Capítulo XVIII - A dor
Os olhos de Peter, lentamente, se abriam. Ele ainda estava naquele pesadelo: naquele galpão; enquanto Eduardo fumava apenas de cueca rente à mesa.
Peter estava coberto com um tipo de coberta fina. Se sentia fraco e sujo, apenas queria um banho e estar em casa. Não havia mais forças para chorar. Tentava não lembrar da cena de Eduardo estuprando Tyler, e compará-lo ao que acabara de acontecer.
- Toma! - Eduardo jogou as roupas de Peter em sua direção, indiferente - Se veste logo!
- Me responde só uma coisa - Peter disse, furioso - Pra quê isso tudo?
Eduardo começou a passear pelo galpão.
- Eu já te disse tudo. Escolhas e escolhas. Escolha quem você quer salvar: o seu relacionamento besta com esse professorzinho de merda ou os seus pais...
- Mas por quê?
- Você faz perguntas demais. Se vista logo, porra!
Assim que Peter se vestiu, ele se levantou.
- Eu não vou escolher ninguém!
- Não é assim que funciona, moleque!
Eduardo voltou-se para a mesa e agarrou a pistola. Ele apertou o gatilho e disparou contra uma parede, sem remorso.
- Eu não tenho medo de usar isso em uma pessoa... Portanto, acho bom você me dizer quem é mais importante para você: seu relacionamento ou os seus pais!
Em meio a lágrimas, Peter decidiu.
- Tá bom, eu largo o Rafael, se é assim que você quer!
Logo depois, Eduardo se vestiu e vendou Peter, foram para o carro e voltaram para a rua da escola.
- Vá para casa agora e não dê um piu! - disse Eduardo abrindo a porta para Peter na rua escura - E lembre-se de que de tarde você é meu.
- Não, esse não era o acordo!
- Agora é! Você vai ser o meu namoradinho a partir de hoje! Você vai falar para o Rafael que encontrou alguém bem melhor que ele e vai deixar ele descobri quem é.
- Você é um psicopata! - Peter disse, baixo.
- Sou sim! O seu psicopata. Me dá um beijo.
Peter se negou, porém Eduardo agarrou o pescoço do garoto e lhe roubou um beijo bem espalhafatoso e mal-feito.
- Ótimo! - Ele riu, como um idiota - Vai para casa. E olha... você é bem gostoso!
Peter fechou a porta com tanta força que pensou que tinha quebrado-a.
Quando chegou em casa, os seus pais ficaram morrendo de preocupação, perguntando o que aconteceu para que ele chegasse apenas 6 horas depois do término do horário escolar. Peter usou a desculpa de que tinha que ficar na escola toda a tarde porque começara a estudar para os vestibulares.
Os pais, indiferentes, não fizeram mais perguntas, apenas ficaram felizes pelo fato do filho estar mais focado nos estudos e deixaram ele ficar toda tarde no colégio.
Peter, sem fome, subiu as escadas e se apressou a tomar banho. Entrou no banheiro, trancou a porta que finalmente o seu pai havia consertado, e deixou a água percorrer todo o seu corpo.
Ele fechava os olhos e apenas sentia o frio daquele líquido caminhar pelas suas estruturas. Lágrimas caíam aos poucos de seus olhos. Peter nunca havia sentido tanto medo como naquele dia. Sentia dores pelo seu corpo, e foi ali que ele pôde compreender a imensa tristeza de Tyler.
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Meu Querido Professor (Romance Gay)
RomanceAcompanhe a jornada e as maluquices românticas entre um aluno e um professor. E o que essa paixão inesperada pode causar nas nossas vidas. Lembrando que Violência Sexual de Crianças e Adolescentes é crime, Disque 100!