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o barulho dos teclados é o som mais alto na sala, ocupada por programadores checando os cftvs. um garoto em particular está no meio de todos eles checando se eles estão fazendo o trabalhando corretamente. as pessoas ficam tensas quando ele passa- ele é o líder deles, afinal. ele para em uma pessoa- uma garota, que para de trabalhar assim que ele se inclina para olhar o monitor dela dos cftvs.

ele estreita os olhos enquanto assiste as pessoas enfileiradas em frente ao prédio em que ele estava. ele podia jurar que viu alguém conhecido...

"e-e-eu estou fazendo algo errado, senhor?" a mulher pergunta com medo, mas o garoto balança a cabeça. "não, você está indo bem. continue."

a mulher suspira em alívio assim que ele se afasta, olhando mais imagens ao vivo no cftv. centenas de pessoas estavam enfileiradas na entrada de um alto complexo de apartamentos- todos esperando para finalmente descansar em um apartamento próprio depois de longas horas de espera. eles foram tirados dos milhares de acampamentos de sobreviventes espalhados pela coréia pelos últimos cinco meses. haviam quatro distritos onde poderiam viver- esse era o primeiro, e o mais importante. pois este era onde os oficiais viviam.

cinco meses...

faz cinco meses desde que o último infectado foi morto.

cinco meses desde aquela tragédia horrível que matou milhões e mudou seus mundos para sempre. uma pequena porção da coréia foi fechada e protegida por militares, declarada como um paraíso seguro para aqueles que sobreviveram. e ao passar dos meses o número de sobreviventes só aumentaram. o objetivo era repopular, e talvez, eles podem sonhar em retornar para suas antigas vidas novamente.

ele pensava que sua vida já teria voltado ao normal, mas aqui está ele. procurando nas imagens do cftv pois acha que viu alguém conhecido.

ele foi separado de sua família assim que os infectados invadiram a escola em que estudava, ele conseguiu escapar para um acampamento, onde suas habilidades com tecnologia foram reconhecidas e ele lentamente subiu para o nível em que está agora apesar de ser tão jovem  

mesmo estando seguro, ele era solitário. ele sentia fala de sua família. sentia falta de seus amigos, especialmente seu melhor amigo. ele não via alguém que conhecia há tanto tempo... 

alguém chama seu nome, e ele acena com a cabeça saindo da sala e indo em direção ao laboratório. lá esperando está o líder de toda a organização chamado de general. ele está falando com o único medico de lá- o qual tem cabelo preto e vários brincos e piercings na orelha. eles estão conversando sobre algo.

"e se eles voltarem?" o medico pergunta olhando para o general que o encara.

"não vão." 

"mas e se voltarem?" o olhar do medico fica mais afiado, mais confiante. estava claro em seus olhos que ele sabe que este não é o fim.

"nó mataremos todos. acionaremos o código vermelho." o general finalmente responde, e parece que o medico vacilou. ele se afasta e continua trabalhando em alguns tubos de teste.

"general. o senhor me chamou?"

o homem musculoso acena com a cabeça e se vira para olhá-lo. "sim. eu só queria perguntar se está tudo indo bem. a admissão de sobreviventes no distrito um?"

"absolutamente bem. está tudo em ordem." ele diz, e o general parece estar satisfeito. ele faz mais algumas perguntas antes de deixa o laboratório, e é quando o medico solta um suspiro alto, ganhando algumas encaradas das medicas e cientistas que ali estão. "nós temos que estar sempre preparados. eles podem voltar..." ele murmura, antes de ver o garoto em sua frente.

"você não concorda?"

ele acena a cabeça em resposta. "sim, concordo."

"bom." o medico retorna ao seu trabalho e ele toma isso como um sinal para sair dali. ele volta para a sala dos computadores, ele assiste pessoas correndo pelos corredores. estava sendo um dia cheio graças ao novo grupo de sobreviventes que chegou. provavelmente era a ultima remessa- ele duvida que tenha mais. o mundo fora das muralhas era uma terra vazia, desolada e cheia de nada.

ele entra na sala novamente, e vê alguém com o cabelo vermelho, e ele sabe quem é. 

ele sabe que é alguém que ele conhece.

ele corre para os elevadores, coração batendo rápido. aquele era..?

as portas se abrem, e ele corre pelo grande lobby do prédio na direção da entrada, onde as filas estavam. em que fileira ele estava... na terceira? a terceira! ele gira o corpo e corre até a terceira fila, empurrando as pessoas enquanto seu coração bate rapidamente.

todos os rostos que ele viu nestes meses que passaram lhe eram estranhos.

apenas o fato de que pelo menos uma... uma pessoa que ele conhecia e falava estava viva..! apenas uma, por favor!

só uma...

então ele para de correr.

e então ele o vê.

e o garoto do cabelo vermelho também o vê. 

ele paralisa por um segundo, mas é só o que leva para seu melhor amigo sair da fila, correr até ele e o envolver no abraço mais quentinho e mais apertado que ele já recebeu em toda a sua vida. ambos estavam chorando, e centenas de pessoas estavam assistindo a cena, mas eles não se importavam.

eles se encontraram novamente.

"soonyoung, faz tanto tempo." ele diz, lágrimas escorrem sua bochecha abaixo enquanto ele abraça mais e mais apertado. soonyoung faz o mesmo, chorando e chorando até que o mundo se torna um borrão.

"também senti sua falta, hoonie."


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caralho mano,meu soonhoon lindo e cheiroso, chorei toda aqui socorro... desculpa a demora, é que eu achei que já tivesse terminado e postado esse capitulo, mas aparentemente eu estava errada né non

espero que tenham gostado, bjo no core

dystopia • seventeen Onde histórias criam vida. Descubra agora