Jeff the killer- Pega-Pega

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Totalmente ofegante, você corria em busca de algum lugar onde pudesse se esconder, você já estava a um bom tempo correndo dele e estava cansada disso, precisava descansar por pelo menos um segundo se não sentia que suas pernas deixariam de funcionar.
Já sem mais o que fazer se sentou em um tronco da árvore mais próximo e respirou fundo tentando recuperar todo o fôlego gasto na corrida.

Você deu um pulo ao escutar barulhos de galhos se quebrando, provavelmente era ele, ele estava próximo e você precisava continuar a fugir em busca de um esconderijo.
Então assim fez, se levantou e movimentou suas pernas rapidamente. Suas forças estavam quase no fim, mas mesmo assim, você não podia perder.

Olhava para trás a cada segundo em busca do tal homem que te perseguia e logo avistou ele correndo atrás de você, seu rosto totalmente pálido e olheiras enormes, suas pálpebras eram cortadas o que impedia ele de fechar os olhos, e sua boca havia um corte na lateral de cada lado formando um sorriso sádico.

O desespero tomou conta de você ao perceber que ele se aproximava cada vez mais, você aumentou a velocidade ainda com esperanças de escapar do homem que te seguia.

Você parou de correr quando percebeu que ele não estava mais atrás de você. Você pensou que seria um bom momento para descansar e pensou também que ele poderia ter perdido você de vista ou desistido, isso seria ótimo.

Mas não era o caso.

Quando você ousou olhar para frente pela primeira vez, ele estava lá, totalmente imóvel enquanto te observava atentamente com aquele mesmo sorriso sádico de antes.
Sua respiração estava um pouco menos ofegante que a sua, mas isso era só um detalhe. O mesmo segurava uma enorme faca de cozinha cheia de sangue em suas mãos, também com o líquido vermelho.

— Te achei — sussurrou calmamente enquanto sorria.

Quando ele deu o primeiro passo seu corpo entrou em choque, você não conseguia se mover, estava cansada daquilo, cansada daquele jogo idiota onde sabia que nunca venceria pelo simples fato de estar jogando com uma pessoa perigosa, uma pessoa que faria mal a outra sem o menor remorso, era impossivel ganhar de alguém que sabia correr mais do que ninguém.
Suas esperanças foram todas esmagadas como se fossem pedaços de lixo no chão.

Então você desistiu.

— EU ODEIO VOCÊ! — Gritou.

Ele apenas riu como se essas palavras não tivessem efeito algum a ele. Então continuou a se aproximar de forma lenta até chegar a meio metro de distância de você.

— Go to sleep! — A empurrou, fazendo você cair na grama de forma brutal e subiu em cima de você logo em seguida.

Ele jogou sua faca para um local longe de vocês dois e te encarou vitorioso.

Uma série de risos ecoava pela floresta naquela linda manhã, ambos não paravam de rir em hipótese alguma, tanto você pelas cócegas que o homem lhe fazia quanto por ele que ria de suas risadas e caretas engraçadas.

— T-tudo.. bem, Jeff! — Disse tentando novamente recuperar seu fôlego assim que ele parou. — Você ganhou!

— UHUUU, EU SOU INCRÍVEL! — Ele gritou animado. — QUATRO VITÓRIAS SEGUIDAS!

— Não é pra tanto — revirou os olhos já farta das baboseiras que ele dizia. — Na próxima vez eu vou ganhar!

— Nem nos seus sonhos! — Ele falou convencido.

— Sai logo de cima de mim, Jeff! — Ele ainda permanecia sentado em cima de você, com suas pernas uma pra cada lado e as mãos dele estavam entrelaçadas com as suas e as prendiam contra o chão.

Ambos não haviam se dado conta da situação e quando notaram nem se importaram porque aquilo tudo já era muito normal entre vocês dois.

— E se eu não quiser? — Te provocou, se aproximando mais de seu rosto enquanto fitava seus olhos sem desviar o olhar nem uma vez sequer.

— Vamos voltar pra casa! Estamos totalmente sujos de terra!

— Você é bem sem graça — diz calmo, logo desviando o olhar para sua boca.

— Você que é! Aqui está cheio de insetos! — Reclama. — É nojento de mais!

Sem nenhum aviso, ele te pegou no colo como se fosse um saco de batatas, o que te assustou no começo.

— Me solta, seu idiota! — Você deu vários socos e tapas nas costas dele sabendo que não faria efeito algum sobre ele.

— Conheço um lugar melhor para irmos — a ignorou e continuou caminhando pela floresta enquanto te carregava de qualquer jeito.

— Eu posso caminhar sozinha!

— Não me importo.

— Arrogante!

Ambos ficaram calados o caminho inteiro, não havia um motivo em si, nenhum dos dois tinha algo para falar naquele momento desagradável.

— Chegamos! — Ele corta o silêncio depois de longos minutos.

Você finalmente levanta sua cabeça, um tanto curiosa para saber onde ele havia levado você, que antes tentava descobrir se era um quarto de tortura ou uma montanha onde ele jogaria seu corpo depois de mata-la, mesmo sabendo que ele não faria isso, você não deixava de imaginar e rir com a possibilidade.

Olhou em volta e viu que estavam em um lugar totalmente plano, onde o chão era coberto por grama verdinha e flores de milhares de cores como, rosa, azul, amarela, vermelha, roxas e outras dezenas de cores diferentes.
O céu era bem azulado e coberto de nuvens que para a visão de alguns formavam vários objetos, animais ou qualquer outro tipo de coisa que uma pessoa com imaginação fértil veria.

— É lindo! — Exclamou, olhando em volta. Por um momento seus olhos pararam no homem a frente, ambos olhares brilharam.

— Que bom que gostou — sorriu um pouco envergonhado, o que era raro vindo do Jeff. — Esse é meu lugar favorito da floresta, eu sei que ele é bem clichê por conta das flores idiotas, mas mesmo assim eu ainda venho aqui sempre que posso.

— É perfeito — sorriu.

— Sabe o que mais é perfeito?

— O que?

— Eu! — Ele rapidamente te empurra e você cai na grama nem tão macia.

— Caralho, Jeff! — Você fala, acariciando a cabeça que doía um pouco, com a sua mão esquerda.

Ele novamente ignora suas reclamações e se deita ao seu lado, bem próximo. O mesmo voltou a fitar você, dessa vez seu rosto por inteiro, observando cada detalhe e tentando achar qualquer uma imperfeição sequer, mas era impossível, você é perfeita aos olhos dele.

— O que foi? Tem alguma coisa no meu rosto? — Diz limpando o mesmo.

— Tem sim, bem aqui — ele aponta para sua boca. — Deixa que eu limpo.

O mesmo se aproxima rapidamente antes de você conseguir processar qualquer coisa e junta seus lábios em um selinho doce e romântico que só o Jeff conseguia dar, na sua opinião.
Suas mãos pousaram delicadamente no rosto do maior, e quando ele pensou em aprofundar mais aquele pequeno selinho você se afastou um pouco.

— Jeff — sussurrou.

— O que? — Perguntou confuso pelo seu ato. Talvez, na cabeça dele, ele deve ter pensado que fez algo de errado, o que não era o caso.

— Está com você! — Você rapidamente se levantou e começou a correr para longe dele.

— Eu vou te pegar! — Disse se levantando e indo atrás de você.

Ambos sorriam.

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