Capítulo 1

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Inglaterra 1300.

Elisa

Os ventos fortes do inverno ,o céu obscurecido e o ar úmido indicavam que grandes tempestades estavam por vir. Elisa sentiu seu corpo se arrepiar de forma estranha, virou-se para ajeitar o xale que cobria seus ombros e encarou o clima sombrio da janela de seu quarto.

Retornou até a mesinha localizada ao canto do quarto e tentou se concentrar na lição que o pai lhe dera.Mesmo doente e impossibilitado de lhe dar aulas ele insistia que ele continuasse seus estudos ainda que sozinha.Quando som de cavalos se tornaram nítidos ela retornou a janela. "Thomas" foi o primeiro pensamento dela, seu coração pulava rapidamente no peito.

Elisa sentiu se decepcionada ao constatar que apesar de se tratar de cavaleiros do duque, Thomas não estava entre eles.Ela lembrava-se claramente do estandarte que havia costurado para ele a habitual rosa branca envolta em uma espada da casa York ja que Thomas servia diretamente ao duque mas com um um emblema "Honore E Amare" bordado sob a capa,Algo que ela mesma havia pensando para reconhecer a chegado do noivo.

A noite ela dedicou-se em preparar a sopa e leva-la ao pai que cansado se debruçava sobre a cama.

_ Obrigado.-Agradeceu ele que depois de poucas colheradas teve um ataque de tosse.A muito tempo Elisa sabia que a condição de seu pobre pai não andava boa,ela tentava de todas as maneiras fazer com que sua dor diminuísse mas só lhe restavam sua orações e a esperança de que seu pai se recupera-se.

_ Ouvi barulhos de cavalos mais cedo.-Comentou ele em meio a tosse.

_ Homens do Duque ,creio que amanhã saberemos o porquê da presença deles.-Expliquei colocando a tigela sob a mesa trocando pelo tônico que o médico havia feito para aliviar um pouco a dor que o pai sentia.

_ Não quero que ande sozinha pelo Vilarejo,sei que os homens do duque são respeitáveis mas ainda assim não é recomendável.-Pediu ele.

_ Está bem meu pai não se preocupe, agora que livro lemos hoje?-Questionei lhe entregando as obras da grécia que eram suas preferidas.

Apesar de toda a fraqueza que seu corpo demonstrava afetado pela doença seu pai sempre fora um grande homem,tudo que Elisa sabia era graças a ele.Seu velho pai havia ficado viúvo na mocidade logo depois do seu nascimento a mãe de Elisa havia se acometido de uma febre que acabou mtando-a dias depois.

Nos dias que se seguiram o vilarejo foi tomado por cavaleiros que ostentava o Brasão das casas de York.Elisa nunca havia visto tantos nobres e todos na vila comentavam da chegada do duque,Ela se encaminhou até a casa da futura sogra a Senhora Joana.

_ Está linda Milady- ouviu John brincar a medida que ela se aproximava da casa.

_ Não deveria dirigir dessa maneira a uma lady meu caro cunhado.-Brincou encarando-o com um sorriso.

_É realmente uma pena que não aceite meus galanteios,logo hoje que uma certa carta vinda de Wessex acabou de chegar.-Falou ele mostrando o pergaminho dobrado.Pulei no braço de John que se afastou e depois de muita insistência entregou-me a carta de seu irmão Thomas.

Em poucos minutos li a pequena mensagem escrita na letra desengonçada de Thomas ,ele avisava que estava viajando com o duque e que em breve estaria em casa novamente.Apertei o pequeno pergaminho contra meu peito tentando controlar um pouco da emoção.

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Fronteira da Escocia

Thomas

Apesar de não ser Nobre ,Thomas havia se tornado cavaleiro muito jovem lutando contra os Franceses até que o duque de Wessex lhe concede-se o título de cavaleiro do Norte depois de Thomas ter salvado a vida de seu filho mais velho durante a batalha de Agincourt.Desde então ele servia a cavalaria de Ricardo de York.E agora que Ricardo era requisitado de volta a casa devido a morte do pai chegara o momento pelo qual ele havia lutado por meses,poderia retornar e encontrar Elisa a sua espera.

_ Sinto muito por sua perda Alteza.-falei ao entrar em sua barraca.

_ Obrigado meu amigo.Agora que meu pai se foi espero poder contar com homens com sua honra ao meu redor.-

_ Basta me convocar Alteza fiz um juramento a seu pai e prestarei juramento ao senhor.-respondeu Thomas.

_ Isso quer dizer que está recusando minha proposta de me acompanhar até Windsor hall e servir como comandante.-Afirmou o duque encarando Thomas com severidade.

_ Como bem sabe Alteza eu sou apenas um cavalheiro,existem muitos outros até mesmo nobres que ficariam honrados em receber tamanha responsabilidade.-Explicou ele.

_ Se o problema for o título de nobreza podemos arranjar isso facilmente,nomearei como Lord de sua terra natal e então poderá ser meu comandante.-Insistiu O duque oferecendo-lhe um copo de vinho.

_ Creio que não me fiz claro Alteza, não posso aceitar tenho compromisso igualmente importantes para honrar em minha terra natal.-Afirmei.

_ Estou ansioso para conhecer a beleza da jovem que lhe deixa tão seguro em recusar uma proposta dessas.-Comentou o Duque.Thomas sempre havia sido com Claro com o amigo e mesmo ele sendo agora o Duque de Wessex isso não mudava em nada nos planos de Thomas de retornar para casa.

   Ricardo de York podia não entender seus motivos para estar ansioso de retornar a sua casa,mas era o motivo principal de todas a batalhas que Thomas havia lutado até ali conseguir dinheiro para que pudesse oferecer uma vida digna a sua futura esposa e os filhos que viessem a ter.Talvez a simplicidade de seu único e maior desejo não fosse compreensiva ao duque já que ele provavelmente se casaria com uma jovem nobre e rica escolhida pela família e talvez não conhecesse o sentimento que mantinha a motivação de Thomas sempre acesa e o empurrava para a frente,Talvez o duque não gosta-se de se contrariado.Mas para Thomas os motivos do Duque não importavam pois a cada que se passava ele se tornava mais proximos de Encontrar Elisa novamente.

A Camponesa e o DuqueWhere stories live. Discover now