— Meu amor como assim quem sou eu? Sou Matthew, o teu marido. — diz ele andando até mim e parando a minha frente colocando as mãos na minha face.
— O meu deus, só pode estar a brincar comigo. Eu não sou casada, eu mal tenho vinte anos, pelo amor de deus, sou muito nova para estar casada. — diz a sair do alcance dele e começando a andar de um lado para o outro dentro daquele quarto.
— Meu amor o que se passa, por favor diz-me, por que não estou a entender nada, como assim não te lembras de mim? O que aconteceu, diz-me? Isto é uma brincadeira só pode, diz que sim que é uma brincadeira. Que te lembras de mim, do teu marido que te ama mais-que-tudo neste mundo. Por favor, diz-me? — diz a parecer completamente fora de si de tão nervoso que estava.
— Eu a brincar? — diz ela já completamente fora de si — eu não estou a brincar coisa nenhuma. Acordei num quarto que não é meu, numa casa que não é minha e tu pensas que estou a brincar contigo, só podes estar é tu a brincar comigo. — diz a dirigir-se a ele completamente angustiada.
— Calma, calma, vamos sentar-nos e falar com mais calma. — diz ele tentando se acalmar o mais possível — Por favor, senta-te e respira fundo. Para assim me contares o que se passa e eu possa entender e a partir dai resolvermos esta situação. Ok? — diz a sentar-se no sofá ao fim da cama.
Vendo que ao exaltar-se não conseguiria perceber o que se passava, decidiu fazer o que ele pediu e acalmar-se um pouco antes de falar.
— Ok — diz a sentar-se na outra ponta do sofá em que ele estava sentado — O que aconteceu é o seguinte: Ontem a noite eu estava num bar com os meus colegas de faculdade, mas tínhamos o eu esperava a minha boleia para ir embora acabei por beber mais algumas rodadas que os meus amigos que não tinham exame pediram, ou seja, bebi demais. Como a minha boleia estava pronta fomos embora e a última coisa que eu me lembro é de ligar o meu alarme no meu quarto no "campus" da universidade. — diz ela tentado acalmar-se o máximo possível para não dar em doida.
— Ok, entendo que me queres dizer. Diz-me uma coisa em que ano está e que idade tens? — diz tentado determinar de quando são as memórias que a sua esposa estava-lhe a contar.
— Estamos no ano de 2018, tenho vinte anos e estou no meu primeiro ano de universidade a cursar enfermagem. — diz agora mais calma.
— O meu amor isso aconteceu a um ano atrás e tu já não tens vinte anos, estás quase com vinte e dois anos. — diz tentado raciocinar no meio daquela confusão que estava a sua mente e pior a mente da sua esposa.
— Espera, espera estás a dizer-me que já passou um ano desde o dia em que eu supostamente estou, então, porque eu não me lembro desse ano? Desculpa não é que eu duvide de ti ou o que me estás a dizer, mas podes, por favor provar-me que não estamos em 2018 e eu realmente perdi esse ano. — diz ansiosa e nervosa pelo que esta por vir.
— Claro, liga a televisão e vê a data que aparece nas notícias. — diz calmamente passando-me o comando da televisão que estava na ante sala do quarto.
Fazendo o que ele disse, ligou a televisão e passou para o canal onde só passava notícias e como não conseguia ver bem ao longe levantou-se e foi ate perto da televisão para ver melhor e ter a certeza que via bem. E realmente viu, viu que ele estava a dizer a verdade e que um ano da vida dela se tinha ido como se ela não o tivesse vivido e mais sem saber como.
— Ok. Acredito que já passou um ano desde que eu me lembro, o que eu não entendo é, porque é que eu não me lembro dele.-diz sentido uma pontada de dor na cabeça. — Ai a minha cabeça, porque me dói tanto a cabeça?-diz a agarrar a cabeça com as mãos numa tentativa frustrada de que a dor se fosse.
-Calma meu amor, vamos que vou levar-te ao hospital para que te examinem e nos digam o que se passa. Ok? — diz na tentativa de acalma-la enquanto procura uma manta para cobri-la do frio da manhã de inverno que se ostentava neste dia.
Recebendo um aceno de sua esposa Matthew agarra o seu telefone e liga para o seu motorista para deixar o carro pronto com urgência na frente da casa para ir para o hospital com a sua esposa.
Desligando o telefone levanta a sua esposa do sofá onde está sentada e embrulha-a na manta para que não tenha frio, agarra ao colo e sai do quarto descendo as escadas.
Chegando ao vestíbulo encontrou a governanta segurando a porta aberta para que ele e sua esposa saíssem o mais rápido possível para o carro, para que pudessem sair para o hospital.
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Passado, Presente e Futuro
RomanceUma mulher sem memória. Um homem apaixonado. Um passado a ser descoberto, um presente a ser criado e um futuro aos poucos sendo alcançado. Embarque nesta história com muitas alegrias, algumas tristezas e obstáculos a serem ultrapassados, mas uma his...