O dilema de ter dois amores

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Eu sempre quis conhecer uma pessoa que eu realmente amasse. Acabei conhecendo duas e acabou sendo uma das coisas mais difíceis da minha vida. Eu teria que escolher entre duas pessoas que amava muito e até hoje eu não sei se tomei a decisão certa. 

Aqui eu vou contar pra vocês o dilema de se ter dois amores.

Eu sou Sarah Albuquerque e tinha 17 anos quando tudo aconteceu.

Eu era uma estudante do ensino médio, morava com meu pai e tinha uma melhor amiga incrível. 

Meu pai sempre trabalhou muito mas mesmo assim sempre se fez presente. 

Rafaela é minha amiga desde que éramos crianças, a amizade começou cedo pelo fato que morávamos muito perto uma da outra.

Desde pequena ela sempre foi muito animada, adorava festas e sempre me arrastava com ela, e foi em uma dessas festas que no caminho de volta pra casa eu conheci um dos amores da minha vida, Luan.

2014

Acordei cedo e fui para a escola, era meu último ano e eu já estava doida pra tudo acabar logo.

Passei na casa da Rafaela para irmos juntas e ela saiu do portão toda empolgada, mais que o normal. Ela me disse que ia ter uma festa, que o bairro todo iria e que eu teria que ir junto, como se fosse novidade...

Eu sempre fui mais quieta em casa e a única que conseguia me arrastar pra festas era ela, eu adorava a companhia dela, sempre me colocava pra cima. 

Eu sentia que algo diferente ia acontecer naquela noite, só não imaginava o quanto.

Não estava animada para festas mas mesmo assim resolvi ir.

Avisei Rafaela que eu não iria ficar muito tempo e ela disse que tudo bem. Fomos para a festa e realmente, o bairro todo estava lá.

Não queria beber e então ficamos dançando até que eu decidi que já estava na hora de ir embora, me despedi e fui.

Eu sempre gostei muito de ter contato com a natureza e então eu resolvi sentar em uma praça que tinha perto de casa, adorava admirar as árvores e flores que tinha lá.

Coloquei meus fones de ouvido e fiquei pensando em coisas aleatórias como sempre fazia e ele apareceu, com seu jeito largado e cigarro na boca, desde o primeiro dia que vi ele achei muito bonito. 

Infelizmente fuma e eu não gosto nem um pouco. Não queria alguém com vícios na minha vida, não mais.

Vocês devem estar pensando "é só um cigarro, nada mais, para de ser fresca", mas pra mim nunca foi só um cigarro. Eu e meu pai fomos abandonados pela minha mãe a muitos anos atrás por causa do vício que ela tinha em drogas, e começou com um cigarro, então pra mim não é "só um cigarro".

Ele chegou como quem não queria nada e se sentou em um banco na minha frente, acendeu o cigarro e olhou pra mim. Eu olhei de volta. Ele sorriu, flertando. Eu levantei e comecei a andar em direção a minha casa mas parei assim que escutei suas palavras.

"A princesa não gosta de sorrisos?"

- Princesa? Jura? 

"Qual foi, princesa? Senta aí vamos conversar"
- Olha, eu não te conheço e não tenho interesse em caras que fumam e que, ainda por cima me chama de princesa.
"Calma aí, princesa, relaxa. Eu vou apagar o cigarro." 
- Eu já estou indo para a minha casa, não precisa apagar.
Me virei e dei uns passos em direção à minha casa, ele não deixou, segurou minha mão.
"Eu apago o cigarro, princesa, vamos conversar."
- E por que eu conversaria com você? Eu nem te conheço.

"Não seja por isso... Meu nome é Luan, tenho 19 anos e sou novo no bairro. E qual o seu nome?"

- Sarah.

"É um prazer te conhecer, Sarah."

Sorri e disse que já estava na hora de ir pra casa.

"Eu vou te ver de novo, princesa?"

- Talvez. 

Me virei e finalmente fui para casa.