so high

159 25 11
                                    

oi! talvez eu torne as atualizações menos frequentes a partir daqui, que desolenvolvi até onde queria, depende de vocês! tem alguém lendo are you there?
aproveitem o capítulo! ♡

A noite anterior havia sido inacreditável e inesperadamente, Changkyun se lembrava de tudo. Depois de ouvir Hyungwon dizer que foder Yoo Kihyun seria impossível, ele o tinha feito, ainda que não do jeito que queria.

Na manhã seguinte, uma enxaqueca o acompanhava e havia acordado com um péssimo humor. Tomou um banho quente e demorado, vestiu-se e tomou algumas aspirinas, em algumas horas estaria bem para o próximo porre.

— Se divertiu ontem? — a senhora Im o indagou, assim que ele entrou na cozinha.

— Sim, mamãe. — Changkyun parecia querer evitar aquela conversa.

— Beijou alguém? Digo, algum garoto? — ela insistia, parecia curiosa.

— Isso não é da sua conta, mamãe.

— Eu sou sua mãe, você tem que me contar! — Changkyun bufou, era reservado demais para compartilhar aquilo com sua mãe.

O Im odiava que sua mãe o questionasse daquele jeito. Por muitos anos, não conviveu consigo, e ultimamente forçava uma intimidade e aproximação que ela não possuía, e ele, de forma alguma, se conformava com aquilo, então, apenas a ignorou.

Ele apressou-se em tomar sua xícara de café, deixou um selar na testa de sua mãe e saiu, entrando no carro de Hyungwon, que já o esperava.

Naquele momento, o Im mudava suas feições e seu jeito. Ninguém, além dele mesmo, enxergaria suas amarguras ou evidenciaria seu mal humor, seus sentimentos ruins. Changkyun os escondia por debaixo de sua jaqueta, assim que passava pela porta de casa.

— Bom dia, bonitão. — Hyungwon murmurou em um tom rouco, parecia que havia acordado naquele momento.

— Bom dia, capitão. — o Im riu e o empurrou, Chae logo deu partida no carro.

— Você sumiu ontem, se divertiu? — ele comentou, apenas para puxar assunto.

— Digamos que eu tive uma boa noite. — Changkyun era óbvio, como se dissesse "Eu fodi, me pergunte como foi".

— Você ficou com alguém! Fala logo, com quem foi?

— Se eu disser, você não vai acreditar... — Hyungwon logo entendeu o que o Im insinuava, então riu e ao parar no sinal, o olhou boquiaberto. — Você ficou com Yoo Kihyun? Eu não acredito.

— Ya! Não acredita no que? Ele me beijou, eu apenas correspondi. — o Im soava convencido.

— Não acredito que Yoo Kihyun beijou você.

—  E me chupou. — o Im parecia ter orgulho daquilo.

— É O QUE? Até eu queria que ele me desse um boquete.

— Hyungwon! — o repreendeu.

— O que foi? Tá emocionado? É a fama dele, Changkyun.

— Bem, essa é a pior parte. — Changkyun bufou, algo o irritava.

— Por que? — Hyungwon o indagou.

— Antes de ir embora, Kihyun me disse com todas as palavras: "Isso nunca aconteceu."

— E você não vai tirar isso da cabeça tão cedo. — o Chae foi franco, conhecia seu melhor amigo.

— Hyungwon, isso nem mesmo faz sentido, ele me beijou, ele quis isso, e muito por acaso, eu estava interessado nele também...

— Você quase babou olhando pra ele ontem, Changkyun, quer enganar a quem? Foi só uma foda, e você ta emocionado. — o Chae riu, falava a verdade.

— Você tenta comer Minhyuk há 2 anos e eu não te encho o saco. — o humor do Im apenas piorava.

Assim que o Chae estacionou na escola, o assunto morreu.

— Não comente nada com ninguém, irei procurar por Kihyun no intervalo.

— Boa sorte. — Chae apenas riu, assentando para o amigo.

Changkyun deixou o carro e adentrou a escola, passando seus olhos pelas pessoas no corredor. Mas não encontrava o que procurava, então, adentrou a classe e esperou que a aula começasse.

Ninguém podia negar, não importava o que acontecesse, o Im mantinha seu foco nos estudos. Prestava muita atenção nas aulas, fazia suas anotações, tirava suas dúvidas, gostava de aprender, e assim o fez, aproveitando suas três primeiras aulas.

Ao sinal do intervalo, todos haviam deixado a classe, e quando Changkyun saía, foi surpreendido por seu professor.

— Im Changkyun?

— Sim, senhor? — girou seus calcanhares e voltou até a mesa de seu professor.

— Sua postura em sala de aula, suas notas, seus comentários, você é um aluno que nos cria muita expectativa. Tem em mente alguma universidade?

— Não, senhor. Me inscrevi para as provas apenas por insistência de Hyungwon, mas não tenho planos para a faculdade.

— Hum, entendo. Algum curso em mente?

— História da Arte, mas não acho que eu vá conseguir algo. — deu de ombros.

— Me procure caso se interesse, posso lhe ajudar para que consiga uma vaga, você é rebelde, mas é um bom aluno.

— Obrigada, senhor. — se curvou e então, deixou a sala.

Changkyun não entendia porque as pessoas pensavam tanto dele, não enxergava nada daquilo em si, na verdade, enxergava muito menos. Ele não enxergava seu futuro, nem plano algum se concretizando, como as demais pessoas, aquela não era sua realidade, acreditava que tudo aquilo não passava de uma besteira. Porém, seus pensamentos se afastaram de tudo aquilo quando adentrou o banheiro, as cabines estavam vazias e tudo que viu foi um menino de fios rosados, ajeitando seu cabelo e passando gloss em seus lábios em frente ao espelho.

Era a oportunidade perfeita, Changkyun trancou a porta, aproximou-se do menor, levou ambas as mãos à sua cintura e sussurrou rouco em seu ouvido.

— Como assim, ontem não aconteceu?

Kihyun estremeceu ao ser surpreendido por aquela voz, mas a conhecia e sabia muito bem porque estava sendo questionado.

— Bem, acho que você sabe, Changgie.
— o Yoo novamente usou seu tom manhoso, quase gemia o nome de Changkyun, o provocava. — As pessoas não podem saber que o mesmo menino que dormiu com todos os jogadores do time teve algo com você.

— Você não se preocupava com isso enquanto gemia pra mim ontem.

Aquele comentário foi o suficiente para silenciar Kihyun, ele apenas se virou para Changkyun, sem pensar duas vezes, puxou o tecido da blusa do Im e o trouxe para si, selando seus lábios em um beijo.

O selar era afoito, o maior logo seu ocupou em tocar a cintura de Yoo, correspondendo ao beijo e o aprofundando, aproveitando a sensação de ter os lábios do menor aos seus. Beijar aquele menino era muito melhor que o efeito de qualquer ilícito, e ele estava viciado. Os sorrisos do pequeno eram o suficiente para saber que o sentimento era recíproco. O ar faltou e Kihyun quebrou o beijo, ofegante, olhando para Changkyun, que ordenou ao sussurrar.

— Me espere debaixo das arquibancadas depois da aula, hoje eu vou te foder do jeito que eu quero.

E deixou o banheiro, e daquela vez, era um Kihyun, de fios bagunçados e os lábios inchados que havia sido deixado, com seu corpo pedindo por mais.

are you there? | changki (ick + ykh)Onde histórias criam vida. Descubra agora