Chegamos por volta de umas 22:00 da noite, por aí.
Peguei minha mala e carreguei até meu quarto. Desci pra cozinha e tomei um capuccino. Passei pela sala e o Chris estava vindo em minha direção enquanto tomava whisky. Aperto meus passos e começo a subir alguns degraus da escada.
"-Hey, espera, quero falar com você." -diz entrando em minha frente.
"-O que houve?" -acho que ele percebeu que eu não estava com a cara muito boa.
"-Aqui não é lugar pra conversar, e minha mãe pode chegar e escutar nossa conversa." -digo.
"-Ela está no banho. Quer conversar lá em cima?" -pergunta. Não vou entrar no meu quarto com ele, já conheço seus truques, e sinceramente não estou nem um pouco afim de me sentir pior ainda.
"-Então vamos pra varanda." -digo e ele assente.
Seguimos até lá.
"-E então?" -pergunta. "-Sei que você e seu irmão conversaram antes de irem pra sala. Percebi seu jeito e, pelo visto não tiveram das melhores conversas não é mesmo?" -pergunta e eu afirmo. "-Ele descobriu sobre a gente?" -pergunta enquanto toma mais um gole de bebida.
"-Não sei, mas ele está muito desconfiado." -respondo.
"-Só por que estávamos em um bosque sozinhos e a noite?" -pergunta rindo. Quem dera se fosse só isso.. Jesus!
"-Não." -respondo. "-Ele já percebeu o jeito que você me trata, e também o jeito que nos olhamos.. Segundo ele, você sente muito ciúmes de mim, e.. sempre está por perto." -completo.
Ele me encara sério por alguns segundos enquanto leva o copo a boca, e sorri.
"-Isso foi um argumento, uma desculpa. Ele nunca gostou de mim." -comenta. "-Seu irmão tem uma péssima impressão de mim. Pode estar confundindo os fatos, rs."
"-Não, ele não confundiu." -digo. "-Você realmente sente ciúmes de mim, e sim, nos olhamos diferente. Você não sabe disfarçar seu jeito em relação à mim, isso vai acabar nos entregando, e eu nem sei o que pode acontecer. Mas de uma coisa eu sei, se alguém descobrir, provavelmente minha mãe te largará e, nunca mais nos veremos de novo. É isso o que você quer?" -advirto-o.
Ele fica sério e continua a beber seu whisky.
"-Não se importa se isso acontecer?" -pergunto. "-Se nunca mais me ver novamente..?" -ele encara as luzes da cidade.
"-A única coisa que me importo é com minha reputação. Enquanto eu estiver no auge de um dos caras mais ricos do país, é o que importa pra mim." -responde. "-Posso não te ter, mas tenho várias outras garotas e mulheres que podem te substituir, meu bem." -me olha irônico.
Fico calada por alguns segundos. Pensei que eu fosse especial, ou que ele sentia algo por mim que nunca pudesse ser trocado, mas eu me enganei feio.
Fiquei muito chateada com o que ele disse, mas a última coisa que eu quero, é demonstrar agora, então me faço de forte.
"-Você tem razão." -digo. "-Da mesma forma que você pode encontrar alguém pra me substituir, eu posso encontrar alguém que seja melhor que você." -sorrio cínica.
"-Lauren, você nunca encontrará alguém como eu, e você sabe bem disso." -diz. Ele está me atentando. Não importa quantas pessoas forem melhor que ele, é somente um que eu quero..
"-Mas posso me satisfazer com outros homens.. minha vibe agora é homens mais.. experientes, se é que me entende, senhor Evan." -provoco-o. Por mais que eu esteja agindo como se fosse uma puta, eu não sou assim. Talvez devesse ser, pra que eu não me ferrasse tanto por um amor não recíproco.
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Apaixonada pelo..meu padrasto?
RomanceLauren, uma garota de 16 anos de idade, carismática, simpática, gentil e bonita, vive com sua mãe, uma mulher trabalhadora e viúva. A vida delas iam da melhor forma possível, mas como sendo uma mulher ainda jovem, sua mãe decide arrumar um namorado...