Capítulo 13

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Eu poderia apenas chorar, gritar ao mundo de como sinto-me um grande vidro frágil, mas, não seria exatamente o suficiente, continuaria me sentindo uma grande idiota. As minhas palavras havia de saido da minha boca sem pensar, não que tenha falado algo que não gostasse,mais a única coisa que eu queria naquele momento era defender-me.Eu ainda podia sentir seu cheiro, as suas mãos a tocar-me ,seus lábios colados nos meus, isso são coisas que nem a mim mesma entende. Uma hora eu odeio-o, em outra eu entrego-me, choro, sinto algo. Respirei fundo,balançando à cabeça repetinamente para afastar meu pensamento confuso, deixando-me voltar a realidade. O lápis tinha contato contra a mesa escolar, eu pensava firme na resolução dos problemas,tanto da matéria como pessoal.

-Menina Edward, está se sentindo bem? -O professor Tales, cujo físico, chamou minha atenção, fazendo assim, eu levantar minha cabeça e fita-lo.

-Sim, estou -Falei por vez sentindo olhares serem pôstos em minha direção. Tales, balançou à cabeça como resposta e virou o seu corpo novamente, para o quadro negro.

Talvez,essa fosse a resposta. Sou invisível para todos, isso os mantem longe de mim, como Geórgia fez. A velocidade que batia o lápis contra a mesa, agora era com rapidez, ecoando pelo cômodo escolar silencioso.

[...]

Meus pés batiam contra o concreto liso e negro da rua,restavam somente um quarterão até a chegada da instituição de aprendizagem, onde Lucca já havia sido liberado à alguns minutos atrás. Sinto pequenas gotas de água cairem sobre a ponta de meu nariz pálido, e, em seguida a mutiplicação de gotas almentarem e preencherem meu cabelo,molhando-o desde o rabo de cavalo até a pequena franja,agora colada na minha testa. Meus passos se alargaram um pouco, não ao ponto de correr. Parei, no grande portão preto que continha um letreiro colorido, arrumei meu casaco no corpo e cruzei os braços a espera de Lucca.

Se passaram,dez,quinze, vinte minutos e meu campo de vista ainda não tinha visto o pequeno Lucca. Me aproximei mas do portão, e observei cada canto da instituição, porém, não via Lucca à nenhum canto.

-Senhora, por favor. -Cheguei ao lado de uma senhora não muito velha,que arrumava seus óculos de frente para os alunos que ainda havia no local.

-Sim?

-A senhora viu um garotinho chamado Lucca.-Minha voz saiu rápida, porém audível o suficiente para que ela me entendesse.

-Lucca Drew Edward? -Inclinou seus óculos, com o dedo indicador e ergueu as suas sobrancelhas.

-Sim, meu irmão -Respondi, justificando-me.

-Ele já foi embora querida. -Meu sangue parou de circular em meu corpo todo, arregalei os olhos e abri a boca, mas,logo fechei por não ter voz para falar.

-C-omo As-sim? -Minha respiração acelerou, as pontas dos meus dedos começaram a soar e eu poderia me sentir mais pálida que o normal.

-Como eu disse, ele foi embora com um garoto não muito jovem, bonito,e muito bem vestido. Disse que eles iriam para a casa dele. - Ela virou as costas depois de explicar-me e eu pude sentir meu sangue voltar ao normal,porém, ele borbulhava de raiva e ódio. Filho da puta. Fechei meu punho, virei meus calcanhares para o lado oposto da mulher, e comecei a andar firme ao chão. Raiva,eu sentia vontade de matar o desgraçado com minhas próprias mãos, e em relação ao que sinto foda-se ele mexeu com quem estava queito.

Peguei meu telemóvel, disquei todos os números correspondente ao contato de Zayn, respirei profundamente, antes dele atender.

-Alô?

-FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO DO CARALHO, VAI PARA O INFERNO D...

-Ei, calma aí. Tenho criança ao meu lado.

-Cadê Lucca?-O interrompi, bufando de ódio.

-Ah, Marcella. Sabia que iria me ligar um dia.-Respondendo sua pergunta, nós dois estamos jogando um partida de futebol, na qual não foi convidada.

-Onde é sua casa, Malik?

-Nop, não irei falar foi muito m...

-ONDE É A PORRA DA SUA CASA, CARALHO?

10 coisas que odeio em você | Z.M |Onde histórias criam vida. Descubra agora