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" A BRIGA "

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Ellen Snape está em seu quarto minúsculo, porém confortável. A garota de cabelos ondulados da cor preto lia um livro favorito " Quadribol através dos séculos ".
As vezes, quando alguma parte era engraçada, fazia questão de rir; Para assim seu pai notar a sua presença, e quem sabe, pedi-lhe que parasse.
Dito e feito, a pequena sorriu se ajeitando na cama e olhando para o Severo, que até então estava encostado na porta de madeira branca.

- Mas qual é o problema? Eu apenas estou rindo, não tenho como me controlar. - cruzou os braços fazendo uma carinha fofa.

- Então pare de ler. Deveria me ajudar com as poções, que por algum acaso estão todas bagunçadas. - Snape deu ênfase nas últimas palavras.

- Tá bom! Eu paro a minha leitura maravilhosa só para te ajudar - fingiu estar chateada se levantando da cama e o acompanhando.

• • • •

Ellen e seu Pai arrumaram todo o local em menos de quarenta minutos. Porém ela sentia falta de alguma coisa; Talvez, fosse mimada e apenas queria mais atenção.

A menina pegou uma poção, jogando para cima e agarrar com as duas mãos. Seu sorriso está estampado no rosto, mas Snape a repreendeu com apenas uma atitude. Mas ela não ligou, então ele teve que se aproximar rapidamente, a fazendo parar mas deixando ainda sua animação no ar.

- Largue isso. Demorei um tempo para fazer. - arregalou os olhos para exercer um medo sobre ela. O que não deu certo.

- E qual motivo eu te obedeceria? - arqueou a sombrancelha balançando o pequeno frasco.

- Sou seu responsável! Devolva, agora.

- Pedido negado - abriu o recipiente elevando até perto da boca - Quer saber, acho que vou beber.

- Pode ser uma poção mortal! - Snape cruzou os braços achando que tinha ganhado a pequena batalha.

- Normal. Você iria me salvar de qualquer forma.

Ellen bebeu todo o líquido que continha ali, logo dando uma careta, entregando o recipiente ao seu Pai que abriu um sorriso.
Claramente isso a assustou.

- Sabe o que você acabou de fazer? - o homem a indagou se sentando na cadeira acolchoada.

- Não... Eca! Isso é horrível.

- Veritaserum. Você sabe o que isso significa?

- Ah droga. Eu sei o que é! - revirou os olhos - Vou ficar falando apenas a verdade por pelo menos duas horas.

- Exatamente. Então, acho que essa hora é perfeita para me contar onde escondeu o meu livro.

- Isso não me impede de omitir. - apoiou as mãos na escrivaninha - Então, qual seria esse tal livro?

- Estudos Avançados no Preparo de Poções. O qual eu fiz alterações. Onde está? - Severo disse firme, tentando manter o controle sobre tudo.

- Eu... Ah... - a pequena Snape tentou se conter, porém foi em vão - De baixo da madeira do meu quarto, onde fica minha escrivaninha.

- Obrigado. - seu Pai se levantou, saindo dali e indo direto ao quarto dela.

- Me deixa com ele! Por favor, nunca usei para o mal - implorou o seguindo.

- Você diz isso agora. Sem contar que pegou escondido.

- Você não ia deixar e... - para de andar e o observa tatear o chão - Pera, você está me dizendo que não confia em mim?

- Não falei nada disso - disse sem nem dar o trabalho de se virar.

- Mas insinuou. Para mim já é o suficiente - revirou os olhos incrédula - Você não confia em mim. Nunca deve ter me amado de verdade. Aposto que me pareço com ela!

- Ellen Prince Snape! - gritou após se virar com o livro já nas mãos - Já conversamos sobre isso, portanto você não tem o direito de me ofender assim!

- Eu tenho! - berrou batendo os pés - Não me lembro qual foi a última vez que me chamou de filha ou até mesmo um sinal de carinho. Não sei nada sobre seu passado e nunca me deixou ter contato com nada lá fora!

- O mundo lá fora é perigoso. Ninguém irá te entender, apenas Hogwarts.

- Eu vou fazer onze anos amanhã e aposto que não se lembra. Igual meu aniversário de oito anos; Que você saiu para alguma coisa muito mais importante! - o tom da voz dela continuava indo para mais alto.

- Pare com esse escândalo ou... - Snape finalmente se levantou furioso.

- Ou o que? Vai me bater!?

- Você não tem ideia o quanto isso me machuca Ellen. - falou nervoso.

Severo Snape adentrou o seu quarto batendo a porta magicamente bem forte e é claro trancando em seguida; Deixando a garota sozinha com apenas os barulhos dos carros passando naquele momento.

Triste e chateada, Ellen sentou em sua cama. Depois, ficou olhando para os pés agoniados e pensando se aquilo foi realmente certo; Já que de alguma forma se sentiu mal por ter ofendido seu Pai.

Mas, os pensamentos foram espantados ao ouvir a campainha tocar e Snape não aparecer magicamente na porta. Obrigando ela ir.
Ambos os acontecimentos são estranhos, pois ninguém ia os visitar, deixando a dúvida espalhar pelo ambiente.

𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐃𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐔𝐌𝐀 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora