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– E se... Eu quiser um pouco de tudo? – Me perguntou o moreno com seus olhos brilhando pela mais pura malícia.

– Ahh eu ia ficar realmente decepcionado com qualquer outra resposta, senão esta. – Sorri, simples e sincero.

Então, da maneira mais graciosa que conseguiria, fechei a pasta de couro onde não havia nada além e nada menos que meras ilustrações, feitas a mão, de nós mesmos em posições adversas. Dramatizando situações em torno daquela mesa de mármore, com os mais variados tipos de brinquedinhos eróticos.

Claro, que nada daquilo tinha sido feito por mim, uma vez me pediram pra desenhar meu cachorro, acho que não sei desenhar nem seu focinho. Mas não há nada que o dinheiro não compre, desde os desenhos até o silêncio. Aoi não precisava destes detalhes.

– Agora Shiroyama, tem apenas uma coisa que eu não vou admitir. Só uma regra. – Disse o encarando.

Permiti-me infiltrar as pontas dos meus dedos por seus cabelos com a mão oposta àquela que segurava as ilustrações. Ah logo eu poderia puxá-los como bem entendesse.

– Manda. – Ele sussurrou sem quebrar a comunicação entre nossos olhos.

Aquelas gemas negras, brilhando como as pérolas mais raras do oceano. Céus, como ele sabia interpretar bem esse papel tão submisso, e como cada vez que já vi ele me lançar este mesmo olhar, e quem se sente inteiramente sob seus encantos sou eu. Independente de quem estivesse ditando o rumo das coisas, no fundo ele sabia que todas as ações eram ditadas por ele mesmo e mais ninguém.

– Manda bem em mim Takashima. – Repetiu após quebrar nosso olhar por míseros segundos, pelos quais se deleitou por cada bolinha de pelo arrepiado do meu corpo.

Então voltou a me encarar. Ah e aquele sorriso esboçado pelos lábios fartos, tão deliciosamente maliciosos. Eu juro que qualquer dias desses, em uma dessas transas eu enlouqueço, ah se enlouqueço, e com prazer.

Sim, ele sabe que é ele quem me doma, por mais que eu o coloque como submisso. Eu faria qualquer coisa que ele pedisse, da forma como ele mais gostasse. Um frio percorreu por todo o meu corpo ao pensar na profundidade e veracidade dos meus pensamentos, eu não era assim, nunca tinha me sentido assim por ninguém antes.

O que era aquilo? Oh Shiroyama Yuu, o que está fazendo comigo?

– Eu só não admito – Lambi meus lábios, não apenas para constatar que estavam secos, mas também como um ato para que eu retomasse meus sentidos. – Não admito que me insulte vestindo todas essas roupas.

E o deixei para trás, a brochura foi deixada sobre o tampo da longa mesa, na extremidade oposta àquela em que Yuu estava bem ao lado do tão misterioso carrinho. Os olhos de Aoi presos em cada movimento meu e, ah é claro que eu sabia que ele queria ter um bom close da minha bunda naquela cueca justa demais. Agora ele podia, eu lhe daria uma visão privilegiada de toda minha parte traseira.

Mais tarde ele usaria deste artifício para dizer que estava tão bonito quanto ele imaginava, tão gostoso que chegava a ser doloroso apenas olhar. Eu cheguei a pensar nos mínimos detalhes para que a boxer ficasse da maneira que ele se lembrava. Descobri que o tecido se esticava ao limite, se rendendo às pernas roliças e adentravam, minimante, nas curvinhas do meu bumbum. Demarcando toda a linha curva que preenchia com gosto o tamanho exato da peça de malha fina, quase transparente.

Não era isso que ele queria? E mesmo que ele não pudesse ver, sorri ao ouvir o gemido arfado, mandado para seu interior ao invés de ser liberado. Sim, ele estava gostando, e algo no meu peito se animou ao perceber que tantos detalhes planejados estavam tendo um excelente rendimento.

Súbitos desejos & uma boxer brancaOnde histórias criam vida. Descubra agora