PARA SEMPRE NOAH & EU(Em Modificação)

Estrelas tortas de Sophie

As luzes eram fortes, e os sons quase imperceptíveis,todos falavam alto tentando chamar minha atenção,porém tudo que eu conseguia ouvir era um pequeno sino a tocar,com piscadas lentas e curtas começo a perceber onde estou, não reconheço nada ao meu redor, pouco enxergo a não ser pequenas estrelas tortas,que se movimentavam de forma circular, sinto algo desconfortável em minhas pernas, algo que me fazia querer gritar, parecia o meu primeiro contato com a dor, porém eu não conseguia gritar e muito menos me mexer, uma lágrima cai do meu rosto, sinto meus braços arderem, e meus olhos pulsarem, o vulto embaçado em minha frente coloca luzes fortes sobre meus olhos, eu queria muito lhe dizer que isso estava doendo, mas não importa quanta força fizesse nada saia, eu em um desespero silencioso, tudo que enxergo são as malditas estrelas tortas que não param de girar, e quanto mais eu olhava mais rapido elas giravam.
Em um instante tudo ficou escuro, e lentamente tudo que escutava era o sino e as estrelas tortas.

- Dr. Ângela: Sophie? Oi como se sente? Consegue me ouvir?

Abro meus olhos e consigo ver claramente um ser de olhos claros cabelo logo e voz fina se comunicar comigo.

- ahh... ahh.. ahh.. ..
Abro minha boca porém nada sai além de onomatopéias.

- Dr. Ângela: querida vamos tentar mais uma vez, respire fundo se concentre e diga

- Sophie: aah.. ahh.. aon.. aond.. aonde... Estou ?

-Dr. Ângela: Esta em um hospital querida está tudo bem agora. A tia Angela aqui vai cuidar de você.

- Sophie: Pa.. pa.. papai... ma.. mamãe...

- Dr. Ângela: calma querida precisa descansar!

- Sophie: PAAA...!!! PAAA...!!!! PAPAAAAAAII!!!!!!!

- Dr. Ângela: enfermeira o calmante depressa!

- Sophie: On...de.. Onde eles estao!!!!!!

- Dr. Ângela: sedem ela

E assim começou o início do fim da vida de Sophie.

Dias depois..

- Dr. Ângela: se sente melhor Sophie?

- Sophie : Eu me lembro de tudo.. tia Ângela.. A minha mãe Ela..

Lágrimas caem dos meus pequenos olhos.

- Eu sinto muito querida..
Diz Dr. Ângela me abraçando.

-Dr. Ângela: você é sem dúvida garota mais forte que já conheci, não chora princesinhha .

Lágrimas escorriam dos meus olhos, sem que eu esborçace reação alguma, tudo que eu sabia era que estava sozinha, já sentiu a sensação de perder tudo aquilo que mas importa para você ? A partir daquele momento, nada mais fazia sentido.

-Dr. Ângela: Sophie.. Você vai para casa querida tudo vai ficar bem. A moça que trabalhava em sua casa lembra? Ela tomou responsabilidade de você. Sophie Seja forte minha pequena guerreira.

Eu olhava para ela com um olhar triste, quase morto, pois tudo que eu sabia éque eu era uma garota de 10 anos, órfã. E enfim descobri o que eram as estrelas tortas, eram as estrelas do chaveiro de teto do carro, que haviam ficado tortas com impacto e giravam junto com o carro pela ladeira, e o sino, o maldito sino era a cabeça da minha mãe sangrando sobre a buzina do carro. Eram minhas últimas lembranças e quase únicas, as piores lembranças, a única coisa que eu queria naquele momento era não existir..
Aquele mesmo dia cheguei em casa, tudo parecia confuso, era como se cada extremidade do meu corpo estivece rasgada. Eu evitava fechar os olhos pois a cada segundo tudo que eu vizualizava era O carro se chocando contra a mureta de cimento que se quebrou, tudo que eu via era o sangue escorrendo e a bozina latejando em minha mente a maldita buzina que me agonizava ao escutar. Foi horrível, e eu senti meu mundo extremamente destruído, em frações de segundos pude ver tudo que eu tinha se esvair. Remédios, hospital e solidão essa foi minha vida por vários anos até que conheci Noah e as coisas começaram a mudar.