Capítulo 2 - Bruna

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Não se queixe,

 não se explique,

 não se desculpe. 

Aja ou saia. 

Faça ou vá embora.

Benjamin Disraeli

Ser orientada pelo Fellipo era magnifico, ele era um profissional que me deixava fascinada, ansiava pelos nossos momentos de atendimento, porque era nessas horas que ele despejava toda a chuva de conhecimento em mim.

Havia se passado uma semana desde que ele tomou o lugar do Carlos, tinha que confessar uma coisa, não deveria ter lamentado como fiz quando soube da notícia.

Fellipo sempre me fazia ler um artigo por dia e escrever uma dissertação, apontando os pontos altos e baixos de cada texto e a cada palavra que eu escrevia, cada ponto que expunha minha opinião, ele dizia que administração e economia era realmente a minha área.

Estava na biblioteca lendo o artigo que ele me pediu quando meu celular apitou chamando minha atenção. Parei o que fazia e vi uma mensagem da Duda, avisando que estava a caminho da biblioteca para irmos almoçar. Digitei um ok e comecei a guardar minhas coisas.

Depois de tudo guardado e organizado, peguei minha bolsa e encontrei Duda na porta da biblioteca com um copo de café em mãos, me entrega.

— Obrigada. — Falei bebendo aquele líquido precioso.

— Sabia que estaria precisando, só pensa nesses artigos agora.

— Nada a ver, sabe muito bem que preciso me dedicar ao meu estudo.

— Sei. — Ela semicerrou os olhos. — Não tem nada a ver com um certo professor gato que te orienta?

— Pelo amor de Deus, Eduarda. Não olho para o meu professor desse jeito, você sabe muito bem disso. Nossa relação é como aluna e professor. Não coloque minhocas nessa sua cabeça.

— Se você diz...

Suspirei e peguei meu celular para conferir a hora, e como sou uma pessoa que quase não é desastrada, esbarrei em um corpo fazendo o copo de café voar e derramar na camisa branca do homem a minha frente.

— Ah, meu Deus! — Sussurrei.

— Era só o que me faltava. — Arregalei os olhos e olhei para cima, dando de cara com Fellipo.

Seu olhar desceu sobre mim e eu vi que estava em maus lençóis.

Maravilha, Bruna, tem como ficar pior agora?

— Bruna, eu tenho uma reunião em 15 minutos com o reitor e minha casa, nesse horário fica há mais de uma hora daqui, pode me explicar porque mexer ao celular enquanto anda pelos corredores da universidade?

Antes que pudesse me defender uma voz que eu não escutava há algum tempo chamou minha atenção.

— Bruna, finalmente consegui te achar, precisamos conversar.

Me virei e fiquei estática.

— Pai?

Retirem o que eu disse sobre não ter como piorar, por que tinha. E como tinha.

Eu não sabia se olhava para o Fellipo ou para meu pai. Optei por olhar para meu professor, já que eu não queria conversar com meu pai de maneira nenhuma.

Meu Envolvente Professor - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora