⚜️ Imagine Yoongi ⚜️

Capítulo VIII

*S/N on*

Acordei, eram exatamente as 7:30. Levantei e fui tomar um banho e fazer minhas higienes, coloquei uma roupa qualquer, desci as escadas e fui a cosinha, fiz meu café da manhã em seguida fui a sala ver filme.

Mas logo percebi, não ouvi meu pai chegar ontem e nem sair agora de manhã.

Fui ao quarto dele e pra minha surpresa está exatamente como ontem, nem foi mexida nem nada, tudo no quarto está exatamente igual, meu pai nunca deixa as coisas assim.

Estou q nem uma louca preocupada, liguei pra ele mas ele não atende.
Ele deve estar trabalbando, pode estar em uma reunião e acabou ficando preso no trabalho.

Voltei a sala, e continuei vendo o filme, mas ainda estava pensando, meu pai não ficaria trabalhando por todo esse tempo ... Faz + de 24h que ele está "trabalhando", ele ao menos podia ligar pra avisar, mossa relação não é muito boa mas ainda sou sua  filha então porque ele não avisa onde esta

*Quebra de tempo*

Já está escurecendo e fica repassando na minha cabeça a mesma pergunta: "onde está meu pai?". Ela vai e vem , me deixando tonta de tantas vezes que se passa em minha mente. A televisão e o filme entediante me deixa lúcida enquanto os pensamentos me consomem por dentro.

Os barulhos lá de fora me despertam do meu transe, enquanto a versão de meu pai que nunca aparecia, entra na casa. Seu cheiro de álcool invade os cômodos, e polui tudo o que encontra. Estado de choque, eu fico paralisada enquanto aquilo que nunca imaginei ver, se aproxima de mim devagar...

"O que aconteceu?" Essa é a pergunta que agora dança em minha cabeça, mas quando tento falar, nada sai, nenhum som. Enquanto o olhar psicótico de meu pai me cobre como a sombra de uma árvore, me levanto e me afasto aos poucos dele. Passo à passo, mas quando não se olha para onde pisa dentro de casa, você tem três opções: 1° você tropeça e cai, 2° você vai de encontro com a parede, 3° acontece os dois. Claramente para a minha sorte aconteceu a terceira opção. Meu pai diz coisas desconexas, estranhas, que não consigo entender. Tudo aconteceu tão rápido e ao mesmo tempo em câmera lenta. Eu sinto seu cheiro mais de perto, eu sinto sua respiração em meu rosto enquanto suas mãos passeiam pelo meu cabelo. Eu escuto sua voz, mas não entendo nada, só me ligo quando o sinto puxar meu cabelo.

Minha mente escureceu, meus pensamentos sumiram. Eu só tentava encontrar um meio de sair dali. Foi então que eu notei o controle da TV em minha mão, então fiz o que qualquer um faria. Segurei com força e bati com tudo no rosto do meu pai. Claro que não deu certo. Eu senti um tapa em meu rosto. Senti o sangue em minha boca, senti o latejar no lado direito de minha face. Mas no fim eu não sentia nada além de vazio. Então foi a minha vez. Eu dei um soco em seu rosto, forte o suficiente para o distrair, então joguei ele para o lado e dei outro e mais outro soco. Fui sair correndo, mas meu corpo se chocou com o chão novamente. De alguma forma, eu me levantei e saí daquele lugar.
  
   O gosto de ferro vindo do sangue
que escorria pelo meu lábio cortado, os roxos em meu corpo, os cortes, as dores. As dores que não eram tão fortes quanto a psicológica. Lembrar que o meu pai fez isso comigo piora. As lágrimas, o vazio. Como uma parede branca que não tem nada, nem um risco, que é vazia. Eu vou tropeçando até o parque. Eu me sinto um lixo. As cenas se repetem. Pouco a pouco. Levando a dor e deixando a raiva. Eu fecho os punhos e desconto no muro branco e vazio, como se ele fosse um espelho, como se ele fosse o meu reflexo. As marcas de sangue, minhas mãos cortadas, nada importa, porque eu só quero que tudo acabe

*suga on*

Estava andando na praça antes de voltar pra casa, e logo avisto uma pessoa, ela estava sentada nas raizes de uma árvore, estava chorando.
Chegando mais perto percebi que essa pessoa era a s/n. Corri até ela e me abaixei ao seu lado mas ela logo saiu de perto, ela parecia muito assustada, sua roupa estava rasgada e seus pés, pernas, braços, cabeça estavam com cortes em toda parte