↪𝑝𝑟𝑜𝑙𝑜𝑔𝑢𝑒!

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   1055 palavras
     
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                     eleanor, 15 anos

2014

—  vocês ainda tem idade para ouvir histórias para dormir? — elizabeth, ou vovó, pergunta para os dois adolescentes, eleanor deitada em sua cama concorda, enquanto dylan, deitado no sofázinho do quarto da irmã, nega disfarçadamente. a história não faria sentido para ele, já que não era peculiar como a irmã.

—  eu não quero mais ouvir essa história, é sempre a mesma coisa — diz dylan se levantando para sair, mas não sem antes dar um beijo na testa de elizabeth e de eleanor — boa noite, amo vocês — ele saí.

— não ligue para ele, vovó! — a garota diz quando a avó volta a atenção para ela, eleanor amava a história das crianças com que sua avó vivia e que eram iguais a elas. — eu adoraria ouvir novamente, e novamente, e novamente, quantas vezes a senhora quiser contar.

muito obrigado, meu amor — ela responde colocando a mão no rosto da garota, fazendo um carinho de leve. elizabeth, por estar em seus 87 anos, já não tinha a mesma memória de antes, por isso todos da família agiam como se fosse a primeira vez, tanto dylan, que sempre teve esta mesma reação, quando eleanor que sempre estava extremamente ansiosa para as histórias da avó.

— a muito tempo atrás fui mandada pelos meu pais, por conta da guerra, para morar em um orfanato, comandado por uma mulher muito forte, chamada srta. alma peregrine... — ela conta, mostrando as fotos que ficavam dentro de uma caixinha de madeira antiga. após contar sobre todas as crianças, abe e enoch, a senhora de idade, se despede da neta com um beijo, a desejando boa noite e bons sonhos.

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2016
16 anos
7 dias para o
aniversário de elanor!

bom dia, eleanor — a psicóloga comprimenta quando a garota entra no escritório, ella se senta no sofá em silêncio, como em todas as outras sessões de terapia. — tudo bem! você ainda não quer falar e eu respeito isso totalmente, faz apenas um mês desde o acontecido.

enquanto a mulher, que eleanor achava totalmente suspeita, falava ela continuava em completo silêncio, pensando no diria para não se entregar, e contar sobre as crianças ou  na ilha, no país de gales.

abe portman. — a garota diz, sem emoção, ela era extremamente apegada a sua vó e a morte dela a pegou de surpresa, a fala faz com que a mulher arregale os olhos rapidamente, antes de disfarçar.

— quem é esse? — a mulher pergunta, fingindo não saber, ou pelo menos tentando, ella ainda não tinha entendido qual era a dela, elas já haviam tido 4 sessões, onde eleanor não havia dito uma palavra.

— um amigo da infância da minha avó — eleanor diz — eles moraram no mesmo orfanato, ou algo assim — ela finge não saber — ele foi encontrado morto exatamente igual a ela, na mesma semana, na Flórida — ella diz, olhando diretamente para a mulher, levantando uma sombrancelha, a mulher parece interessada — ele tinha um neto, ou tem? — a garota olha para cima pensando em como dizer — tanto faz. minha avó sempre quis que fossemos amigos — ela se arruma no sofá, enquanto a psicóloga anota em sua caderneta — mas ele mora na flórida e eu na califórnia, então acho que não daria certo.


— você parece achar que não foi coincidência — a psicóloga duz para a garota, que mesmo não estando mais calada continuava com a mesma expressão fria no rosto.

— é porque não foi... — ela diz simples, dando de ombros, a mulher ia começar a falar, mas eleanor continua — não importa o que a polícia diz, não faz sentido, sinceramente a polícia da califórnia é um pouco incompetente. — ela adiciona antes de continuar — dois "ataques de animais" em menos de uma semana? a Flórida não tem lobos e a Califórnia? muito menos!— eleanor fazendo aspas com os dedos, olhando nos olhos da mulher — a sessenta anos os lobos foram extintos completamente da califórnia.

— então você tem certeza de que a polícia está errada? mesmo sabendo que animais atacam as partes moles? não poderiam ser cachorros selvagens? — a mulher pergunta, parando de anotar, olhando para a garota em silêncio.

— não são apenas os cachorros que comem olhos — s/n diz olhando a mulher nos olhos, era apenas uma desconfiança, e se a mulher não fosse um hetereo, ela com certeza deveria achar que eleanor é maluca, mas era uma desconfiança forte, o comportamento dela as vezes eram estranhos.

— o que? — a mulher pergunta, ela havia escutado, eleanor sabia disso, mas era melhor checar, ser psicóloga de jake deveria ser bem mais fácil.

— nada demais, apenas pensando — ela dá de ombros, esfregando suas mãos com luvas, no calor da califórnia, a mulher se fez de curiosa.

— tudo bem, agora que sabemos que você fala — ela faz uma piada, que resulta em um total de zero expressões da eleanor.

— tudo bem, agora que sabemos que você fala — ela faz uma piada, que resulta em um total de zero expressões da eleanor

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— o que acha de me contar sobre as luvas? — a mulher continua, após perceber que a garota não riria.

— ahn, eu tenho mãos sensíveis! — a garota mente, arrumando suas luvas, na verdade o uso das luvas era por causa de sua peculiaridade, tudo que eleanor encostava, conscientemente ou não, se transformava em pó. por sorte a garota descobriu antes que algo ruim acontecesse e alguém se machucasse.

— é algum tipo de doença? — a mulher pergunta, tentando tirar algo da garota, que apenas confirmar com a cabeça, mudando de assunto.

— você acha que ir visitar a ilha, onde ficava o orfanato que minha avó morou, é uma boa idéia?  — a garota pergunta rapidamente, ela iria de qualquer jeito, mas queria enganar um etereo, se essa mulher fosse um. ela ainda estava em dúvida! — você sabe... pra superar? eu acho. — ela diz, um pouco desconfortável, realmente triste — ela recebeu uma carta recente da diretora do orfanato e eu acho, que talvez, poderia ser uma boa idéia?

— seria ótimo para sua recuperação, eleanor — sra. jones diz gentil, com seu sotaque inglês — acho que sua avó gostaria que você conhecesse as pessoas com quem ela conviveu durante anos — enquanto ela diz ella mexe a cabeça minimamente em concordância.

— então você poderia convencer meus pais de que seria bom ir para a Austrália? — ela mente, dizer para alguém que não confia a localização de uma fenda é muito complicado, ainda mais quando você tem quase certeza de que essa pessoa pode ser um etéreo.

— claro que sim! — ela diz sorrindo um pouco macabra, antes de perguntar o nome da ilha.

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〽 αทciєทτ ℓσvє ↬ enoch o'connor {REESCREVENDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora