O1 -Avenida 14;

9 1 0
                                    

Eu havia acabado de chegar em uma cidade, uma pequena cidade na Inglaterra, que se chama Rye. Antes de embarcar para este lugar eu morava em outra cidade, no interior do país. Eu acabei encontrando Rye por acaso, quando estava procurando uma residência de preço acessível para conseguir me manter, já que infelizmente não nasci em berço de ouro.

Esse lugar é um tanto desconhecido e calmo, mas eu gosto dessa vibe de mistério e coisas assim, então tenho certeza de que vou adorar.

O táxi para em uma avenida.
A Avenida 14 onde está o apartamento em que vou morar.
Eu pago o motorista​ e o se retira do carro e me ajuda a pegar minhas malas que estão no porta malas.

As pessoas daqui são tão educadas, lembro-me de uma vez que estava no meu país, Brasil, e peguei um uber, eu paguei o motorista e abri a porta para sair, só que o cadarço do meu tênis ficou preso na porta e o motorista acelerou na hora, achando que eu já havia saído do carro. Conclusão: eu cai no meio da rua e o carro foi embora com meu tênis.

--Aqui esta senhorita. - o motorista me entrega meus pertences. Peguei minhas duas malas que não estavam tão pesadas, (até porquê eu não tenho nada mesmo) e agradeci o motorista.

A avenida é pequena, logo encontro o apartamento em que irei ficar daqui em diante.

Vejo que tem várias escadas, vou subindo, pego a chave no meu bolso e abro a porta. Tiro minha mochila de unicórnios das costas e coloco em um cantinho.

Desço e vou pegar as duas malas que deixei no primeiro andar, elas são pequenas e fáceis de carregar.

O apartamento não é muito grande,
mas eu não tenho vizinhos, já que os outros andares não estão ocupados, sabe se lá porquê. É muito estranho um apartamento confortável de preço acessível não ter nenhum morador, mas é melhor assim do que ouvir barulho vindo de outras pessoas.

Isso significa festa todo diaaa.

Na verdade não terei tempo para festas chegando sempre cansada do trabalho, suponho.

Mas de vez em quando uma baladinha ajuda. É inevitável, amo dançar umas musiquinhas, não nego.

*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:*:

Estou tão cansada, ainda hoje consegui arrumar tudo, com muito esforço, pois só de ter que ficar em pé já fiz meu maior sacrifício.

Eu vou até a cozinha, coloco meu celular na mesa e faço um chá. Sim, eu trouxe pacotinhos de chá na minha mochila. A moça na rodoviária achou que eu estava traficando droga, fui levada para uma sala, eles analisaram e viram que era só chá mesmo e me liberaram.

Me sento e decido mexer um pouco no meu celular, aliás, isso é o que eu mais faço mesmo.

Eu lembro da minha mãe me dizendo para não mexer no celular enquanto como. Ah, eu vou sentir tanta falta da minha mãe, sinto que deixei todos para trás, meu pai, minha irmã, meu irmão. Mas eu precisava desse emprego. Aliás foi meu pai quem conseguiu ele para mim.

Ele trabalha em uma importadora e conseguiu esse emprego em uma fábrica de alimentos e comestíveis que eu mal sei o nome.

Eu já havia feito a entrevista, só me restava ir amanhã para o dia de apresentações e depois começar o emprego normalmente.

Eu levantei da cadeira, estava com o meu pijamas de ursinhos, me deitei na cama e fiquei pensando no trabalho.

Calculei que são 2 horas de metrô até chegar na outra cidade, onde fica a fábrica. Eu estava pensando demais. Eram 22 horas, eu precisava repor minhas energias. Então logo adormeci.

fanfic dedicada;Onde histórias criam vida. Descubra agora