem é essa festa?– perguntei realmente curiosa.

– Dani. Um dos integrantes do time de Lacrosse.– fiquei tensa só de pensar que o Derek poderia estar nessa festa.
Olhei mais uma vez pro meu vestido preto colado,e pro meu tênis branco e respirei fundo. Olhei por uma última vez pro meu reflexo no espelho retrovisor,e finalmente saí do carro.

– Bem-vinda a selva.– Alex brincou.

Finalmente entramos,e o som alto e o forte cheiro de álcool me dominaram rapidamente,me deixando enjoada.  Alex me guiou em meio aquelas pessoas bêbadas que dançavam ao ritmo da música, até a cozinha,em busca de algo para beber. Pegou uma cerveja pra ele,e uma coca cola gelada pra mim.