Capítulo 1

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P.o.v - Alana

Acordo com o despertador novamente, plena sexta feira e o tédio reina sobre a minha pessoa.

Vou me arrumar rapidamente, escovo os dentes e troco uma roupa pra ir pra casa da minha tia. A situação aqui em casa anda um pouco feia.

Meu pai sem trabalho, minha mãe fazendo uma faxina uma vez na semana mas ambos a gastar dinheiro com bebida sempre. Ranço.

Mais um dia comum, deitada na cama da minha tia cuidando das crianças.

Chega rapidamente a hora do almoço, me levanto e começo a preparar com certa dificuldade, pois as crianças não param de gritar ao meu redor. Pragas!

Fico trocando minha atenção pelas crianças e pela comida o tempo todo, juro que não aguento mais essa vida, raios!

As crianças finalmente ficam quietas para comer, ou pelo menos eu achava que assim seria, quando eles começam a discutir por suco. Misericórdia é tão difícil beber um suco e ficar quieto?

Alana: Da pra vocês calarem a porra da boca? Agradeço! - grito e eles finalmente ficam quietos. Por 2 minutos depois começa tudo de novo, raios!

Após o almoço coloco eles pra ver tv enquanto dou uma leva organizada na casa, apenas por cima até porque a casa não é minha.

Lá pras 15 horas da tarde minha mãe e minha tia finalmente aparecem, estou finalmente livreeee.

Minha mãe me obriga ir buscar uma cerveja pra lá, legal, como sempre pra váriar *revirada de olhos*.

Vou até a padaria mais próxima, compro com muito custo pois a moça ainda não tá acostumada com meus 17 anos, porém eu tô lá toda sexta feira pra fazer a mesma coisa.

Volto rapidamente e coloco um funk pra dançar com as minhas primas.

Carol : Alana, para de ensinar essas coisas pras meninas - diz minha mãe toda grossa.

Alana: Sinto muito, mas se não for comigo elas vêem no celular ou até mesmo na televisão - digo e ela revira os olhos.

Após alguns minutos escuto um amigo Zé droguinha meu gritando no portão, vou até lá e ele está acompanhado de um policial.

Alana: Tá acontecendo alguma coisa? - pergunto meio nervosa.

Gabriel : O policial tá perguntando da sua tia aí - ele diz meio com medo, quando eu tava voltando vi ele e os meninos ali na frente fumando um como sempre.

Policial : Alessandra se encontra?

Alana : Sim, podem entrar - digo abrindo o portão dando espaço para os policiais entrarem.

Vamos até a área da minha tia e eu estava completamente nervosa, não estava entendendo absolutamente nada.

Policial: Boa tarde dona Alessandra, sua irmã Carol está?

Minha tia chama minha mãe que logo aparece e se assusta com a presença dos policiais.

Carol : Posso ajudar?

Polícial : O senhor, Eduardo Sanches conseguiu a guarda definitiva da sua filha por a senhora ter mantido a menina longe dele durante anos sem dar o paradeiro da garota.

Olho sem entender pra minha mãe que começa a chorar.

Polícial : Onde está a garota?

Minha mãe olha pra mim e logo o policial vem na minha direção me mostrar os papéis da guarda. Ele pede para que eu o acompanhe até lá fora.

Vou andando com eles até o portão ouvindo os gritos da minha mãe pedindo perdão.

Alana : Deve ter alguma coisa errada, meu pai está num bar provavelmente, o senhor deve ter se enganado.

Carol : Me desculpe Alana, por favor - ela gritava e todos na rua olhavam pra essa cena ridícula.

Não estava entendendo mais absolutamente nada. Como assim? O meu pai não é mais meu pai, minha mãe mentiu pra mim durante 17 anos sobre quem eu realmente sou?

Os policiais vão em direção ao centro, eu só consigo chorar, não entendendo mais nada. Chegamos em frente a uma casa grande e os policiais pegam o celular ligando pra alguém.

Policial : Senhor Eduardo, já estamos com a sua filha na porta da sua casa, pode comparecer pra buscar ela e os documentos.

Logo o portão se abre e um senhor nem muito novo nem muito velho aparece, muito gato por sinal.

Eduardo: Obrigado por tudo - ele diz lançando um sorriso e olhando pro carro.

Os policiais pedem pra eu deixar o veículo, eu saio devagar ainda com um pouco de medo.

A polícia vai embora e eu fico ali encarando esse moço que provavelmente é meu pai e não para de chorar olhando pra mim

Eduardo : Eu sei que você deve ter inúmeras perguntas, mas antes de te responder qualquer coisa posso te dar um abraço? - ele pergunta e eu faço um movimento de aprovação com a cabeça.

Ele me abraça e chora muito, eu nunca ganhei um abraço do meu pai, ou pelo menos de quem eu pensava que era o meu pai.

Eduardo : Qual o seu nome querida?

Alana : Alana, Eduardo certo? - pergunto meio indecisa.

Eduardo : Isso mesmo, bom sua mãe e eu saímos apenas uma vez, ela namorava e eu sabia mas não resisti aquele sorriso maravilhoso dela, eu soube que ela tava grávida e eu não tinha o que oferecer pra ela, Marcos me ameaçou para nunca tentar me aproximar de você nem da sua mãe. Mas hoje como eu lutei para ter condições pra te sustentar consegui te localizar.

Alana: Desculpa, e muita coisa pra eu processar.

Ele me leva pra dentro da casa, me mostra um quarto que ele diz ser meu e eu acabo por adormecer.

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⏰ Última atualização: Jan 30, 2019 ⏰

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Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora