Aventuras De Um Médium Depressivo: 1 Parte Acampamento De Welingto

Que Comece A Caça Ao Tesouro

Escuto o barulho da buzina do ônibus. Minha mãe mi obrigou a ir a um acampamento de férias. Ela disse que seria bom pra mim.

—Tchau mãe.

—Tchau filho, cuidado.

Saio pela porta e vou ate o ônibus. Tava lotado de gente e todos mi olhavam como se eu fosse uma aberração, não dei bola já estava acostumado. Mi sento, boto os fones de ouvidos e fico três horas sentado repetindo as músicas.

Quando chegamos o instrutor do acampamento mostra nossos dormitórios. Entro e mi jogo na cama.

—Ei, Tobias. vai fica ai deitado? -Endy pergunta.

—Pretendo... —respondo.

—Sua mãe disse pra você tem que socializar.

—Você sabe que eu não sou muito de "socializa".

—você nem tenta socializar, nem fazer amigos.

Apenas o ignoro ate ele cala a boca. Com oito anos comecei a ver e ouvi os não vivos, des de então Endy esta comigo a cada segundo.

***

O instrutor nos chamo pra mostra o resto do acampamento. Alem dos dormitórios, tem uma cantina bem grande cheio de mesas e uma área para a fogueira, que fica quase em frente aos dormitórios.

A noite fomos nos senta em volta da fogueira, o instrutor Jonas que seria o encarregado de cuidar de nos, tava segurando um pandeiro. Tinha umas 15 pessoas fora eu. O Jonas estava contando piadas. Eu estava rindo até que ve algo que mi deixou assustado. Fiquei parado encarando algo que parecia um espírito de olhos sombrios. Fiquei o encarando durante alguns segundo.

—Ele não tem mas intenções. —diz um menino pondo a mão em meu ombro e mi tirando daquele transe.

—Que? —pergunto olhando para um menino de pele branca, olhos azuis e cabelo castanho. Que estava atrás de mim.

—Vamos conversa em outro lugar.

Mi levanto e o sigo até perto de um dormitório onde não tem ninguém.

—Sou Felipe, qual seu nome? —pergunta estendendo a mão.

—Mi chamo Tobias —respondo o cumprimentando.

—Você os vê não é?

Fico em silêncio por alguns segundos.

—Quem se cala consente.

—Não sei do que esta falando. —digo dando as costas.

—Não adianta fingir. —diz segurando meu braço. —Somos iguais... Você os vê e eu os escuto.

—Sera que é verdadeiro o que ele disse?

—Claro que é.

Mi viro e o olho surpreso. Se ele escuta o que Endy fala ele é como eu. Fico o encarando.