Você, viajante,
que passa na estrada
chamando por mim,
ocupa seu tempo
falando de coisas
que já me esqueci.Sua voz é um convite
perdido no tempo
que um dia vivi,
no estranho mundo
distante da concha
em que me escondi.Você, viajante,
buscando no vento
o sentido da vida,
eu, em minha concha,
querendo que o tempo
me deixe esquecida.