Já faz cinco meses.
o médico suspira e coloca seus óculos, colocando o liquido nos tubos enquanto eles aquecem. esse era mais um experimento para uma cura, e é claro que falharia novamente. faz cinco meses e ele não teve resultado algum. ele preferiria explorar lá fora e descobrir alguma coisa que poderia ajudar a progredir com tal cura. a unica razão pela qual ele ainda trabalha para o general e seu laboratório era pelo acesso aos apartamentos luxuosos do distrito um.
os cinco meses pareceram tão curtos.
ninguém sabe de onde isso veio- eles apareceram do nada e começaram a comer uns aos outros. ele estava no hospital quando aconteceu e foi terrível. mais sangue do que você pudesse imaginar ser possível. ele escapou para o telhado, onde tinham helicópteros esperando e onde ele foi resgatado. desde então, ele decidiu dedicar sua vida em achar a cura e parar toda essa loucura de uma vez por todas.
ele olhou pela janela do laboratório e assistiu as pessoas esbarrando umas nas outras com pressa. ele também vê o hacker baixinho correr no meio deles. qual era seu nome mesmo- jihoon? tanto faz. o médico realmente não ligava. a coisa para a qual ele ligava era para o quão movimentadas as pessoas estavam. desde que estes novos grupos de sobreviventes chegaram, o distrito todo estava com pressa para acomodá-los. não tinha mais espaço nos outros três distritos, então eles foram forçados a deixar os recém-chegados ficarem nos apartamentos especiais do distrito um. o que é realmente uma vergonha para todos os médicos, enfermeiros, soldados e generais se misturarem com essa gentinha.
você deve estar se perguntando o que era isso. bom, esse era o projeto repovoar.
depois de dois meses ficando num acampamento, uma 'zona segura' foi descoberta na fronteira do país, e é claro que o exército se apoderou dela. eles mataram os infectados que estavam por lá e estabilizaram uma zona livre de infectados. quatro prédios de apartamentos estavam dentro dessa zona segura, então eles os chamaram de distritos, onde os sobreviventes ficariam e repopulariam, e retornariam para suas vidas normais.
nos últimos cinco meses, todos os infectados morreram de fome.
o exército espera repopular e começar uma limpeza em massa do país depois de um ano, e então voltariam para suas vidas normais para sempre.
ele ri. que piada.
ele sabia bem no fundo de seu coração que ainda haviam pessoas infectadas no país. o general só não queria encarar a realidade. ele pensa que a fome matou todos eles e que não sobrou nenhum. se ele pensa assim, ele é meio burro.
claro que há uma possibilidade de ao menos um infectado estar vivo.
e é por isso que ele queria estar preparado.
"o que você está fazendo, doutor? isso é o remédio que o general pediu para você avaliar?" uma mulher pergunta e ele rola os olhos. que garota intrometida. "nah. não é."
"você é tão criança."
"na verdade, eu sou. que eu me lembre eu ainda tenho dezesseis anos, e sou um puta de um gênio." ele diz em um tom indiferente enquanto tenta ignorá-la, trabalhando nos líquidos, mas ela bate a mão na mesa, fazendo todos no laboratório olharem para eles dois. o doutor geme ao ver que um dos tubos de teste tinha caído, vazando pela mesa. ele olha para a mulher com um olhar desinteressado. "agora veja só o que você fez."
"não, doutor. veja. o que você está fazendo. isso é loucura! pare de encontrar maneiras de encontrar uma cura! eles estão todos mortos e eles. não. vão. VOLTAR!" a mulher grita na cara dele, batendo a palma da mão na mesa quando diz a ultima palavra. ele estala a língua no céu da boca e dá as costas, saindo da sala.
"para onde está indo, homenzinho?!"
ele apenas mostra o dedo do meio para ela enquanto caminha porta afora e pelo corredor cheio, em direção ao seu apartamento para pegar o sucedâneo para o liquido derramado. ele sabia que isso ia acontecer. todos os médicos e enfermeiros o odeiam, e ele não se importa. porque ele sabia que estava fazendo a coisa certa e eles estavam sendo-
alguém passa o empurrando e ele cai, xingando. amaldiçoado seja este projeto estúpido de repopulação! é um estorvo em sua vida! e com mais pessoas, significa que mais pessoas seriam infectadas se um zumbi realmente passasse dos muros! ele olha para cima com uma carranca para ver quem era esse alguém, mas se desfaz quando vê que é um soldado. soldados são os únicos que ele tolera, já que estão fazendo algo útil também.
"eu sinto muito, muito mesmo! uma pessoa me empurrou e eu esbarrei em você!" ele diz, estendendo a mão para levantar o médico, que aceita a ajuda. já de pé, ele limpa seu jaleco branco e suspira, observando a movimentação das pessoas. "está tudo bem. olhe só essa bagunça" ele diz apontando para todos. o soldado ri, coçando a nuca. "é, eu tenho que voltar para o meu posto na entrada agora. me desculpe, ok? tem certeza de que está bem?" ele pergunta olhando nos olhos do médico e pensa- woe, esse garoto é lindo.
o médico pensa o mesmo. com cabelo castanho e bagunçado, é uma pena que sua beleza esteja coberta por um capacete e fuligem. antes que ele vá embora, o médico segura sua mão. "ei, pode me dizer seu nome?"
"por quê? eu te interesso de alguma forma?" o soldado está, obviamente, brincando, mas parece que o médico não. então ele sorri.
"wen junhui. e este lindo médico é...?"
"s-sou o doutor xu. mas pode me chamar de minghao." ele responde, gaguejando devido ao elogio repentino. junhui abre mais um sorriso deslumbrante. "bom, doutor xu, ou como você disse, minghao, te vejo por aí, certo? você é uma gracinha." ele diz, dando uma piscadela antes de desaparecer em meio a multidão, sua altura sendo a única coisa a se destacar do restante.
minghao revira os olhos, debochado, desacreditado e feliz enquanto segue o caminho até seu apartamento.
galanteador.
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Hmkk
Depois de um tempão finalmente saiu o segundo capítulo, me desculpem por isso. Vou tentar atualizar com mais frequência, mas não prometo nada rsrs
Relevem os erros e votem aí por favor. eh isto, tchau.

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dystopia • seventeen
Fanfictionum grupo de adolescentes une forças para tentar escapar de sua cidade infectada por zumbis __________________________________________________________ Esse livro pertence a @korehao que me deu permissão para traduzir