Capítulo 1 - Black Garden part I

432 15 0
                                    

N/a: Postando novamente a versao betada pela linda Monike Peixoto. Muito obrigada mesmo Flor, você é um anjo por fazer isso por mim e pelas leitoras! Eternamente Agradecida!

N/a2: O capítulo era para ser uma short, mas por problemas "operacionais" acabei perdendo tudo, tive sorte de ter salvo em pedaços no meu e-mail. To tendo um trabalhinho para betar e organizar as partes por isso dividi o cap em 3 partes.

N/a 3: Essa é uma versão alternativa da história dos Black, sem compromisso com a original da J.K e sim com a Saga Aps. Boa leitura.

Apaixonada Pela Serpente 4

Black Garden I (Betado)

Todos reclamam da própria família. Todo mundo no fundo é um incompreendido, mais uma ovelha negra. Isso porque esse termo "Família" já é por si só uma referência para reclusão. Te separa do resto do mundo de uma forma quase acolhedora, mas é tudo uma grande mentira e todo mundo sabe disso. Não importa o quanto sua família te ensine, ela na verdade está moldando você, seus valores, te dizendo com que olhos você deve olhar para o próximo. E na maioria das vezes, ela mesma se voltará com os mesmos olhos pra você. Às vezes, no decorrer das gerações seus valores evoluem, as vezes não. É normal todo mundo se desgarrar de sua família com um certo trauma, é tão normal quanto natural no decorrer da vida você superar tal trauma. Faz parte do ciclo "enigmático" familiar. Mas ninguém imagina o que é fazer parte da minha família.

Na minha família, "ser parte da família" significa muito mais do que ir num mesmo fabricante de varinhas ou passar o Natal juntos. Existem regras, regras registradas num livro velho assinado por todos os nossos ancestrais. Um pequeno documento, que passa de geração em geração no valor de todas as almas descendentes.

Era assim porque éramos a mais antiga linhagem de bruxos desde Salazar Slytherin, os principais herdeiros das maiores relíquias mágicas dos séculos inclusive documentos de estudo e magias secretas. A minha família era a família Black.

Sendo a família mais antiga da linhagem bruxa, ela era também a mais extensa. Existiam Blacks em quase todos os lugares do mundo, e todas as outras famílias bruxas tinham pelo menos uma pequena ligação com nossa árvore genealógica, mas os verdadeiros Black, os "Blacks Diretos" eram inconfundíveis, eram os mais vestidos com a rígida doutrina da Mui Antiga e Nobre Casa dos Black. E isso quer dizer física e emocionalmente, o que condiz com um par de olhos grandes, porém estreitos de um azul turquesa orgulhoso e frígido. Não importa quantos arrogantes existam na sua família, ou sua potencialidade para o mal, você pensa que eles não tem nada a ver com você, que oferece-os um lugar na sua mesa no jantar poucas vezes no ano, porque tem seu sangue logo uma pequena e obrigatória ligação de amor. Na minha família não temos esse tipo de ligação.

Nenhum Black tem qualquer ligação de amor com quem quer que seja, e isso inclui a própria mãe. Encheram aquele livro velho de tantas regras que todas elas se encarregaram de tornar o termo "amor" esquecido. Isso fez mal pra mim de início, mas não para minhas irmãs. Desde muito novas éramos instruídas a seguir todas as tradições da antiga família, o que incluía obedecer sem protestos a todas as decisões que todos os adultos já tomavam na nossa vida. Eu tinha nove anos quando saímos de nossa propriedade no sul da Escócia para a casa principal dos Black ouvir o veredicto final de nossa vida matrimonial na Mui Antiga e Nobre Casa dos Black no Largo Grimmauld, 12 em Londres.

Eu já via as estruturas de uma Londres mais velha, porém trouxa pelas janelas do coche. Os poucos trouxas acordados àquela hora da manhã notavam o coche sombrio com o escudo de prata dos Black guiado pelo sir. Acbout, um senhor assustador mesmo pra mim e minhas irmãs, adentrar a rua de forma suspeita. Eu sempre tivera muito interesse pelos trouxas, algo que eu tentava esconder arduamente da minha mãe, Druela Rosier, que não era uma Black direta, mas ainda assim era uma mulher asquerosa. Meu pai Cygnus Black era um Black direto, e como tal terrível, mas eu não precisava me preocupar muito com ele, pois ele mesmo nunca prestara muita atenção em mim. Depois da segunda filha, Narcisa, ele já não tinha muitos interesses em ser pai. Independente de arrumar ou não um bom casamento para mim ele já tinha os negócios da família acertados. Parece muito estranho crianças na nossa idade já terem tanta noção da realidade, mas os Black possuíam um antigo processo de amadurecimento precoce infalível.

Apaixonada Pela Serpente 4 - Diário de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora