c o u p e

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A enorme xícara de cerâmica presente em minhas mãos parecia canalizar toda energia negativa e apreensiva que rondava meu corpo com força

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A enorme xícara de cerâmica presente em minhas mãos parecia canalizar toda energia negativa e apreensiva que rondava meu corpo com força. O calor do cappuccino e o cheiro suave de canela espalhada por cima do chantilly trazia o sentimento de paz que estava me faltando. 

Um gole.

Dois goles.

Três goles.

Contar era a única forma de fazer meu coração se acalmar um pouco mais em meio a suas batidas desordenadas. A temperatura alta que se encontrava até a ponta dos meus dedos parecia fazer parte das energias que meu corpo estava transmitindo. Parecia que cada uma delas passavam das minhas mãos e iam para o material feito de cerâmica, ficando ali, concentrado em meio as partículas do material branco. 

Meus olhos estavam fixados em um ponto qualquer, a concentração excessiva deixava claro que algum pensamento pressionava a minha cabeça com força, ou a falta deles deixavam a mesma um pouco aérea demais. Contudo, a verdade era que um filme estava sendo passado diante deles, aquele que fosse capaz de chegar perto o suficiente para olhar seria capaz de ver cena por cena que havia se repetido incontáveis vezes em minha mente sem necessidade alguma.

Eu estava me torturando. Me perguntando. Me autosabotando.

Me arrastando para um buraco que só seria capaz de piorar uma situação que se encontrava em um nível deplorável.

Tudo estava desmoronando. 

No sentido mais lento e doloroso da palavra.

Isaac tinha sumido. Fazia duas semanas que o moreno de olhos verdes não aparecia no meu campo de visão. 

Não ver Isaac deixou meus dias nublados, como antigamente, antes do rapaz entrar de vez na minha vida, estando presente em todo o meu cotidiano, trazendo cores que eu não julgava necessário.

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