Meu rosto formigava enquanto meu corpo parecia estar em deleite, minhas costas agradeciam a qualquer deus disponível a ouvir e uma voz rouca invadia meus ouvidos com serenidade, até que pareço ser puxada de um vácuo sendo forçada a abrir os olhos.
Acima de mim estava meu chefe, me encarando assustado, vejo-o olhar para cima e sussurrar algo como "Obrigado Deus". Meu consciente retorna ao normal rapidamente e me sento, estava repousada sobre o sofá.-Quanto tempo fiquei desmaiada?
Minha pergunta claramente era idiota, quem pergunta isso numa situação dessas? Você é louca, Mia.
- Pouco mais que 1 minuto.
Varro o local com o olhar e rapidamente encontro meu casaco, me levanto juntando-o e ponho-me a vesti-lo, porém a roupa é bruscamente retirada de minhas mãos.
- Você quer desmaiar de novo? (Ele fala em tom alto e exasperado)
-Devolva meu casaco! (Digo assustada com suas atitudes)
-Sinto muito, mas eu é que não vou ficar cuidando de loucas desmaiadas.
Tento tomar o casaco de sua mão, mas pareço uma criança brincando de pega-pega, que horror, ele é tão alto assim? Ou eu sou baixinha de mais?
- Eu quero o meu casaco.
Praticamente soletro a frase e ele parece considerar.
- Eu vou à uma reunião, fique aqui, ligarei o ar condicionado. Se sair, rua.
Seu tom era rude e intimidador.
- Vai me demitir?
Ele me devolve o casaco que visto rapidamente enquanto sua voz ecoa em meus ouvidos.
- Se sair, sim. Termine a faxina e se eu demorar a voltar, me espere.
- E se passar do meu horário?
- Pago hora extra.
Rapidamente a porta é batida e um silêncio total invade local.
Tiro o casaco assim que o meu chefe sai da sala, que alívio, o ar condicionado deixava a sala fresquinha, sentindo-me revigorada, pego no frigobar um copo d' água , puxo o lacre metálico e mato minha sede em longos goles.-Ah... Isso é bom...
Deixo o copo em cima do meu carrinho e pego um pano para começar a tirar o pó, tiro tudo das gavetas, sem tirar de ordem os documentos ou mistura-los, coloco tudo de volta e então passo um pano seco no computador tirando as marcas de dedo, passo também uma escovinha no teclado, ergo os organizadores e documentos passando um pano meio úmido, quando termino passo pano novamente, juntando toda a sujeira no canto da porta, junto com uma vassoura e uma pá, então uso o pano bem molhado para juntar a poeira que restou, lavo ele dentro do balde, torço e pego um dos panos secos para passar pelo escritório, prendo no rodo e saio secando o piso branco, com calma vou até o banheiro, uso uma escova sanitária para esfregar o vaso e depois a guardo dentro do balcão, viro o lixeiro no grande saco preso ao carrinho, o esvaziando totalmente, reponho o sabonete líquido e o papel higiênico, troco o aromatizador do banheiro e passo outro pano no chão, que chegava a brilhar de tão limpo, ao término disso, lavo minhas mãos e passo álcool em gel.
-Oi...
Olho para a porta de imediato e visto meu casaco envergonhada.
Senhor.
Abaixo a cabeça e ando até a porta carregando o carrinho.Solte isso e sente-se.
(Faço o que ele manda e me sento no sofá, que situação constrangedora...)
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Magia de Natal
Short StoryA vida é má... Mas de suas maldades também há bondade, e é isso o que essa história conta. A história de uma garota que nada tem e que tudo dá. Um CEO exigente, mas um bom homem. Mia, uma jovem de 25 anos, uma das desfavorecida pela vida, mas batalh...