Garoto de Ouro

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25 Dezembro de 2018, Osaka – Japão.

É 25 de dezembro, e eu estava novamente jogada no meu sofá sozinha, encarando a TV desligada, as luzes apagadas e a única luz presente no local vinha da lareira acesa, isso deixava a vibe mais triste do que já estava. Pelo o primeiro ano desde que decidi mudar de cidade para seguir meus sonhos, eu passei todas as noites o ano todo sozinha.

Entrei para a faculdade há quatro anos, decidindo seguir meu sonho de arquitetura civil em Osaka, uma cidade japonesa em que fica no sudoeste do Japão. Como em todas as faculdades, tem o grupinho de populares que todas as meninas babam. E é claro que Nakamoto Yuta iria estar naquele grupo. Ele tinha um rostinho angelical, tinha um sorriso mais brilhante que o sol. Sua vibe exalava um ar agradável, confortável de se estar perto. Sua personalidade era alegre, amigável e brincalhão, fazendo os outros ao seu redor se sentirem confortáveis de estarem perto. Ele era um menino de ouro, quem tinha amizade dele, já havia zerado a vida.

Hoje era o dia em que Nakamoto Yuta provavelmente viria para a minha casa, se entupir de pizza enquanto tentava fugir das brigas familiares que ele enfrentava todos os dias ao chegar em casa, seu pai e sua mãe não tinha um dos melhores relacionamentos e a válvula de escape, tanto de um e tanto de outro era no Nakamoto mais novo, vulgo o Garoto de Ouro, como gostava de chamar.

Natais para Nakamoto não lhe lembrava coisas boas, foi uma das piores brigas que seus pais já tiveram e ele sempre buscou refúgio em minha casa nesta data. Sempre no final, acabávamos por engordar e ele dormir em meu peito, depois de o consolar de sua tristeza por longas horas de choro.

Eu havia ficado mal desde aquele dia em que o mesmo buscou refúgio no meu coração pela primeira vez. Eu criei sentimentos por aquele ser tão bonito e agradável, mas que tinha um psicológico muito fraco para aguentar tantas brigas diárias, eu tentava o consolar da melhor forma, deixando os meus sentimentos aberto para o mesmo. Me lembro direitinho como eu o consolava.

Flashback On.

Acordei com a campainha tocando incansavelmente as três da manhã. Eu já havia uma ideia de quem seria, me levanto da cama e me direciono a porta, para receber o poste de um e setenta e seis de altura, chamado Nakamoto Yuta.

- Vem cá meu bem – falei ao abrir a porta e encontrar Yuta chorando na mesma.

- Eles brigaram novamente Mina – Disse soluçando repetidas vezes. – Eu estou cansado disso, isso pesa demais, eu já estou começando a desmoronar – disse deitando a cabeça em meu ombro, molhando a minha blusa, essa hora que eu agradeço muito ter um e setenta de altura, aproveitou também para laçar os seus braços fortes por minha cintura.

- Vamos nos deitar hm? – Falei me soltando do mesmo e fechando a porta e o puxando pelo pulso para o meu quarto, em minha cama.

- Eu não aguento mais Min, me ajude! – Falou puxando a minha camisa do baby doll para baixo, assim que eu deitei o mesmo na cama.

- Calma, eu só vou dar a volta para me deitar do outro lado – Digo segurando a suas mãos grandes para soltarem a minha camisa.

Dei a volta para o outro lado da cama e deitei na mesma. Puxo Nakamoto para mim, o mesmo laça meu corpo em seus braços e me aperta como se fosse uma pelúcia, afago meus dedos em seu cabelo e faço carinho nos mesmos. Dou um beijo em sua testa logo que percebo o mesmo dormindo.

- Eu não deveria ter criado sentimentos por você, eu sou sua válvula de escape, mas mesmo assim, eu criei amor por você, você é tão frágil, as vezes tenho medo de te agarrar e acabar te quebrando – digo dando uma pausa – Eu vou me sentir culpada caso atente algo contra sua vida Nakamoto. Eu não vou aguentar sentir esse peso. – Digo a última frase chorando.

Gold Boy - Oneshot Nakamoto Yuta - NCT 127Onde histórias criam vida. Descubra agora