Um Reset para a pergunta: Quem sou eu?

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Acho que caí, ou estava deitada? A dor no meu corpo me diz que eu caí, eu acho... Senti minha cabeça latejar e minhas pernas cederem nas minhas tentativas – sem sucesso – de me levantar...

Quando finalmente paro para observar meu corpo, percebo, estou toda ferida! Como eu fiquei assim? Naquele momento de nervosismo olho para o ambiente, não tinha nada ao meu redor... Mais uma pergunta para a lista... Onde eu estou?? Estou começando a entrar em desespero! E-Eu acho... acho... que... Espera... Q-Quem sou eu?!

Só agora que me dei conta que pareço cego em tiroteio! (De onde eu tirei essa frase? Tiroteio?? Cego???) Não tenho nenhuma lembrança sobre nada! Nem sobre mim mesma. Quem eu sou, qual meu nome? Algo me diz que eu estava fazendo algo importante... Algo crucial, que só dependia de mim... Mas... O que?


- Olá? ... Olá?! Tem alguém ai? – Começo a falar, na verdade gritar – Socorro...! – Eu estava com medo de algo... – Eu acho que algo ruim aconteceu comigo!


Meu corpo estava pior do que eu pensava... Doía o fundo do meu peito (acho que é assim que se chama?), na tentativa de pedir ajuda. Pequenas frases já tiravam meu folego... O que diabos eu fiz para ficar assim?


- Você acordou, Chara! – Disse uma voz suave e estranhamente familiar... Que, não sei por que, me deu calafrios – Finalmente, parceira! – Me virei para vê-la melhor e infelizmente, não á reconheci – Me desculpe por aquilo... Eu só queria me divertir um pouco...


Era uma garota, ela aparentava ter 15 anos, no máximo, magra, com cabelos castanhos escuros que pairavam acima do ombro, pele marrom (espera, a palavra é morena), usava um suéter azul escuro com uma listra rosa no meio, um short também azulado (só que um pouco mais claro), e, qual é o nome mesmo? Botas! Botas avermelhadas e gastas. Também observei que ela apresentava um colar dourado com um... Pingente...? Em forma de coração, só que de cabeça para baixo...

Seu rosto era simples, quase neutro, seus olhos eram pequenos (ou estavam fechados), e ela detinha um sorriso malicioso quase imperceptível, apesar de não saber nada sobre ela, algo em mim dizia que aquele sorrisinho não era de felicidade!

Quem era ela? De onde ela veio...? Não tem nada ao nosso redor! Por que algo nela faz eu me sentir com.... Raiva? Isso é algo comum de sentir por uma completa desconhecida?

Ou...

...Eu a conheço?


-- Algo de errado, parceira? – Voltei a realidade quando a garota se manifestou, percebi que a encarava a um tempo enquanto a mesma apenas vinha em minha direção. – Pensei que estaria alegre agora que entramos em um acordo.

- Acordo? Que acordo?! – Acabei perguntando de um modo grosseiro sem nem pensar, não que fosse por querer, era apenas o modo do qual, por algum motivo, achava que ela devia ser tratada – Quem é você? O que aconteceu comigo? Como sabe quem sou eu? ...Quem sou eu?! – Apesar de achar errado a forma com o qual falava, continuava a cuspir palavras para a mesma afim de respostas.

Seu olho direito se abriu dando lugar a um olho avermelhado e escuro, juntamente com ele sua... sua sobrancelha (acho que esse é o nome correto) se levanta, e seu sorriso some, como se estivesse em dúvida sobre algo.

- Não se lembra do Acordo, Chara? ...Nem... de si mesma? – Ela falou devagar como se não entendesse como tal coisa acontecia.

- N-Não... – Respondi pela primeira vez abaixando a voz de forma envergonhada. – Esse é meu nome... "Chara"? Você me c-conhece? Sabe quem sou eu e o que aconteceu comigo? – Seu olhar ficou atento e pensativo. – Por que me chamou de "parceira"? ...O que é isso?

Ao Atravessar uma Porta (Bem Vindo a Underswap!)Where stories live. Discover now