Qual o seu rumo?
O rumo de Arthur é descobrir quem ou que está por trás dos assassinatos de uma pequena cidade no interior do Paraná. Nesta jornada, conhecerá melhor a si mesmo e os moradores de lá.
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Uma semana depois.
Finalmente descobriu-se quem é o assassino. Na verdade, quem são os assassinos. Carlos e seus amigos caninos. Os cachorros agiam em silêncio na calada da noite, visitando as casas de suas vítimas quando a população descansava na calmaria da madrugada. Os animais foram levados ao canil municipal da cidade enquanto esperam o julgamento. Mozart, dono de Carlos, foi preso nesta manhã.
Quem suspeitaria desses pobres animaizinhos. E pensar que quase fui atacado por Carlos...
Ao menos as ruas estão seguras novamente. Posso ir tranquilamente para o trabalho sem preocupações.
— Bom dia, Dona Limurce. — cumprimento ao vê-la vindo em minha direção.
— Cuidado Arta. Olhe para trás. — responde com um grito.
— Meu nome é Arthur e não... — neste momento, levo uma mordida nas costas. Carlos fugiu do canil. No mesmo instante, enquanto ouço os gritos de Limurce, uma forte chuva de sangue cai do céu.
...
06:02 AM
Pesadelo besta! Cachorros assassinos... essa é boa.
Todavia, o Carlos é medonho mesmo. Com toda aquela raiva vindo para cima... — ouço um barulho no quarto. Meu coração dispara.
Seria o assassino fazendo uma visita? Seria o Carlos? Ainda estou sonhando?
Encolho-me por entre o calor das cobertas.
Volto a escutar um som estranho após alguns míseros segundos de silêncio.
Estaria vindo do guarda-roupa. Quem seria o delirante a esconder-se lá?
Se isso for um sonho, porém, qualquer mau cometido a mim, desde uma simples brincadeira de péssimo gosto ou até mesmo um assassinato, eu acordarei.
Maldição! Minha curiosidade venceu meu medo. Vou até lá!
Ao colocar os pés no chão, o barulho vai se intensificando aos poucos.
De olhos fechados na escuridão total, vou até o interruptor e consigo acender a luz. Não tenho coragem, ainda, de abrir os olhos. Continuo lentamente caminhando até a porta do móvel, com o auxílio das mãos. Quando finalmente a abro...
FORMIGAS!
Desacredito que estas malditas estão atacando minhas guloseimas. Já guardei aqui para evitar justamente isso. Grr!
Desço furioso até a cozinha para ver se ainda resta um pouco do veneno para acabar com elas.
...
Meus olhos não acreditam no que enxergam: as ordinárias estão na pia de louça novamente. Mas que tipo de ressureição é esta?
