Achei um... Gato?

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Puto. A palavra que definia Bakugou neste momento era puto.

Estava voltando da faculdade na força do ódio, quem entrasse em seu caminho se arrependeria até de ter ousado sair de casa... O quê custa aquela maldida faculdade avisar que não ia ter todas as aulas?

- Maldita faculdade, maldita hora que resolvi ir praquela merda, tsc.--Bufou irritado pela milésima vez, só naquela manhã

Estava abrindo o portão de casa, quando ouviu um miado particularmente alto, parecia ser de dor... Olho para baixo me deparando com uma caixa encostada no muro.

- Hm? Isso não tava aqui quando sai mais cedo. -- Olho para os lados para ver se à alguém além de mim, mas só vejo carros estacionados.

Me agacho perto da caixa, e escuto outro miado, agora acompanhado de um choro baixinho. Resolvo abrir a caixa então, me deparando com um... Gato? O que era aquilo? Era meio gato, meio gente? Tento o tocar, mas ele se encolhe, com medo, só ai me dou conta de qual era o seu estado, estava cheio de machucados, alguns sangravam e eram um pouco profundos, roxos estavam espalhados por todo o lugar. Fico parado o olhando, não acreditando no que via...

Aquela coisa ainda chorava baixo, estava com os olhos fechados como se esperasse o pior. Pego a caixa em que estava com extremo cuidado e levo-o para dentro de casa o colocando em cima da mesinha de centro, rapidamente indo ao armario da cozinha pegar um kit de primeiros socorros e uma toalha para limpar os ferimentos mais profundos.

Coloco a toalha em cima do sofá, e pego o "gato" que solta um grunido de dor, e o coloco em cima dela. Começo a tratar seus ferimentos e com um grunido ou outro termino de desinfeta-los, levo para o banheiro e o coloco na banheira para um bom banho. Ligo a torneira numa água morna, e ele treme um pouco pelo susto, mas fica parado me encarando, como se quisesse dizer algo.

Olho-o atentamente, tirando os machucados, seu corpo é branquinho e com sardas, estava magro mas isso não o deixava menos bonito, tinha os cabelos, orelhas, calda e olhos verdes, era diferente, nunca tinha visto ninguém com cabelo de tal cor. É ele com certeza era bonito.

Saio dos meus devaneios quando escuto um sussuro, muito baixinho.

- O-obrigado... - Ele cora e olha para o lado. Fofo demais, penso.

- Tsc

Desligo a água da da banheira, que ja estava numa altura boa, e começo a lavar o pequeno ser a minha frente, primeiro lavo seus cabelos, e ele acaba soltando um ronronar ficando totalmente corado em seguida. Não contive uma risada nasal ele era fofo demais, continuei o lavando, até estar totalmente limpo, e pude ver com mais clareza todos os seus hematomas. Ele estava quase completamente roxo. Pego-o no colo e o envolvo em uma toalha, voltando para o quarto, o coloco na cama, e vou procurar alguma roupa minha que sirva nele, provavelmente todas as minhas roupas iriam ficar absurdamente grandes.

Dou de ombros e pego uma blusa preta e uma cueca box verde, faço todos os curativos e o visto, tendo que fazer um buraco na cueca para passar a calda, seco seus cabelos, orelhas e calda. Desde que ele falou naquela hora no banheiro, que se matem calado.

Resolvo quebrar o silêncio.

- Certo, o que exatamente tu é? E têm nome? E como caralhos tu ficou todo machucado? -- Pergunto, e o vejo abaixar as orelhas e mexer o rabo vagarosamente em sinal de tristeza

Um Neko Estúpido Onde histórias criam vida. Descubra agora