Capítulo 3 - Fellipo

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 A amizade é tudo!

É se dar sem esperar

Nada em troca dessa união

É ter alguém pra contar

Na indecisão

Nunca se desesperar

Sempre ali pra estender a mão

Amizade é tudo – Thiaguinho

Eu ainda estava encarando a tela do meu notebook, tentando compreender o e-mail aberto, já o havia lido diversas vezes. Fechei os olhos e mesmo com eles fechados, a frase ainda pairava na minha mente.

"Você precisa acompanhar a Bruna nesse jantar.

Att. Eduarda Medeiros."

Estava com uma caneta na mão, mas não conseguia parar de aperta o maldito pino dela. Dentro da sala silenciosa, esse era o único barulho ouvido.

Clip, clap.

Clip, clap.

Clip, clap.

Clip, clap.

Coloquei a caneta em cima da mesa e encarei o e-mail novamente, ainda não sabendo o que responder.

Suspirei e me levantei para pegar uma xícara de café, eu precisava pensar e talvez a cafeína me ajudasse nisso, mas pra falar a verdade não ajudou em nada, eu apenas queria entender o motivo dela entrar em contato comigo. Me sentei novamente em frente ao notebook e encarei a tela por mais cinco minutos, como se ali pudesse brotar uma resposta para aquele bendito pedido.

Felizmente, ou não, a resposta entrou pela porta. Uma morena, com cara séria e roupa social, entrou e fechou a porta, caminhou e parou em frente a minha mesa, apoiando as mãos nela e com uma cara de poucos amigos.

— Eu estava esperando a resposta do meu e-mail, mas você demorou demais para responder, portanto eu decidi vir pessoalmente saber se você vai ou não ao jantar com a Bruna.

— Você deve ser a Eduarda, presumo. — Falei o óbvio.

— Futura melhor advogada do Brasil. Muito prazer. — Ela disse estendendo a mão para mim.

Fui cordial e retribui o aperto.

— Então, Eduarda, — Comecei. — O e-mail que você mandou não é exatamente um pedido.

— Eu sei que não, mas se eu pedisse sabia que iria recusar.

— O que te faz pensar que eu vou aceitar sua imposição? — Questionei.

— O fato de você não ter aceitado que o pai da Bruna impusesse uma regra sobre ela. — Ela devolveu.

— Isso não foi nada, qualquer um faria isso.

— Não. — Ela disse. — Conheço a Bruna desde que me entendo por gente e posso garantir que nunca, ninguém passou por cima de uma ordem do poderoso Antônio Albuquerque.

— Eu só disse aquilo porque realmente o estado dela não era bom.

— Claro que não era. Ela saiu do Rio de Janeiro, da casa que é dela por direito porque não queria mais viver sobre o mesmo teto do pai, imagina como ela ficou dando de cara com ele depois de anos.

Meu Envolvente Professor - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora