Capitulo 22 ~ Tinha de ser.

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* Joana *

Assim que acabara de tomar o meu banho, enrolei uma toalha no meu corpo e dirigi-me para o quarto com a finalidade de escolher o que vestir. Nada melhor do que usar preto num bom look. Peguei nas minhas black ripped jeans e vesti uma blusa branca, algo bem simples mas perfeito para o que eu queria. 

Ariana ainda parecia estar indecisa no que iria usar, foi aí que eu decidi intervir.

- Queres ajuda? - Perguntei enrolando os seus cabelos com o meu dedo.

- Visto isto ou isto? - Ela pegou nuns shorts e numas jeans

Eu limitei-me a apontar para os calções, acho que lhe ficava melhor. 

Olhei para o relógio e fiz sinal para que ela se despacha-se.

- O Francisco não vem? - Ela perguntou.

- Nah, ele disse que estava demasiado ocupado. - Respondi como se o assunto não me interessa-se.

Peguei na chaves do carro assim que ela acabara de se arranjar. Não demorou nada a chegar ao destino. Aquilo parecia estar lotado, tal como a primeira vez que ali estive, o dia em que joguei ao verdade ou consequência. 

Fechei o carro e aproximei-me da Ariana agarrando o seu braço, o que fez com que ela corasse.

Com muito custo, entramos, visto que a multidão era imensa, quase nem dava para caminhar ali. Puxei-a comigo para que não se perdesse e encostamos-nos numa cerca de ferro que ''supostamente'' evitava que as pessoas caíssem ao mar. Era o único lugar vago ali, então tinha de ser. 

A minha garganta já estava a secar. Pedi à Ariana que ficasse ali e que esperasse até eu voltar com qualquer coisa para beber. 

Já com as bebidas na mão, avistei-a ao longe sorrindo para mim. Movimentei-me lentamente com a finalidade de manter o liquido dentro de recipiente, e assim que volto a olhar para Ariana, vejo alguém empurra-la fazendo com que caísse na água.

Não deu tempo de ver a cara de quem fizera aquilo, pois fugira imediatamente. 

Larguei as bebidas no primeiro canto que me apareceu e corri para ajuda-la, já que ninguém o fez. 

Reparei que um grupo de raparigas tinham assistido àquele acontecimento, mas limitaram-se a dar ombros e a continuar a sua conversa. 

Nunca fui grande nadadora, o que me deixou receosa, mas mesmo assim, tinha de fazer alguma coisa. 

Nadei até ela e puxei-a à superfície, visto que esta já se estava a afundar. No momento que ela caíra, a corda que sustentava o pequeno barco de salvamento desprendeu-se, fazendo com que ele ficasse para trás. 

Puxei-a comigo até lá, não havia hipóteses de chegar até ao cruzeiro. 

Estávamos completamente no meio do nada. 

Tentei friccionar o seu peito para que voltasse a respirar. Tentativa falhada. Nunca estudei este tipo de coisas, mas lembrei-me da tão famosa respiração boca a boca. 

Tinha de ser, tinha mesmo de ser. 

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