cap. 1

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Era uma  vez, ou não, porque nessas circunstâncias não  se sabe mais se é  “era uma vez", mas também  o que é  “era uma vez?” E se foi mais de uma vez?! não  é  um momento de conto de fadas ou histórico, na verdade é histórico  para mim, porém  vamos deixar isso de lado. Bem, me chamo Ayla, e aqui em 2093, não  lutamos mais por vacina, mas sim, por comida, a terra super lotou, e depois que nós  humanos, terminamos de destruir os recursos ambientais e construir novas capacidades tecnológicas, a terra não  é a mesma, porém essa história  não  será  sobre isso, enfim. O ano era 2049, era um nascimento  de uma linda  menina chamada Alice, Alice nascera no México, sua mãe, Clarisse, vinda do brasil, após ela e sua mãe decidirem se mudar, logo depois que sua avó viera a falecer. Enquanto  Clarisse mantivera a aparência  de calma ao chegar ao hospital, ela não estava tão calma assim, vamos dizer que um pouco desesperada, não  é  todo dia que sua filha nasce certo?
" parabéns  para você..."sua mãe  cantava em português para não  perder o costume, enquanto ela observava suas 19 velas e seu nome escrito no bolo, era 18 de abril, o seu aniversário,  o seu último  aniversário  em que ela e sua  mãe  passariam no México,  pois decidiram vir morar no brasil, então ,  não teria sido uma decisão, pelo menos não  ainda.

-mãe, eu não  quero  ir, já tenho idade o suficiente para decidir onde vou ficar, e você  não  pode mais mandar em mim já  tenho 18 anos- alegou alice inconformada depois que sua mãe foi conversar pela terceira vez sobre sua mudança - Alice, você  sabe que eu não  quero ser a mãe chata, mas você não está me dando opções- Clarisse estava cansada, próxima  semana já  seria a mudança, e não  estava com cabeça para discutir com sua filha novamente - então  não seja  seja essa mãe, eu não quero ir!- Alice disse já estressada com a situação, só  se passara um dia desde seu aniversário, para ela parecia que não  poderia ficar em paz. -Alice eu estou  cansada, me faça  um favor e pare com esse drama! Nós  vamos você  queira ou NÃO!- depois de sua revelação Alice espantou-se com a fala de sua mãe e caiu em lágrimas. -filha,  eu sei que está difícil  depois que sua avó  se foi, mas essa mudança  será ótima, para nós duas- Clarisse  a abraçou, tentando distanciar as lágrimas  de sua face, e então  Alice depois de reavaliar a situação decidiu que essa mudança  seria boa para as duas. Recomeço, era o que ela dizia  para si antes de dormir, depois que seu pai foi embora e sua avó  veio a falecer ano passado, um recomeço  era tudo que ela poderia precisar  naquele momento.

-EU JÁ  FALEI PARA VOCÊ IR SE ARRUMAR, O AVIÃO  PARTE DAQUI A UMA HORA- sua mãe estava um tom desesperador, perder aquele voo lhe custaria uma fortuna. Mas felizmente ao descerem do prédio acharam um táxi do outro lado da avenida, Alice sentiria falta da sua cidade e de seus amigos, pouco, porém  queridos, ela sentiria falta daquilo. O caminho para o aeroporto durou apenas 40 minutos, enquanto o trajeto, normalmente, era feito em 1 hora. "Señores pasajeros, vuelo 235, con destino a recife, Brasil, abordarán en 10 minutos." Clarisse ao ouvir tal frase suspirou aliviada, pois conseguira chegar a tempo. -preciso ir na lojinha de doce!- falou apressada e se distanciou de sua mãe,  antes que ela pudesse falar algo, doces são  doces certo?! - Já estava na hora, somos as próximas- clarisse falou enquanto sua filha se aproximava com uma sacolinha de doces. -prioridades mãe- disse enquanto sua mãe passava pelo escanner do aeroporto. Alice estava com um pé  atrás, porém  contente com tal mudança, enquanto entrava no avião  e procuravam seus lugares, ainda dizia para si, "recomeço". Porém esse pensamento não  durou por muito tempo quando um bebê  infernal começou a chorar desesperado, e uma criança atrás de sua cadeira começou  a chutá-la e berrar dizendo não  estar mais aguentando aquilo tudo, talvez não  quisesse mais estar ali, naquele avião  internacional, mas não tinha mais volta, talvez ela não quisesse um recomeço  assim, e parecia que a vida estava lbe mandando algum sinal. Bufou e olhou para a janela, o avião  teria acabado de entrar na pista e enclinar-se para cima, continuou a observar o aeroporto e a cidade em sua volta, estava se tornando minúscula, talvez seria assim que ela se sentisse  naquele mundo tão  gigande. Eram muitos "talvez", ela só  precisaria de um recomeço, o qual não  queria acreditar ainda na tal palavra.

O Tempo Não  ParaOnde histórias criam vida. Descubra agora