Eu conheci um cara uma vez. Em um verão na praia. Ele era mais novo, primo da minha amiga e eu mais velha. Eu gostei dele, mas acreditava que ele nunca ia gostar de mim. Acontece que a vida sempre nos surpreende. Nós ficamos. Eu jurava que não ia durar mais que dois dias. Durou. Durou ao ponto de dar medo. Ele era a pureza e eu o pecado. Inocente de um jeito doce. Não era minha intenção me apaixonar. Nunca é, porque dói. Dói se apaixonar... Mas não é como se pudéssemos escolher. Ele era como a brisa de verão ou o vento do inverno. Me acalmava pensar nele e estar com ele. Isso nunca aconteceu comigo. Esse sentimento de paz que eu sentia toda vez que abraçava ele. Toda vez que eu segurava sua mão, as vezes que nós nos abraçamos e ficávamos lá, durante alguns segundos. Foi aí que eu entendi como era possível se sentir seguro apenas com um abraço. Eu amava o perfume que exalava dele toda vez que eu cheirava seu pescoço. Amava o jeito lento, mas prazeroso que o beijo dele era capaz de fazer. Eu amava a inocência dele. Mas eu nunca ia admitir que estava apaixonada por ele. Porque eu sabia o quanto isso doía. Eu não queria sentir essa dor de novo. Não queria machuca-lo também. Porque eu sou assim. Não sei namorar porque nunca namorei, sou chata e imatura as vezes. E, principalmente, eu não sou a pessoa certa para ele. Nunca fui e nunca serei.
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SOMOS INSTANTES
DiversosVocê já parou para pensar em todos os sentimentos que teve ao longo do dia? Ou ainda, o tanto de sentimentos que você sentiu através dos anos?! Pois eu sim e muito. Esse livro não conta sobre uma história específica, mas sim, sobre os vários pensame...