Harry entrou olhando diretamente para Gina, Hermione lhe olhava emburrada.
- Sente Harry, por favor, sente-se. - disse o professor entusiasmado. - que bom que você veio.
Harry se sentou e ficou olhando para o professor, mas sem prestar atenção, só para evitar os olhares de Hermione e Gina, quando Hermione lhe dissera tudo aquilo antes de entrar no compartimento, Harry decidira que não iria mais pensar em Gina, ou ter aqueles momentos que tiveram nas férias, não poderia mais continuar fazendo isso com ela.
- Harry ? - disse o professor Slughorn.
Harry foi levado novamente para a realidade.
O professor contemplou Harry Potter por um momento, como se ele fosse um pedaço particularmente grande e suculento de faisão, então disse:- "O Eleito", é como estão chamando-o agora!
Harry ficou calado. Belby, McLaggen e Zabini, todos os encaravam.
- Naturalmente - continuou Slughorn, observando Harry com atenção -, correm boatos há muitos anos...lembro-me quando, bem, depois daquela noite terrível, Lilian, Tiago, mas você sobreviveu e diziam que devia ter poderes, extraordinários...
Zabini deu uma tossidinha, nitidamente indicando sua debochada incredulidade. Uma voz zangada interveio inesperadamente às costas de Slughorn.- É, Zabini, porque você tem tanto talento...para fazer pose...
- Minha nossa! - brincou Slughorn rindo, e virou a cabeça para Gina, que encarava Zabini do outro lado da enorme pança do bruxo.
- É melhor ter cuidado, Blásio! Vi esta mocinha executar uma maravilhosa azaração para rebater bicho-papão quando estava passando pelo compartimento dela! Eu não a irritaria!
Zabini simplesmente fez um ar de desprezo.
- Seja como for - continuou Slughorn, diringindo-se novamente a Harry -, os boatos que correram neste verão! Naturalmente, não se sabe em que acreditar, o profeta diário já publicou muitas inverdades, cometeu enganos, mas parece não haver muita dúvida, dado o número de testemunhas, que houve no ministério um grande tumulto, e que você esteve no meio dele!
Harry não viu como sair desse aperto sem pregar deslavada mentira, concordou com um aceno de cabeça, mas continuou calado, Slughorn sorriu para ele.
- Tão modesto, tão modesto, não admira que Dumbledore goste tanto...você esteve lá, então? Mas as outras histórias...tão sensacionais, é claro, a pessoa não sabe bem em que acreditar...a famosa profecia, por exemplo...
- Não ouvimos nenhuma profecia. - Neville ficou rosado como um gerânio ao dizer isso.
- Verdade - confirmou Gina, lealmente. - Neville e eu também estivemos lá, e essa baboseira de "o eleito" é invenção do profeta como sempre.
- Vocês dois também estiveram lá? - perguntou Slughorn muito interessado, seu olhar indo de Gina a Neville. Os dois, no entanto, ficaram calados frente ao seu sorriso encorajador. - É... é bem verdade que o profeta muitas vezes exagera, sem dúvida - continuou Slughorn, um pouco desapontado. - Eu me lembro de Gwenog Jones, quero dizer, claro, a capitã do Harpias de Holyhead...
E o professor se perdeu em uma longa reminiscência, mas Harry teve a nítida impressão de que Slughorn ainda não dera por encerrada a conversa com ele e que não se deixara convencer por Neville e Gina.
A tarde foi passando com um desfile de histórias sobre bruxos ilustres dos quais Slughorn fora professor, todos encantados em participar do "Clube do Slugue", em Hogwarts. Harry mal conseguia esperar para ir embora, mas não via como fazer isso educadamente. Por fim, o trem passou de mais um longo trecho de névoa para um rubro pôr-de-sol, e Slughorn se virou para os lados piscando na penumbra.
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Para sempre você
Fanfictiondurante o período letivo no sexto ano na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, Harry Potter começa a nutrir um sentimento por Gina Weasley, e é aí que se sente que magia não é só apontar a varinha e produzir um feitiço, está além da nossa capacida...