A chegada do circo

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A madrugada foi movimentada , todos os adultos deixaram os filhos em casa para ver o mercadinho todo detonado. As  viaturas cercaram o lugar e os policiais procuravam por pistas. A maior suspeita era um terremoto por causa de estranhos tremores que tiveram naquela noite.

A professora Abernal com seu pijama de ursinho e seu cabelo com Marias chiquinhas, estava agasalhava com um casaco lilás e perambulava pela cidade. Sozinha, ela decidiu entrar na floresta, o que foi uma péssima decisão tomada por causa da sua curiosidade. Diante da senhora, luzes de múltiplas cores se projetaram e alguém distante batia palmas. A cada batida de palmas, a curiosidade da professora aumentava e ela continuava persistente mesmo com as pernas trêmulas de medo. Logo que deu mais alguns passos teve uma grande surpresa. A professora Abernal se deparou com uma lona de circo no meio da floresta , com trailers em volta e um cheiro de pipoca doce. Ela começou a chegar perto da lona onde era possível escutar os risos das crianças batendo palmas.

- " Venha assistir a esse espetáculo , pessoa bonita " . Convidou uma voz serena de dentro da lona .

- Eu nunca visitei um circo , nem quando criança , era muito solitária e minha mãe não me permitia sair de casa . Revelou a professora.

- " Coitadinha , cuidaremos de você , venha e entre , vai perceber o quanto aqui é divertido ".

- Tem pipoca ?.

- "Pipoca , guaraná , algodão doce é um espetáculo e tanto , com mágicos , palhaços e um enorme pula pula pra você pular de alegria ".

- Eu nunca brinquei de pula pula.

Nos segundos seguintes, a professora foi puxada para dentro da lona e gritou bem alto. Ao tentar correr, acabou sendo arrastada contra a sua vontade para a escuridão onde residiam estranhas criaturas que tinham fileiras de dentes muito afiados nas bocas e olhos acinzentados fumegantes. 

O céu ficou nublado e as nuvens formaram o rosto da professora Abernal que gritava pedindo por socorro. Os gritos foram ouvidos por todos os moradores de Rivillcity que sentiriam fortes calafrios e um medo contagiante. 

Dobie BonsonOnde histórias criam vida. Descubra agora