Prólogo

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Seattle, 2014

—Posso levar um martíni para viagem? —Uma voz sexy perguntou do outro lado do balcão. 

Em qualquer outra ocasião Rosalie teria sido solicita e educada, mas naquele momento seu nome estava escrito num papel junto ao termo "demissão sem justa causa". Ela não estava no clima de ser educada. 

  —Um martíni para viagem? Devo coloca-lo num saco de papel? —Questionou azeda. Ela se virou para encarar o engraçadinho, mas revirou os olhos —Ah é você...

Oliver Brandon sorriu malicioso para a garçonete a sua frente. Ele nunca admitiria, mas a morena era o motivo pelo qual ele frequentava o pequeno bar nada atraente. A garota nunca havia respondido a nenhuma de suas investidas. Era uma conquista estimulante, faziam quatro meses que ele ia todas as noites ao Paul's Bar simplesmente para paquera-la, mas a garçonete sempre o ignorava. 

  —Eu mesmo, senhorita Aubry. O diabo em pessoa. —O loiro ironizou e Rose nunca sentiu tanta vontade de revirar os olhos. Um idiota, pretensioso, arrogante e exibido. Era tudo que ela enxergava em Oliver Brandon. —Com o mesmo convite indecente de sempre. 

  —Temos uma foto sua na porta da cozinha e ela diz sífilis. —Rosalie debruçou-se sobre o balcão para provoca-lo. Paul, o dono do bar, havia dito para tratarem Oliver como um rei, todo o dinheiro que ele gastava no bar deixava o empresário nas nuvens. Mas agora Rose não tinha compromisso nenhum com o estabelecimento, poderia insulta-lo. 

  —Na verdade aposto que ela diz: orgasmos múltiplos. 

—Ela diz pau pequeno. —Oliver ergueu uma sobrancelha. A garota mordeu o lábio pensando se tinha alcançando o limite e agora realmente teria uma justa causa. 

—Aposto que não diz isso e eu posso provar. —Contrariando seus receios ele riu alto.

Rose suspirou aliviada e foi fazer o martíni. Tinha gostado de insultar um dos homens mais ricos de Seatlle, mas também não queria um processo, muito menos agora que estava desempregada. 

  —Você tem noção de que realmente tem uma regra de não dormir com você aqui no bar? Mês passado seis garçonetes foram demitidas por isso. —Ela ironizou tentando manter um papinho sobre as regras de Paul, se obrigando a não pensar que na manhã seguinte seria uma desempregada com aluguel, contas de água, luz, telefone e supermercado atrasados. 

—Onde se ganha o pão, não se come a carne. —Ele comentou, bebendo um gole do martíni que ela havia acabado de servir. —Mas você não é uma delas, infelizmente...

—Não sou... —Rose murmurou.

Ela não sabia exatamente o motivo pelo qual estava sendo mandada embora. O boato que corria era que Paul simplesmente não deixava uma garçonete ficar por mais de um ano, algo envolvendo superstições idiotas. Rose não tinha acreditado na fofoca estúpida e lá estava ela, prestes a completar onze meses no bar e sendo demitida. 

  —Até que horas você vai ficar aqui? —Ela questionou sentindo-se impulsionada pela raiva que sentia de estar sendo demitida. Ela merecia uma vingança.  

—Senhorita Aubry... —Ele riu e bebeu o rosto de seu drink em um único gole.  —O tempo que você quiser. —A ideia de ter finalmente conquistado a garçonete o encantava, mesmo que não entendesse os motivos. 

Rosalie olhou para o homem à sua frente. O par de olhos azuis penetrantes, o cabelo loiro levemente despenteado, o rosto anguloso, a simetria perfeita, o corpo musculoso na medida certa e as tatuagens cobrindo parte de seus bíceps. Sorriu. Que mal teria? "Uma noite não pode causar problemas", ela pensou e deu-lhe um sorriso sacana. 

  —Eu saio às duas da manhã, pode esperar? —Questionou. Seu tom não era sexy, era desafiador e isso excitou Oliver mais do que qualquer voz sensual. 

—Posso esperar a noite toda. —Ele prometeu.  

"Uma noite não pode causar problemas", Rose repetiu em sua mente. Ela não sabia o quão errada estava. 

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