Capítulo 4 - As cartas de ninguém

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Depois de um tempo todos se reunirão novamente na sala de leituras.

- Quem vai querer ler? - Hermione perguntou pegando o livro.

- Eu quero - Thiago falou surpreendendo alguns e pegando o livro da mão da morena - As cartas de ninguém - leu e olhou pra Harry que sorriu maroto.

A fuga da jiboia brasileira rendeu a Harry o seu castigo mais longo. Na altura em que lhe permitiram sair do armário, as férias de verão já haviam começado e Duda já quebrara a nova filmadora, acidentara o aeromodelo e, na primeira vez que andara na bicicleta de corrida,derrubara a velha Sra. Figg quando ela atravessava a rua dos Alfeneiros de muletas.


- Que absurdo! Perder o verão! - Sirius falou indignado e os do futuro riram.

Harry ficou contente que as aulas tivessem acabado, mas não conseguia escapar da turma de Duda, que visitava a casa todo dia. Pedro, Dênis, Malcolm e Górdon eram todos grandes e burros, mas como Duda era o maior e o mais burro do bando, era o líder. Os demais ficavam bastante felizes de participar do esporte favorito de Duda: perseguir Harry.

Por esta razão Harry passava a maior parte do tempo possível fora de casa, perambulando e
pensando no fim das férias, no qual conseguia vislumbrar um raiozinho de esperança. Quando
setembro chegasse ele iria para a escola secundária e, pela primeira vez na vida, não estaria
em companhia de Duda. Duda tinha uma vaga na antiga escola de tio Válter, Smeltings. Pedro
ia para lá também. Harry, por outro lado, ia para a escola secundária local. Duda achava
muita graça nisso.

- Coitado. Iludido desde pequeno achando que eu iria pra aquela porcaria de escola - falou Harry rindo e todos concordaram (tirando um sonserino arrogante)

- Eles metem a cabeça dos garotos no vaso sanitário no primeiro dia de escola - contou ele
a Harry -, quer ir lá em cima praticar?
- Não, obrigado - respondeu Harry. - O coitado do vaso nunca recebeu nada tão horrível
quanto a sua cabeça, é capaz de passar mal. - E correu antes que Duda conseguisse entender o
que dissera.

- Boa Harry - Os Marotos falaram rindo.

Certo dia de julho, tia Petúnia levou Duda a Londres para comprar o uniforme da Smeltings
e deixou Harry com a Sra. Figg. A Sra. Figg não estava tão ruim quanto de costume. Afinal,
fraturara a perna porque tropeçara em um dos gatos e não parecia gostar tanto deles quanto
antes. Deixou Harry assistir à televisão e lhe deu um pedaço de bolo de chocolate que pelo
gosto parecia ter muitos anos.

- Eca. Que disperdício de chocolate - Remo falou desaprovador.

- Eu tamém achu papai - Teddy falou brincando com um carrinho trouxa no chão.

- E-ele... Ele... - Remo falou olhando de Teddy para Harry.

- Te chamou de pai? Sim - Harry falou sorrindo e bagunçando os cabelos do afilhado.

- Pala dinho! Dinha! Ola ele! - falou o pequeno fazendo cara feia pro moreno e arrumando os cabelos com as mãozinhas.

- Igualzinho você, Aluado - Sirius e Thiago falaram bragunçando os cabelos do lupino que preguejou e arrumou os cabelos exatamente como Teddy fazendo todos rirem.

- Só... Volte a ler, Thiago - falou Remo emburrado e o amigo confirmou feliz.

Naquela noite, Duda desfilou para a família reunida na sala de estar vestindo o uniforme novo da Smeltings. Os alunos da Smeltings usavam casaca marrom-avermelhada, calções corde laranja e chapéus de palha. Carregavam também bengalas nodosas, que usavam para bater uns nos outros quando os professores não estavam olhando. Isto era considerado um bom treinamento para o futuro.

Passado lendo o FuturoWhere stories live. Discover now