Defeitos de um arco-íris

Attacking myself

As pessoas buscas maneiras diferentes de te fazer se sentir especial. Argumentos diferentes. Por que tem que haver alguma coisa que te faça tão diferente? Tão especial? Eu não sei, muito menos você! Mas sempre existe, nem que seja um mínimo detalhe. Ele está lá. Esperando.
Eu sempre procurei algo de especial em mim, e como você ouvi respostas diferentes, "o seu cabelo", "seu sorriso", "sua cor", "seu jeito", inúmeras vezes recebi qualidades que eram definidas como O ESPECIAL. Pra mim especial não é uma qualidade, toda vez que penso em especial penso no significado de diferente. Como por exemplo: o diferente de uma pessoa saudável é uma pessoa doente, queria me encaixar nesse critério com um câncer, um câncer é uma boa escolha se eu fosse ficar doente. Pelo menos é o que mostram sempre nos filmes, todos tem atos bondosos por você, com um câncer você encontra seu amor verdadeiro e se pode fazer tudo que tiver vontade, viver os dias como se fosse o último. Infelizmente eu sou saudável até demais. Adora ter uma boa alimentação e prática exercícios. Essa é uma receita ótima para não se ter câncer.
Outro exemplo é o estupro, é uma coisa terrível. Uma pessoa violar o seu corpo para fazer o que bem entender com ele, saciar suas vontades nele e usá-lo como um objeto para logo em seguida ser descartado. Fui ensinada que meu corpo é uma algo sagrado, deve ser respeitado. Eu nunca fiz sexo, não sei se é bom como dizem. O pecado da carne: ter relação sexual só pelo prazer sem fins reprodutivos. Nos noticiários, nos testemunhos, aprendemos sempre a odiar os estupradores por tal ato tão desumano. Eu entendo que é uma coisa ruim. Óbvio que entendo. Mas será que eu seria capaz de ser uma pessoa tão terrível tal como o estuprador de não odiar ser estuprada e sim gostar? Eu não consigo nem imaginar quantos julgamentos viriam depois dessa pergunta hipotética. "Uma garota impura" seria uma classificação adequada para mim. Acho que só não temos tanta repulsa por atos assim porque não vivenciamos isso na pele. Sair dos padrões, de sua delimitação é um diferente, mas nunca um diferente bom ou que poderia ser compreendido e sim julgado.