Capitulo 7

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- JÁ CHEGA, LOUIS! - Gritei irritada fazendo com que todos que estavam passando parassem para olhar para a gente - EU JÁ ENTENDI QUE VOCÊ NÃO GOSTA DELE, E POR MIM TUDO BEM, VOCÊ NÃO É OBRIGADO A GOSTAR DE TODO MUNDO, MAS ELE É MEU NAMORADO E VOCÊ DEVERIA NO MÍNIMO ME DAR UMA FORÇA.

- Te dar uma força? - Ele se irritou - TE DAR UMA FORÇA? - Gritou - EU SEMPRE TE DOU UMA FORÇA, LEAH! SOU EU QUE TE DOU CONSELHOS, TE CONSOLO TODAS ÁS VEZES QUE BABACAS COMO ELE TE MAGOAM, MAS SE VOCÊ PREFERE ELE A MIM, ISSO É PROBLEMA SEU! VOCÊ QUE SE FODA! ELE QUE SE FODA! ELE QUE TE FODA! EU NÃO QUERO MAIS SABER! - Ele voltou a andar, me deixando ali sozinha.

   Dizem que quando você sente que fez algo errado com uma pessoa que não merecia, você se sente mal. Não importa se você tem má índole, não importa se você não vai com a cara da pessoa ou se vocês simplesmente não se entendem, você se sente mal. E era assim que eu me sentia agora.

Louis, es... Espera.

- Leah. - A voz do Dilan surgiu atrás de mim e então senti alguém me abraçar - Está tudo bem?

- Eu quero sair daqui! - Disse com a cabeça baixa, quase chorando.

- Tudo bem. - Ele me soltou e segurou minha mão - Vem comigo!

   Dilan me levou até a sua cabana e quando eu o ouvi fechar a porta eu finalmente tinha coragem de levantar a cabeça para olhar ao redor.

- O que aconteceu lá fora? Por que o Louis estava daquele jeito?

- Nós brigamos.

- E parecia ter sido feio. - Ele falou meio espantado - Na verdade, eu nunca vi você e o Louis brigarem antes! Isso foi bem surpreendente pra mim. - Eu abaixei a cabeça de novo, ficando quieta - Não fica assim - Senti ele me abraçar e eu apoiei minha cabeça em seu ombro -, brigar com qualquer pessoa é normal. Às vezes nos desentendemos também.

   Eu senti a mão do Dilan no meu cabelo e meus olhos começaram a ficar marejados. Ele me afastou de seu ombro quando começou a sentir o molhado em sua blusa e então secou meu rosto, sorrindo de uma maneira reconfortante.

- Não fica triste amor. - Ele me deu um selinho carinhoso - Vocês vão fazer as pazes logo logo. - Sorriu de uma forma carinhosa para mim e eu forcei um sorriso, tentando mostrar que eu estava bem.

   Depois que eu me recuperei da discussão com o Louis, passei o dia na cabana do Dilan trocando carinhos com ele. Eu me sentia bem abraçada com ele em sua pequena cama de solteiro, como se o mundo fosse apenas ali, apenas nós dois.

   De vez em quando ele pegava mexas do meu cabelo e fazia um bigode, então tentava imitar um velho ranzinza mandando crianças saírem do seu gramado. Eu ria um pouco e dava um selinho nele, o que o fazia sorrir. Seus olhos azuis brilhavam quando ele sorria, e isso era uma coisa que só dava para ver estando bem próximo ao seu rosto.

   Quando começou a escurecer, eu e Dilan fomos para o refeitório e fizemos um lanche, que era o que serviam entre o almoço e a janta. Nessa hora, o refeitório ficava mais vazio então não tinha fila para pegar os sanduíches que estavam na bancada.

   Na hora de procurar por uma mesa, vi o pessoal sentado junto, conversando, pensei em ir sentar com eles mas o Dilan não deixou, e mesmo sabendo que a presença do Louis não mudaria em nada eu falar com eles, o obedeci e fui sentar em uma mesa em que ficássemos apenas nós dois.

    Logo que saímos do refeitório percebi que já era noite e estava bem frio. Dilan me perguntou se eu não queria dormir com ele na cabana dele, já que seu colega de cabana não iria dormir lá, e eu aceitei pois seria ótimo passar mais um tempo com ele.

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