1 semana antes

310 26 0
                                    

Pérola não saiu do quarto o final de semana todo e recusou as ligações de Alex e Liv.
Sua vida inteira havia mudado de ponta cabeça e ela já não sabia mais como seriam as coisas.
A vida inteira Pérola cresceu sob seus privilégios de pais ricos e agora com a prisão do pai e o envolvimento da mãe em muitas das falcatruas, a bela se preocupava em ficar sozinha no mundo.
Quem vai cuidar de mim quando minha mãe for presa?
Quando. O pai havia deixado claro que era apenas questão de tempo.
O mundo inteiro de Pérola estava desmoronando.
Se quando ela viajou ela achava que sua vida era a melhor de todas, a mais perfeita, agora ela se perguntava o que tinha feito para merecer aquilo.
Rosália continuava tentando entregar comida, mas a menina sempre recusava.
Rosália - Por favor, Pepi, só um pouquinho!
Pérola - Não, Rosália, não quero!
Rosália - Tudo bem então, se você sentir fome a noite tem uma torta de frango no forno.
Pérola - Tá bom! - A menina sorri forçadamente e aceita o beijo na testa de Rosália.
Rosália - Amanhã cedinho eu estou aqui.
Mas não recebeu resposta.
Pérola já estava encarando o nada, perdida em seus pensamentos de novo.
Os pais presos. Não era possível.
No meio da noite Pérola sentiu uma agonia tão grande no peito que resolveu ir atrás da torta de frango. Se ela comesse, provavelmente, não pensaria tanto nos pais. Então ela comeu. Comeu até doer a barriga e depois passou mal. Rosália estranhou faltar metade da torta, mas não ia perguntar nada, preferiu ficar feliz pela menina ter comido.
Isadora - Pérola, a gente precisa conversar, minha filha! - A mãe disse entrando no quarto e sentando na beirada da cama.
Doeu no coração dela ver a filha deitada, encolhida na cama e com aquela cara abatida.
Isadora - Você não vai ficar sem assistência, minha linda. Seu pai tomou cuidado para que você tivesse como se sustentar sem nós e sua tia ia te ajudar com as coisas...
Pérola - Jura que você tá pensando no dinheiro, mãe? - Ela sentou na cama e abraçou as pernas.
Isadora - Eu tinha que pensar em algo! Não podia te deixar sem nada! Pensamos em algo que podíamos resolver...
Pérola - Então vender propriedades e colocar o dinheiro em uma conta com o meu nome foi tudo o que vocês pensaram em fazer por mim? E me contar? Seria quando? - As lágrimas começaram a rolar pela face da bela.
Isadora começou a chorar junto.
Isadora - Nós só não queríamos que você nos odiasse!
Pérola abraçou a mãe e as duas choraram juntas.
Pérola - Eu não odeio vocês! São meus pais!
Isadora olhou atentamente para a filha, cada traço dela, cada pedacinho que a tornava tão linda.
Isadora - Agora você pode voltar para Los Angeles e seguir seus estudos...
Pérola - Não!
Isadora - Como assim não?
Pérola - Eu vou ficar aqui! Onde é meu lugar, onde você vai estar!
Isadora - Tá louca? E quando eu for presa? Você vai ficar sozinha? Não!
Rosália que estava ouvindo do corredor, com a melhor das intenções entrou no quarto.
Rosália - Se depender de mim a Pérola nunca vai ficar sozinha! Se você quiser, Pepi, pode ficar comigo! - Ela sorri e estende a mão para a menina que aceita e a segura com carinho.
Pérola - Muito obrigada, Rosaly!
Isadora aperta a filha e deixa escorrer algumas lágrimas de gratidão.

Pérola - Muito obrigada, Rosaly! Isadora aperta a filha e deixa escorrer algumas lágrimas de gratidão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Amar É Muito Melhor Do Que Ter RazãoOnde histórias criam vida. Descubra agora