° Prologue °

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    Minha cama era algo muito reconfortante mesmo, era espaçosa e fofinha, ficava alguns passos do armário e do lado ficava a janela, que é muito usada por mim, para invejar as brincadeiras das crianças nas ruas. Mamãe depois de um tempo, parou de deixar eu ir brincar lá fora e começou a me ensinar coisas que eu não sei se vou usar no futuro, coisas como: Aprender a atirar, usar arco e flecha, mexer com facas e a cuidar de mim mesma em condições precárias, além disso, tinha me proibido de ir a escola, agora estudava em casa e seguia o tempo dela, que era bem apressado, estava em conteúdos bem avançados, sabia dividir com três na chave, mesmo eu tendo 6 anos. Quando perguntava se poderia ir lá fora brincar ela vinha com paranóia “Você não pode ir lá fora, não pode se apegar a pessoas que logo, logo irão morrer e mais pode ter coisas ruins lá fora, é indicado você ficar com a mamãe aqui, segura”.

   Aos 8 anos, já tinha me acostumado com essa rotina, além de agora ela ter incrementado diversas artes marciais “por precaução” ela dizia, mas no fundo sabia que ela escondia algo. Após um tempo afastada, ela voltava cada vez pior, muitas vezes ignorando meus atos de amor, fazendo mais regras, me proibindo de fazer mais coisas e me ensinando muita coisa violenta. Não saia mais de casa, ela não me permitia nem ir no jardim e como o bom cachorro de estimação que eu era, eu obedecia.

   Aos 10 anos, ela suspeitava de cada indivíduo que passava perto dela, revistava cada um que entrasse em casa e instalou placas solares na casa “um dia a eletricidade de todo o mundo irá acabar e só nós teremos energia”, algo nela tinha mudado completamente, ela nunca me bateu, nem ousou me encostar sem meu consentimento, mas suas brigas eram severas e doloridas. Os exercícios, as artes marciais, as armas, tudo acabavam com minha energia, era algo desgastante.

  Eu via como minha mãe também estava sobrecarregada, chegava do trabalho às 7:30 da manhã, me usava como boneca, acabava com minhas forças e ia dormir, para que acordasse á 00:00 para ir trabalhar, até o dia em que ela não foi ao trabalho, até o dia em que ela não suportou tudo e seu corpo a puniu severamente, separando sua alma dela.

(...)

   O prólogo está bem ruim, mas eu juro que os capítulos são melhores

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