Capítulo 2

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O som do despertador ecoa pelo quarto, o relógio marca 7:00 da manhã e tudo que eu queria neste momento era mais algumas horas na minha cama quentinha. Mas é segunda-feira e o meu primeiro dia de aula na Julliard começa em duas horas e meia.

Busquei forças do fundo da alma e levantei, tomei um banho rápido, fiz minha higiene matinal, vesti um moleton cinza com o nome da escola bordado em linho branco, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e organizei minha mochila. Tudo isso -acredite- em quarenta minutos. Eu não posso nem pensar em me atrasar, no conservatório eu adiquiri uma certa obsessão por pontualidade... detesto atrasos!!

Desço até a cozinha pra tomar o café da manhã, encontro minha mãe e meu pai sentados a mesa, papai a ponta esquerda da mesa e mamãe ao seu lado.  Dona Olga - a nossa empregada- está ao lado do fogão preparando as panquecas.

Bom dia. - Anunciei ao entrar e sentar-me a frente da minha mãe.

Bom dia querida. - Respondeu minha mãe sorridente.

- Bom dia menina Scott,  fiz pnquecas com bacom e suco de laranja que eu sei que a senhorita adora. Disse D.Olga sorridente descansando o prato e copo de suco a minha frente.

- Obrigado Olguinha. Sorri pra senhora de cabelos ralos e brancos ao meu lado.

Dona Olga (ou Olguinha) está conosco à anos e faz com toda certeza a melhor panqueca do mundo.

- Animada pro primeiro de aula? Perguntou meu pai, como se eu tivesse 5 anos de idade, indo pro primeiro dia de aula.

- Um pouco, sabe... conhecer pessoas novas, vai ser bom.

Mordi um pedaço da panqueca com bacon que D.Olga serviu a pouco.

- Não quero você andando com má companhia. Foco Tayla, foco!!

Pronto começou a ladainha de sempre."Tayla não faz isso, Tayla não faz aquilo, não converse, não namore, não respire." Isso realmente cansa.

- Sério Mãe? Discurso  de bom comportamento... uma hora dessa do dia, sinceramente!

Respirei fundo e abandonei a panqueca no prato. Minha mãe consegue estragar o apetite de qualquer um a qualquer hora.

-Só quero seu bem Tayla!! Respondeu com seu tom de voz um pouco alterado, o que me fez revirar os olhos.

- Parou vocês duas, respeitem pelo menos o horário das refeições.

Esbravejou meu pai.

- Desculpa pai.

Logo recebi uma mensagem da Liza me avisando que já estava me esperando na porta de casa.

- Bom, de qualquer forma, estou de saída não quero me atrasar no meu primeiro dia.

Cumprimentei ambos com um beijo no rosto e me direcionei a sala, peguei minha mochila e sai de casa faltando uma hora e meia, mas podemos pegar trãnsito, melhor não arriscar.

Liza estava a minha espera em seu carro na frente da casa. Como vocês podem imaginar, minha querida mãezinha superprotetora não me deixa dirigir.

- Bom dia amiga. Dei-lhe um abraço ao entrar no carro e em seguida coloquei o cinto de segurança.

-Bom dia, que cara é essa? Perguntou enquanto arrancava com o carro.

- Minha mãe e seus discursos.

-Oh meu Deus, cedo assim?

-Você conhece a fera não conhece? Sorri. -Vamos esquecer ela e aproveitar o dia.

Dancer |H.S| PARADAOnde histórias criam vida. Descubra agora