Kai

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-Só tem um jeito de saber. -Felipe diz indo até a cachoeira.

-Melissa. -Chamo.

-Oi.

-Como você sabia o que aquele cordão fazia?

-Pesquisando. Na minha religião acreditamos nessas coisas e pelo jeito funciona. -Melissa responde muito feliz. -Fiquei com medo quando tirei o cordão.

-Por que?

-"Amaldiçoado" -diz fazendo uma voz assustadora e fazendo aspas com as mãos.

-Ata.

De repente algo passar voando por mim e cai bem na frente de Melissa. Era o cordão dela. Olho pra direção de onde ele veio e Endy estava sorrindo.

-Aaa... -Grita. -Meu cordão.

Começo a ri do grito de Melissa.

-Presente de um fantasminha camarada. -digo sorrindo.

-Obrigado. -Melissa agradece mi olhando.

-De nada. -Endy diz.

-Ele disse: de nada.

Melissa volta o olhar pra Felipe que estava saindo da água.

-Encontro algo? -Melissa pergunta.

-Sim e não.

-Que?

-Sei lá, só tinha uns pontos e traço desenhado em uma pedra.

Melissa fica triste. Ficamos pensando por uns segundos.

-Código morse. -digo rápido, -Tem papel e caneta ai? -pergunto olhando para Melissa.

Ela sorri e abre um bolso da bolsa. Ela tira uma caneta, uma caderneta e entrega para Felipe. O mesmo começa a escrever. Quando termina ele mi entrega.

- • - • C
• - A
• • • - V
• - A
• - • • L
- - - O

Depois que termino de decodificar entrego a caderneta para Melissa e Felipe lerem.

-Isso ta certo? Não vem nada de cavalo ou estábulos aqui. -Melissa pergunta.

-Ta certo sim.

-Esperem um minuto. -Felipe diz correndo até a cachoeira.

Depois de 5 minutos ele volta, toma a caderneta de melissa e começa a escrever. Quando termina mi entrega.

- • - • C
• - A
• - • R
• • • - V
• - A
• - • • L
• • • • H
- - - O

-Aaaagora sim faz sentido. -Melissa diz olhando para Felipe.

-Acho melhor voltarmos, já já da meio dia. -digo.

Os dois acenam com a cabeça e voltamos para o acampamento. Quando chegamos o instrutor vem até nos e pelo jeito ele parece furioso.

-Onde vocês estavam? -Jonas pergunta gritando.

Todos ficamos em silêncio pesando no que falar.

-Estávamos na cachoeira. A Melissa queria ir lá pra tira umas fotos e Felipe queria da um mergulho. -Explico nervoso.

Jonas olha pro celular na mão de Melissa e depois pra Felipe que tava sem blusa, com o cabelo ainda molhado.

-Desculpa, saímos com tanta pressa que esquecemos de avisar. -Digo abaixando a cabeça.

-tudo bem. -Jonas bufa. -Mas da próxima avisem. Agora vão comer.

Saímos andando pra cantina. Melissa fica olhando pra trás.

-Essa foi boa Tobias. -Felipe diz.

-Se não fosse você estaríamos encrencados. -Melissa diz puxando uma cadeira.

Ficamos na cantina comendo ate 2 horas da tarde, não tinha nada programado pra hoje então ficamos só descansando. Quero dizer eu fiquei descansando. Melissa foi no dormitório das meninas e o Felipe saio pra deus sabe onde.

***

Acabei pegando no sono. Quando acordei já era de noite. Olhei ao redor e só vê Endy do outro lado do quarto mi observando. Mi levanto e ando ate o banheiro. Tomo um banho, mi visto e saio. Toda noite tem fogueira e tem sempre alguém cantando ou contando alguma história.

De longe vejo Felipe e Melissa sentados. Mi senta no meio deles.

-Acordou bela adormecida. -Felipe brinca.

Apenas o encaro. Melissa se estica por trás de mim e cochicha algo no ouvido do Felipe.

-Quem vai começar com as lendas de terror? -Jonas pergunta.

-Eu conheço uma. -Um menino moreno diz. -Diz a lenda que um espirito ronda o acampamento atrás de uma presa para sadiae sua fome. Ele vive nas montanhas, mas a noite ele sai pra caçar. Quando eles escolhe uma presa ele a segui ate que no momento oportuno...

-Aaaaa! -Um dos instrutores do acampamento grita usando uma mascara de monstro.

Todos se assustam exceto Melissa que ria muito e Felipe que mi olhava vermelho, tinha acabado o abraçando por medo. Desgrudo dele antes que todo vejam eu abraçando Felipe. Ele mi olha.

-D-desculpa. -gaguejo.

Felipe se aproximá do meu ouvido, da pra sentir a respiração dele.

-Da próxima se joga em cima de mim.

Fico vermelho. Mi viro rápido e olho para Melissa que ainda tava rindo.

O resto da noite foi divertida, ficamos cantando e rindo. Fiquei evitando contato visual com Felipe, mas ele não cooperava, sempre fazia algo pra eu o olhar.

Quando terminamos todos foram para seus dormitórios. Felipe, melissa e eu fomos dormi, amanhã teria gincana.

Ponho os fones de ouvido e mi jogo na cama. Melissa e Felipe foram dormi. Fiquei pensando no que Felipe mi disse.

Sinto alguem mexer no meu ombro. Finjo que estou dormindo, mas mexem de novo só que nas minhas costas. Abro meus olhos e vejo Endy mi olhando.

-Tobias, levanta. -Endy pede.

Apenas mi viro pra volta a dormi.

-Tobias olha por favor. -Endy pede mexendo nas minhas costas.

Mi levanto e mi deparo com o espírito azul que levou a gente até a cachoeira.

-Salve mi.

Mi levanto devagar usando o celular pra iluminar, vou ate minha bolsa, pego um blusão e uma lanterna pequeno porém ilumina muito.

Sigo o espírito até perto da floresta.

-Sera que devemos ir com ele? -pergunto a Endy.

-Sim. -Endy responde, ele ta estranho.

-Certeza?

-Toda.

Andamos em meio a floresta. Depois de 20 minutos o espírito para enfrente uma arvore diferente de todas as outras. A arvore era a única morta em toda a floresta, parecia queimada.

Olho pro espírito que se ajoelha e mi chama pra perto. Ele aponta para a terra.

-Acho que é pra você cavar. -Endy diz.

Boto a lanterna na boca e começo a cavar com pressa, tava muito frio e minhas mãos estavam congelando. Depois de um tempo, sinto algo duro debaixo da terra. Parece um caderno. Tiro da terra e limpo.

"Diário de Kai"

Escuto um barulho atrás de mim, do susto acabo deixando a lanterna cair.

Pego meu celular pra iluminar. Não procuro a lanterna. Vou correndo para o dormitório. Quando chego perto vou ficando aliviado.

Vou pro meu dormitório e assim que entro vejo Melissa saindo do banheiro enquanto enxuga os cabelos.

Aventuras De Um Médium Depressivo: 1 Parte Acampamento De WelingtoOnde histórias criam vida. Descubra agora