Liberte-me

Capítulo 21°

- Acordem! - Ouço alguém gritar - Levantem as bundas do chão e comecem a trabalhar, o dia vai ser cheio hoje. - Não tenho tempo de ver quem é, a pessoa fala e logo em seguida fecha a porta, ainda sonolenta, passo minhas mãos pelos olhos e olho para o lado para ver Danny.

Não a encontro e levanto rápido.

- Danny? - Eu falo e não obtenho resposta.

Olho ao redor do quarto e não a encontro, respiro fundo e me acalmo, ela deve apenas ter ido beber água ou ter ido ao banheiro... Está tudo bem... está tudo bem.

Vou em direção a porta para abri-la porém alguém faz isso antes de mim.

É um dos Cachorrinhos dela, ele me olha de cima abaixo e faz sinal com a cabeça para eu sair do quarto, as outras meninas e os rapazes vem bem atrás de mim, fazemos a nossa fileira matinal e ele começa a fazer a contagem para ver se estamos todas aqui, porém, dessa vez não temos 30 como de costume, somos 27 hoje, e pela primeira vez ninguém se machuca por faltar alguém, quem falta é a Danny e mais alguns mas parece que eles já sabiam disso e agem normalmente.

Eles deve ter sido comprados, de novo, além de usarem e abusarem ainda temos que ir até eles, Ah, que saco!.

- Clark! - O Cachorrinho grita comigo - Ande! - Balanço a cabeça, estava tão perdida em meus pensamentos que nem notei que as meninas já estavam indo para a Boate. Ele segura em meu braço com força e me faz andar, me solto na hora puxando meu braço para longe de seu toque.

- Eu sei andar! Já estou indo!  - Ele fecha os punhos e serra os dentes, eu levanto minha cabeça em sinal que não tenho medo dele, nunca tive medo de nenhum deles não seria agora que eu teria.

Sinto uma mão tocar meu ombro e eu a tiro rapidamente.

( Qual o problema de vocês com toque?! Não quero ser tocada! Não é não!. ) Penso.

Olho para ver quem me tocou dessa vez.

Danny.

Assim que a vejo a abraço.

Ela sorri e retribue.

- Uou, calma aí - Diz sorrindo - Está tudo bem? - Ela me pergunta.

- Está, agora está, onde estava? - Pergunto preocupada.

- Te digo depois, vamos, não arrume confusão a essa hora da manhã - Ela pisca pra mim e sorri.

Sorrio também, olho para o Cachorrinho da Verônica com minha melhor cara de deboche, pego na mão da Danny e seguimos as meninas e os meninos que já estão lá na frente.

Todos nós seguimos por nosso caminho matinal até a Boate, essa hora da manhã não tem muita movimentação e se tem acham que somos turistas ou coisas do gênero, sempre que alguém vem falar com algum de nós sempre vão falar com um dos cachorrinhos.

( EU TENHO PÉ FRIO, SÓ PODE. ) Grita meu subconsciente.

Às vezes eu tenho que concordar com minha mente, já aconteceu de um dos " novatos " tentarem chamar alguém enquanto íamos para a Boate e bem, tanto a pessoa quanto quem chamou acabaram mortos. Como sempre, não foi muita novidade.

Chegamos na Boate depois de uns minutos, entramos e começamos a arrumar as coisas pra o show de hoje a noite.

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