Os Rothenbergers

Os Mutante Que Fugiram Pelos Mares

Aos poucos me acordo, estou deitado numa maca, sinto cheiro de álcool e naftalina, olho para o meu corpo e vejo que estou nu, tento me levantar mas percebo que todos os meus membros estão presos, tento gritar por socorro, mas minha boca está amarrada com um pano, escuto barulhos de passos e logo a cortina que estava na minha frente é puxada de lado, revelando quem havia puxado, era um homem, vestido de militar? O que é isso em seu braço? Vários pensamentos passam pela minha cabeça, porém esses pensamentos foram interrompidos quando o homem se aproximou e começou a falar:

-Endlich wachte Meerschweinchen 0146 auf.


O que ele quis dizer? Parece que ele tá com uma rola na boca, mas isso me lembra alemão, espera, onde estou? Por quê eu tô aqui? Eu me lembro de ter me deitado com a Marya e só. Novamente meus pensamento forma interrompidos quando esse homem chegou mais perto, e puxou uma seringa com um liquido azul ciano nele, com medo, começo a me debater, num movimento rápido ele puxa uma arma e aponta em minha cabeça, um modelo antigo, uma pistola Walther 38? Com medo do que ele poderia fazer, eu me acalmei, até que senti uma dor no braço esquerdo, era a agulha da seringa, o desgraçado injetou o tal liquido em mim. Logo começo a ficar tonto, e antes de desmaiar, vejo que no braço desse homem, havia um tipo de bracelete, vermelho, com um símbolo nele...uma suástica.

AAAAAAAAH!!
Num pulo rápido, acordo, era um pesadelo, Marya se acorda junto e pergunta:
-Era o mesmo pesadelo de novo Roberth?
-Sim amor, mas dessa vez eu sinto que isso não é um pesadelo.
-Se não é um pesadelo ou sonho, poderia ser o quê?
-Uma lembrança...Volte a dormir, são 4:57, logo logo você tem que levar a Beth na escola.

Com um beijo na testa, Marya volta a dormir, quando ela se vira na cama, vejo marcas de arranhões gigantes nas costas dela, quando fui perguntar o que havia acontecido, ela ja havia dormido, então eu fui na cozinha tomar algo para acordar, sentado perto da lareira, estou vendo o jornal e me deparo com uma nova notícia do caso dos Willers, "Chacina em Ishpeming Township, possível suspeito está foragido. O filho mais velho, Alex Willer (17 anos) é o principal suspeito sobre as morte que ocorreu no interior de Michigan, já a testemunha a sobrevivente Andy Wilson (22 anos) diz ao contrário, e por isso a policia deu voz de prisão para Andy, com a alegação de que Andy Wilson é na verdade parceira de Alex, e que estaria defendendo ele muito".
Minha leitura é interrompida por sons estranhos vindos de meu quintal, silenciosamente corro para pegar um revolver debaixo da mesa que estava escondida por uma madeira falsa, devagar puxo a cortina para ver quem era, e me surpreendi, era minha mãe.

Depois de chama-la para dentro, e conversar muito, perguntei o motivo dela ter vindo sem avisar:
-Mãe, por mais que eu gostes das suas visitas, por quê veio numa segunda de manhã?
-Então Roberth, o seu pai tava passando por uns problemas e...
-Ele bebeu de novo e bateu na senhora? (rapidamente interrompi ela com ódio)-Não meu filho...Ele...Morreu...
Meu corpo paralisou, eu nunca havia ficado desse jeito, por mais que eu odiasse ele por ter feito minha mãe sofrer, eu sabia que algo de ruim iria acontecer.
-Mas não é por isso que vim aqui.
Quando ela disse isso, eu parei de chorar, e ao invés disso, fiquei surpreso, qual poderia ser o motivo do qual fez ela vim aqui a essa hora? Moramos na mesma rua, ela poderia ter vindo de tarde.
-O motivo de eu ter vindo aqui, é que sei que está tendo alguns sonhos, e eu quero lhe ajudar.
-Como a senhora sabe disso?! - Perguntei assustado.
-Marya, ela me ligou explicando tudo, até os ferimentos.
-Eu...Eu machuquei a minha mulher? - Meus olhos se encharcam de lágrimas, por quê eu machucaria a minha amada?

O alarme começou a tocar, são 7:00 da manhã, Beth desce na escada e corri para os braços da avó, eu limpo minhas lágrimas e começo a preparar o café dela.
Ás 7:40 vou com a Marya levar a Beth de frente de casa para que o ônibus levasse ela para escola, depois disso estou dirigindo para a prefeitura, ser o prefeito de uma cidade estranha é muito interessante e cansativa, a cada dia que se passa acontece uma coisa que deixa todos arrepiados, mas deve ser por causa do Coração de Living Town.

De tarde chego na casa da minha mãe, me perguntando se o jeito que ela iria me ajudar era me dando algum chá ou algo do tipo, chegando na rua, vejo algo estranho, o chefe da família dos Whiters saindo da casa da minha mãe, logo que ele saiu do bairro, corri em direção da casa, a porta estava entre aberta, e quando eu abri ela...Vi minha mãe...Morta com uma faca cravada em seu crânio, estou pálido, e tonto, eu puxo meu celular e digito 911, escuto um barulho atrás de mim, me viro e a única coisa que vejo é um taco de golfe batendo em minha cabeça, me fazendo cair e desmaiar.

Estou no escuro, o chão é coberto por algo viscoso, perto de mim tem um lobo, ele esta preso numa gaiola, quando eu chego perto dele eu escuto uma voz.
"Me liberte"
"Me liberte"
"ME LIBERTE"


AAAAAAh!
Acordo de novo, era mais um pesadelo eme sinto aliviado, dessa vez eu não acordei Marya que estava deitada ao meu lado em nossa cama, ela tava tão calma dormindo, mais calma como nunca, esse prazer de ver meu amor dormindo foi cortado logo quando senti algo viscoso em mim, ponho minha mão debaixo do lençol e quando levanto de volta, vejo que era sangue, logo eu puxo o lençol rápido e vejo algo que eu nunca iria esquecer, os arranhões nas costas da minha mulher haviam sido abertas, eu tentei salvar ela, mas era tarde de mais, meu mundo caiu, eu matei minha mulher, chorando e gritando o seu nome, percebi que haviam pingos de sangue no chão fazendo um caminho, seguindo eles me deparei com uma mensagem escrita com sangue no espelho do banheiro, "Elas sabiam muito, caso queira sua mulher de volta, venha fazer uma visita ao Coração de Living Town. Ps: estamos com sua filha. Atenciosamente, Velha Willer".

Fim.


[Começo da transmissão]

Filho
Vai chegar um dia em que você sentirá como se algo estivesse dentro de você pedindo para sair, se caso chegue, deixe-o, por mais que possa ferir alguém que ama, mas isso vai poder protege-los também, peça desculpas a sua mãe, nunca quis machucar ela, apenas protege-la.

[Fim da transmissão]