eu aprendi o que é o amor e ele se parece contigo.

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oi. bunker 9 tem uma leve (grande) pitada de percy jackson e eu espero não ter deixado a mitologia grega em segundo plano (coisa que eu acho ter feito porque to sempre pendendo pro lado do romance e não foco no que tem que ser focado, mas enfimk). caso tenha acontecido, vocês podem me xingar, certo?

minha bife não é fã de mitologia/pjo e não entendeu algumas coisas na história, então, caso vocês se percam, me desculpem. e me avisem também.

e vale dizer que essa história já foi postada neste site uma vez, mas numa versão com o exo. eu queria uma com o nct e aqui está. caso vc deseje ler a original, sinta-se livre pra ir ao meu perfil no spirit (@ tokoyami)

se rolar algum spoiler vcs me desculpem viu eh nois

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único.

O anfiteatro a céu aberto era banhado pela luz prateada da lua cheia. A fogueira ao centro crepitava, o fogo ardendo incessante, alto e imponente. Ao seu lado, de pé e com o peito estufado numa pose arrogante, o diretor bradava algumas poucas palavras antes de dar a vez à Quíron, cujo tronco humano permanecia desnudo desde o treinamento com os filhos de Ares – seria a última semana de Dionísio no lugar que tanto detestava e as crianças, de onde estavam, podiam sentir o alívio que percorria-lhe o corpo com tamanha força que chegava a atingir quem se encontrava ao redor.

Havia extensas plantações de morango ao longo daquela parte do campo, a brisa agradável vinda do litoral trazendo o cheiro doce da fruta e balançando os fios escuros do filho da sabedoria; este que encontrava-se perdido demais para notar que, pela segunda vez naquela semana, era o assunto principal de seus irmãos e colegas de outros chalés.

— É verdade o que tanto dizem? — os ombros de Dejun empurraram-no de leve, fazendo-o fitá-lo por um instante. Quase o repreendeu por não prestar atenção ao que lhes era dito pelo deus, mas não estava em posição para tal.

— Do que está falando? — murmurou.

— De Wong Yukhei do chalé de Hefesto.

— Ainda não entendi aonde você quer chegar. Poderia, por favor, ser só um pouquinho mais claro?

É claro que havia entendido, e muito bem, o que o rapaz de boné insinuava com aquele olhar um bocado malicioso, mas não poderia dar-se ao luxo de entregar de bandeja a informação que lhe era pedida. Voltou-se ao homem que continuava falando; o ouvia, embora não absorvesse uma palavra sequer. O Sr. D. poderia estar declarando guerra ao mundo mortal como seu último ato naquele inferno (como costumava classificar o lugar) e ele não abriria a boca para argumentar contra.

— Algumas más línguas disseram ter visto vocês dois juntos na noite passada. — o irmão disse por fim, passando o braço direito ao seu redor e largando a mão em seu ombro.

— Somos amigos, o que há de errado nisso? — encolheu-se.

— Não há nada de errado, Junnie, mas a informação que chegou até mim dizia que vocês dois estavam trocando uns beijinhos. — a risadinha curta que acompanhou a frase fez com que Renjun diminuísse ainda mais. — Você sabe, eu só quero lhe ver feliz, mas aquele cara é uma máquina. Quero dizer, ele é filho de Hefesto, e isso o torna uma espécie de robô. Tome cuidado, tudo bem?

Renjun queria gritar com Dejun; ele não sabia do que falava. Yukhei não era feito de ferro e engrenagens e seu coração era mais puro que o bronze celestial retirado do Monte Olimpo. Todo aquele estereótipo que acompanhava as crianças do chalé 9 tirava-lhe do sério, mas não podia mostrar-se alterado perante os irmãos; era o conselheiro-chefe, afinal, e devia passar a imagem centrada que esperam dos filhos de Atena.

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