Capítulo II

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Já havia se passado um mês desde quando eu sair da vila; se me perguntarem se estou sentindo saudades de casa, eu responderia que estava morrendo, mas também iria dizer que não me arrependo, porque isso não é por mim e sim pelo meu pai. Ele merecia todo esse sacrifício, e se eu tiver que morrer para vinga-lo, eu morreria feliz.

Sarada me acompanhava pelos motivos pessoais dela, na realidade ela não estava aqui para me ajudar. Ela só queria provar ao seu pai que era forte; mas ao sair da vila sem dizer nada para sua mãe me fez deixar preocupado, pois foi em uma idiotice dessas que meu pai acabou morrendo.
Mitsuki estava procurando mais sobre si mesmo, queria saber de onde venho e como foi criado; mesmo sabendo que seria mil vezes mais fácil perguntar para seu pai  sobre tudo isso. Eu tenhoc certeza que Orochimaru iria responder tudo que ele perguntasse.

Enfim... eu sempre soube que estaria nessa vingança sozinho e não queria que fosse difente, porque eu preciso fazer isso sozinho. Eu preciso sentir que eu fiz algo de bom pelo meu pai.

- Boruto! - Mitsuki me chamou. - Eu tive uma ideia para lhe ajudar. - Olhei para ele e esperei que ele continuasse. - Talvez meu criador poderia te ajudar.
- Como ele poderia me ajudar? - Ergui uma sobrancelha.
- Não sei muito bem! - Ele deu de ombros. - Mas ele tem um grande conhecimento, talvez poderia nos dar uma pista.
- É melhor que ficarmos procurando sem nenhuma pista. - Respiro fundo. - Já se passou um pouco mais de um mês, precisamos avançar em alguma coisa. - Ele afirmou com a cabeça. - Onde Orochimaru está?
- Não sei exatamente, teremos que procurar em cada hm de seus esconderijos. - Revirei os olhos. - Não me olhe assim, meu criador não alguém presente.
- Em falar em presente. - Sarada apareceu e sentou ao meu lado. - Será que meu pai estará com ele?
- Pode ser que sim, a última vez que vi seu pai, ele falou que iria atrás de alguém que poderia lhe dar algumas informações e a única pessoa que consigo imaginar é o meu criador. - Mitsuki pensou um pouco sobre o que falou. - Ou talvez ele esteja perguntando para algum Kage; Uchiha Sasuke é um mistério de pessoa.
- Meu pai não é misterioso, é apenas fechado demais. - Sarada revirou os olhos. - Ele era mais aberto com o Naruto, agora que ele morreu, não tem com quem ele se abrir. - Engoli em seco, eu não estraguei apenas o relacionamento da minha mãe e irmã, mas também a amizade de Sasuke.
- Por onde vamos começar? - Perguntei tentando mudar de assunto.
- Vamos no esconderijo que fica proximo ao País do Fogo, é o mais proximo de toda forma. - Mitsuki falou.
- Você sabe o caminho? - Sarada perguntou desconfiada.
- Obvio que sei, eu vivia em praticamente todos os esconderijos do meu criador. - Sarada afirmou com a cabeça.
- Tudo bem, vamos arrumar nossas coisas e parti para o primeiro esconderijo. - Falei querendo partir logo.
- Primeiro vamos comer algo, não comemos nada desde que chegamos ontem a noite. - Sarada falou e eu dei de ombros.
- Comam e vamos partir. - Falei.
- Você não vai comer? - Neguei com a cabeça. - Está sem fome?
- Sim, eu só quero parti e ter alguma pista logo. - Os dois afirmaram com a cabeça e saíram para ir buscar alguma coisa para comer.

Fazia quase dois dias que eu não colocava alguma coisa na minha barriga, mas eu não conseguia comer nada; tinha um nó na minha garganta e eu tinha certeza de que se comece algo iria acabar vomitando tudo. Eu só iria ter paz quando finalmente terminasse o que comecei quando sair da vila.

Só assim eu teria um pouco de paz.

A morte de Naruto / REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora