Colors

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 Fazia uma semana desde que a casa ao lado da de Sehun estava sendo habitada, mas a falta de tempo fez com que Sehun nem tivesse tido a oportunidade de conhecer a pessoa ou as pessoas que viviam ali.

 Era 4 horas da tarde de uma segunda-feira e Oh saia de casa para conseguir chegar a tempo na faculdade. Ele caminhava desatento na calçada quando esbarrou em alguém, fazendo as coisas da pessoa que ele se esbarrou cair no chão.

 -Ah eu sinto muito... -Sehun se abaixou, juntando os papeis e entregando ao rapaz.

-Não se preocupe, eu estava distraído também. -O Rapaz pegou os papeis, os colocando na pasta. -Você mora ali? -Ele apontou para a casa de Sehun, que afirmou rapidamente.

 -Eu moro ali sim. Meu nome é Oh Sehun.

 -Prazer em te conhecer, Sehun. Eu me chamo Kim Junmyeon.

 -O prazer é todo meu. -Sehun sorriu e olhou o horário em seu celular. -Eu adoraria aproveitar pra te conhecer, mas eu tenho aula e se não se importa eu já vou indo.

 -Eu posso te levar de carro, se quiser.

 -Não precisa, mas muito obrigado. -Sehun sorriu e o reverenciou, caminhando em passos rápidos.

[Mais tarde, naquela noite]

 -E ele é bonito pelo menos? -Baekhyun sentou em frente ao amigo na cantina da faculdade, não demorando para dar uma enorme mordida no seu pedaço de pizza.

-Ele... ele é sim.

-E já trocaram o número de telefone? Qual é, pelo que você me disse ele está te dando moral.

-Quê? Não! Baekhyun você tem uns parafusos a menos.

-É o que todos dizem meu caro, mas assim, você precisa aproveitar as oportunidades porque elas não batem duas vezes na sua porta, no caso... elas não esbarram em você duas vezes.

-Você é um anão pervertido.

 Depois dessa conversa, ambos se concentraram em terminar de comer seus lanches pois pagaram por eles e seria um desperdício de dinheiro e de comida.

 Na volta pra casa, Sehun caminhava distraído como sempre, desta vez pensando sobre sua sexualidade e vida amorosa. Ele não era heterossexual e isso era uma certeza desde o sétimo ano do ensino fundamental, quando ele deu seu primeiro beijo com ninguém menos que seu atual melhor amigo Byun Baekhyun, que era um gay passivo sem sombra de dúvidas. O garoto havia tido um relacionamento aberto durante o seu segundo ano no ensino médio, o que não acabou de forma amigável porque seu ex namorado tinha lhe presenteado com a pior das piores coisas que se poderia ter acontecido: Dois lindos pares de chifres. Desde então ele preferiu não se envolver emocionalmente com mais ninguém.

 Todos seus pensamentos foram interrompidos, rachados, quebrados ao meio e arremessados em uma fogueira quando ouviu um carro buzinando freneticamente. Era seu vizinho.

 -Hey! Sehun, certo? -O garoto afirmou com a cabeça, encarando Junmyeon dentro do carro. -Você quer uma carona? O tempo não está dos melhores, pode chover a qualquer momento.

 -Eu quero sim. -Sehun falou rapidamente, se arrependendo em seguida por ter parecido tão afobado.

 -Entra aí. -Junmyeon pegou as sacolas que estavam no banco do carona e colocou no banco de trás, esperando que Sehun entrasse no veículo.

 Sehun entrou no carro e rapidamente colocou o cinto de segurança, deixando sua mochila em seu colo.

 -Você estuda o que na faculdade? -Junmyeon perguntou, atento na estrada.

 -É... eu estudo engenharia civil.

-Sério? Que legal. Tem quantos anos?

 -Tenho 20, e você?

 -Tenho 25. Estou no auge do auge da juventude. -Ambos riram.

 -Desculpa perguntar, mas... você trabalha com o que?

 -Num escritório de contabilidade no centro da cidade. Não é algo divertido, sabe? Mas a gente tem que se manter de alguma forma. -Junmyeon estacionou seu carro na frente da casa de Sehun, o olhando. -Está entregue, moço.

-Muito obrigado. -Sehun sorriu e saiu do carro.

 -Hey, Sehun! -O rapaz se apoiou na janela do carro, olhando para seu vizinho.

-Sim?

-O que vai fazer amanhã até o horário de ir pra sua aula?

-Hm... acho que nada, por?

-Você não pode me ajudar com umas coisas que faltam na casa?

-Acho que posso sim.

-Okay então, Oh. Te vejo amanhã!

-É... nos vemos amanhã. -Sehun se despediu e entrou em sua casa, indo direto para o seu quarto.