CAPITULO UM

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Toda manhã, onde a água encontrava a terra, Henry Dover ficava onde parecia ser a borda do mundo, com toda a esperança que um dia sua amada voltaria

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Toda manhã, onde a água encontrava a terra, Henry Dover ficava onde parecia ser a borda do mundo, com toda a esperança que um dia sua amada voltaria. Mais de uma década veio e passou, e ainda nenhum sinal dela, mas ainda assim, ele a esperava. As ondas batiam na costa, as vezes suavemente, as vezes com tanta força que parecia que a água estava com raiva. Às vezes, Henry gostava de fingir que elas carregavam os sussurros de sua amante perdida, e ele torcia que também fossem capazes de levar suas palavras de volta para ela.

Se isso fosse verdade, o mar era testemunha da história inteira dos amantes destinados e do caso proibido trágico que resultou em uma criança.

"Eu vou levar ela comigo para o trabalho hoje," Henry disse naquela manhã, aguentando os ventos frios, "vai ser uma batalha tirar ela da cama, mas acho que ela vai se divertir. Deve ter outras crianças lá. Então talvez ela faça um ou dois amigos antes de ir para Hogwarts. Quer dizer, se ela for para Hogwarts, não tenho ideia se vão permitir que ela vá e tenho medo de perguntar. Parece que todo dia, uma nova pergunta aparece e eu não sei nenhuma das respostas."

Obviamente ele não recebeu nenhum conselho de volta, o fazendo soltar um suspiro pesado com um aceno da cabeça.

"Certo, eu acho que deveria mandar uma carta ou algo assim para o Diretor, ele deve saber o que fazer nessa situação. Acho que eu só estou sentindo medo da resposta. Nixie está fazendo tantas perguntas esses dias e eu nem sei por onde começar essa conversa, Meri. Ela não cria a cauda faz anos, tempo suficiente para não lembrar disso, mas eu sei que ela está curiosa. Ela se pergunta por que eu a faço nadar no mar mesmo quando está frio demais para qualquer pessoa sã entrar. Ela me pergunta onde você está e eu respondo honestamente, dizendo que não sei. Eu nem sei se você está viva, mas me nego em acreditar que está morta..."

Mais uma vez, Henry foi respondido com silêncio total fora os sons naturais dos seus arredores. Ele começou a olhar para cima, sentindo a sensação desesperadora de lágrimas queimando seus olhos e um nó se formando em sua garganta. Parece que o tempo não consegue curar todas as feridas, pois toda vez que ele pensa em Meri ou na falta dela em suas vidas, ele sempre acabava prestes a desabar

"Se ela for aceita em Hogwarts, eu sei que nós teremos que discutir as coisas mais cedo do que tarde já que algumas acomodações terão que ser feitas. Eu esperei esse tempo todo, achando que você ia voltar para nós antes de ter que fazer isso. Acho que isso foi meio idiota da minha parte. Talvez hoje à noite, depois do Dia de Trazer seu Filho ao Trabalho, eu a faça sentar comigo e discutir as coisas. Depois eu te conto como foi."

Ele esperou por mais alguns segundos, rezando com tudo de si, antes de olhar para trás na direção da sua casa.

"Bom, me deseje sorte, nunca é tarefa fácil tirar Nixie da cama. Eu acho que seria mais fácil ganhar uma queda de braço contra um gigante."

* * *

Como ele já esperava, ao chegar perto da porta do quarto de Nixie naquela manhã, ouviu um leve som de roncos já que a garota tinha conseguido se enterrar ainda mais nos cobertores e ainda estava dormindo profundamente apesar do frio. Por nenhuma definição existente Henry poderia dizer que sua filha era uma pessoa matinal, na verdade ela era bem o oposto já que normalmente tentava dormir até o começo da tarde e ficar acordada até tarde demais da noite. Henry frequentemente se culpava, principalmente por permitir que a garota tivesse uma rotina de sono tão ruim.

SKINNY DIPPING WITH A MERMAID ⟶ Sirius Black (TRAD-PTBR)Onde histórias criam vida. Descubra agora